Category Archives: {#2021.Maio}

{#138.228.2022}

Quarta feira e o teletrabalho. E a vontade de continuar a trabalhar em casa. E a não poder continuar… Custa-me, muito, perder três horas por dia em deslocações e dormir menos duas horas do que se trabalhasse em casa. Mas se tenho que voltar ao local de trabalho, seja. Fazer o quê? Ir, apenas.

Trabalhar em casa permite-me, também, ter tempo para um café na esplanada depois do trabalho. A mesa? Continua a ser para um. Nem tempestade perfeita, nem porto de abrigo. Nem presencialmente, nem à distância…

Eu já devia saber que, quando é bom, é de desconfiar…e estava a ser bom. Ou, pelo menos, interessante. Era algo que prometia muito, mas eu já não acredito em promessas há muito tempo. E agora é o que se vê. Ou melhor, não vê. Porque, para se ver, tem que estar presente. E já não está. Se é que alguma vez esteve, na verdade.

Uma relação à distância é possível? Talvez seja. Desde que ambas as partes estejam presentes. Desaparecer não pode fazer parte do jogo. E para mim não faz.

O jogo parou. Se está em pausa ou se acabou? Não sei, o tempo o dirá. E eu não sei se é para continuar, se estiver em pausa.

Vamos ver…

Mas, entretanto e apesar de tudo, continuo a olhar para cima. Não há razão para ter os olhos no chão. Nem vontade, para ser honesta. É olhar para cima e seguir em frente. E manter o foco onde sempre mantive, mesmo que agora já um bocadinho mais distante: no porto de abrigo.

A mesa do café continua a ser para um. Mas há sempre, continua a haver, mais uma cadeira disponível. Senta-se quem quiser. Quem não quiser não é obrigado a sentar-se.

{#151.215.2021}

Voltar, sempre, onde já se foi feliz. E recordar, sentindo, aqueles primeiros momentos que ditaram o momento presente.

É tão fácil sorrir com pequenas coisas. Nem que sejam pequenas (grandes?) memórias.

Hoje foi dia de recordar cada passo. A expectativa. As borboletas. Os sorrisos e o nervoso miudinho.

As coisas foram evoluindo desde aquele final de tarde. Ainda há um caminho a percorrer, mas há um gut feeling que me recorda que ainda é possível haver evolução.

Foi bom recordar tudo. E recordo tantas vezes. Mas hoje foi recordar no sítio certo e foi tão bom.

Sim, como previsto o dia de hoje foi um dia bom. Longo. Cansativo. Mas bom. Mesmo que tivesse sido só aquele bocado no jardim, já teria sido bom.

{#150.216.2021}

Domingo de sofá e televisão.

Um dia perdido, portanto. Mais um.

Mas amanhã será melhor, num dia que vai começar cedo. E será longo. Mas não será perdido.

{#149.217.2021}

Mais um dia perdido… Começam a ser demais, os dias perdidos.

É urgente mudar a dinâmica dos meus dias. São sempre dias iguais e não podem continuar a ser. Porque cansam. E eu estou cansada.

Mas também é verdade que não há muito que possa fazer para mudar esta dinâmica.

Esperam-me, no entanto, dois dias diferentes na próxima semana. Simplesmente porque hei-de ir para lá do meu bairro. Dois dias seguidos.

Até lá, tenho o dia de amanhã para fazer alguma coisa diferente com o meu tempo. Para que amanhã não seja mais um dia igual aos outros, completamente perdido.

Estou tão cansada disto…

{#148.218.2021}

Sabe muito bem quando se confirma que o trabalho dá frutos. São precisos dois passos. Mas o primeiro está dado.

É esta a pequena porção de História ou estória do dia de hoje. Que me fez ganhar o dia que, de resto, não teve mais nada digno de registo.

Podia fazer isto sempre. Mas não vai ser possível fazer só isto. No entanto, continuarei a fazê-lo depois. Enquanto fizer sentido, enquanto ME fizer sentido, continuarei.

É uma equipa. Que, obviamente, se quer vencedora.

E é tão bom perceber que a equipa funciona.

Siga para bingo, então.

{#147.219.2021}

Sou menina para ficar muito contente com o sucesso dos outros.

E sou menina também para ficar orgulhosa. Já o tinha dito antes e volto agora a dizê-lo.

Daqui a um ano espero voltar a dizer o mesmo. Dessa vez sabendo que contribuí de alguma forma para alcançar objectivos que não são meus.

E só por isso hoje sorri. E é tão bom sorrir só porque sim.

{#146.220.2021}

Dia perdido, o de hoje. Perdido porque não sorri. Nem me apeteceu sorrir.

Por nada em especial, apenas não apeteceu. Também tenho dias assim.

Amanhã será melhor. Não me posso esquecer de sorrir, para não desperdiçar dois dias seguidos. Não vale a pena.

{#145.221.2021}

Há coisas pequeninas que para mim são grandes. Nem que seja um simples telefonema. E a pergunta certa do outro lado.

Vale o que vale. É o que é. Mas faz-me ganhar o dia. Sempre.

{#144.222.2021}

Hoje, apesar de começar uma nova semana, não foi um dia fácil. Foi mais um dia igual aos outros, com a agravante de ser um dia mais duro internamente.

Nem aquilo que aceitei fazer deu frutos. E o ânimo tremeu.

É de noite. Hora de me deitar. E só me apetece chorar. Não sei por que motivo, não percebo isto. Mas não me sinto a cem por cento. Talvez amanhã esteja melhor.

E é bom que amanhã seja um dia melhor…

{#143.223.2021}

Mantas, sofá e televisão. Domingo, portanto.

Nada a registar, claro. Só ver o tempo passar.

Amanhã? Será melhor, claro. Tem que ser melhor.

{#142.224.2021}

Dia particularmente difícil. Por estar, novamente, demasiado tempo sozinha e sem fazer nada. Logo, mais um dia igual aos outros, sem História e sem estórias.

Eu sei, os fins de semana são sempre os piores dias. Mas gostava que fossem diferentes. Daqueles dias em que se faz alguma coisa, em que é possível acontecer alguma saída que torne os dias diferentes.

Já disse que estou cansada? Estou mesmo. E se antes já não gostava dos fins de semana, desde o início da pandemia que gosto ainda menos.

Enfim…ainda falta Domingo. Veremos como vai correr, se vai ter História ou estórias. E veremos o que vou conseguir fazer com tanto tempo livre em mãos.

…nem que seja ver o tempo passar…

{#141.225.2021}

Tenho ideia de já ter escrito sobre isto aqui há uns anos: custa-me horrores cortar o cabelo. Por pouco que seja, custa-me sempre, especialmente quando ele está muito comprido. Como agora. Estava muito comprido, foi cortado e custou-me tanto.

O meu cabelo é uma espécie de reflexo do que vou vivendo. Não o deixo crescer por promessa de alguma coisa, como uma vez me perguntaram se seria. Deixo crescer porque gosto mais dele assim. E cortá-lo é quase como cortar um pouco de mim.

Não é do meu cabelo que vem a minha força. Mas ajuda-me a acreditar que tenho força suficiente para ser paciente e esperar por resultados.

Continuo à espera. Nem sei bem do quê, sei apenas que espero. Alguma coisa boa vai acontecer e vou perceber que era disso exactamente que estava à espera. E é nessa espera que percebo a relação entre o meu cabelo que cresce e o paciente que sou.

Sempre fui de esperar. Também tento fazer acontecer, mas tantas vezes não posso mesmo fazer mais nada que não seja esperar. E espero. Também a espera traz resultados. Nem sempre são os que quero, mas traz-me respostas.

E neste momento não há muito que possa fazer, por isso espero. E depois de ter cortado hoje o cabelo, essa espera parece custar um pouco mais…

Mas vai melhorar. O cabelo vai voltar a crescer e a espera vai trazer resultados.

E eu vou continuar a ser paciente e a saber esperar.

Como sempre.

{#140.226.2021}

Dia de almoço na praia. Almoço de raparigas.

É bom ter dias diferentes. E só por não ser mais um dia igual aos outros já foi bom.

{#139.227.2021}

Cansada. Muito cansada. De dias sempre iguais. De noites interrompidas. De andar sem rumo.

Sei que tudo irá mudar e melhorar um dia. Só não sei quando será esse dia. E é isso que me deixa tão cansada…

Entretanto vou dando uma ajuda. Porque posso ajudar e sempre me ocupa uma parte do tempo morto.

Mas falta o resto.

Estou tão cansada…

De tudo. E de nada.

{#138.228.2021}

Às vezes tenho saudades de quem fui.

Depois lembro-me de quem sou. E percebo que, apesar de tudo, ainda sou quem fui.

Outros tempos, outras vidas.

{#137.229.2021}

Há coisas que não se explicam, sentem-se.

E há coisas que se sentem e se guardam. Mesmo depois de inicialmente partilhadas, ficam guardadas. Quem sabe se um dia não serão relembradas novamente por palavras, quando os actos e gestos já não forem suficientes.

Hoje sinto, apenas. Não explico. Amanhã continuarei a sentir. E continuarei a guardar.

{#136.230.2021}

Como previsto, mais um dia igual aos outros. Muito preguiçoso, muito lento, muito parado. Mas muito necessário.

Tirando isso, a confirmação de que os últimos dias têm trazido resultados positivos no que aceitei fazer enquanto não tenho trabalho. É bom saber que os meus resultados de buscas, para outros, estão a ser concretizados e a trazer exactamente o que se procura. Sabe bem saber que sim.

E sigo sorrindo. Amanhã regressa a rotina dos novos dias de semana, ainda que não se reflicta essa rotina em dias de trabalho como vulgarmente se vê.

Será melhor? Será, com certeza. Menos preguiçoso? Espero que sim. Vamos ver. Mantenho-me de mãos e braços abertos para o que vier, por muito que isso possa implicar grandes mudanças que assustam sempre.

Continuemos. Amanhã será sempre melhor.

{#135.231.2021}

Dia longo, este, que começou cedo. Longo e preguiçoso. Sem pressa, sem metas, sem História e sem estórias.

Mais um dia vazio. Mas necessário, sempre. Mesmo que seja uma perda de tempo. E eu não tenho tempo para perder Tempo. Mas, por vezes, também preciso de dias assim. Longos, lentos, preguiçosos, sem metas, sem nada a registar.

Sofá e televisão. Hoje nem o computador foi ligado. Podia ter adiantado alguma coisa na busca por agulhas em palheiros, mas hoje nem isso. É sábado. E preciso de diferenciar os sábados e domingos dos outros dias.

Amanhã, provavelmente, será igual. Ou, pelo menos, muito parecido. Não faz mal. É, como disse, necessário. Talvez saia de casa um bocadinho, para apanhar um bocadinho de ar e Sol e mexer-me um pouco. Mas não garanto. E o melhor é nem fazer planos para depois não me desiludir comigo mesma.

Amanhã é domingo. Logo se vê como vai ser. Por hoje guardo comigo um bocadinho desta manhã que começou cedo. E o que guardo fica, de facto, só comigo.

Lá fora, o Sol brilhou. Cá dentro também, à sua maneira. E é a pequenas coisas que me vou agarrando para manter o ânimo. Não está a ser fácil, tudo isto que têm sido as últimas semanas. Mas ainda há coisas pequenas que me fazem sorrir e fazem o Sol brilhar cá dentro.

Amanhã voltarei a sorrir. Como ainda o faço hoje e ainda voltarei a fazer esta noite. Porque um dia sem sorrir é um dia perdido. E, mais uma vez, eu não tenho tempo para perder Tempo. Mesmo que no final continue assim: sozinha.

{#134.232.2021}

Mais um dia igual aos outros. Para variar, sem História e sem estórias.

Entra o fim de semana e prevê-se que seja mais do mesmo.

Alguma coisa vai ter que mudar…

{#133.233.2021}

Em busca de agulhas em palheiros. Mantém-me a cabeça ocupada. E a minha cabeça precisa tanto de se ocupar. E precisa de estar ocupada para não ter tempo de pensar em asneiras e disparates.

Para além de estar ocupada, preciso de ter música presente. Porque a minha cabeça consegue ser um lugar muito barulhento e preciso de abafar esse ruído.

De resto, mantenho que tem que ser, sempre, um dia de cada vez. E que amanhã será sempre melhor.

Por muito que me sinta sozinha, também não me posso esquecer que não estou totalmente. E isso é mais um ruído que tento sossegar na minha cabeça.

A minha cabeça é um lugar estranho. Mas o mundo à volta consegue ser pior. O que não ajuda nada a tentar ter uma cabeça mais normal… Seja lá normal o que for.

Também por isso me obrigo a sair de casa todos os dias um bocadinho, nem que seja só para beber um café ao fim do dia. Para tentar acalmar os demónios que vivem na minha cabeça e que tentam à força fazer-se presentes.

Um dia terei uma cabeça normal. Mas não sei até que ponto isso pode ser algo positivo no sentido em que deve ser uma seca ser normal.

Enfim… Seja o que for que estou aqui a escrever, amanhã será melhor. Agora deve ser só o sono a falar.