Terça feira e mais um dia igual aos outros. Hoje não houve passeio até à praia, apenas uma ida à mercearia mais longe e a ida à esplanada do costume. Nada de novo, portanto…
Não, nada de novo também não é inteiramente verdade. Há uma nova descoberta desde há uns dias. Que tem sido interessante, não nego. Mas tem tudo para correr mal. Ou, no mínimo, tornar-se em algo complicado. E eu não sei se quero coisas complicadas. É verdade que 200 km se mantêm no mesmo fuso horário e são mais perto do que 5.726 km. Mas…e há um enorme mas. Por enquanto, a brincadeira não passa disso, uma brincadeira. Mas receio que possa tomar outras proporções.
Não digo que não estou a gostar. É uma espécie de massagem ao ego. E isso calha sempre bem. E claro que acho piada quando apontam a minha voz e a minha gargalhada – ou o meu riso em escadinhas – como algo bonito. Fico sem jeito, claro. Dá-me para rir por tudo e por nada. E, do outro lado, há quem goste do que ouve, mesmo que eu não diga nada de jeito.
Já estive num filme parecido. Durou o que teve que durar. Manteve-se a amizade, tantos anos depois. Neste caso, ainda não existe essa coisa de amizade. Mas, seja lá o que isto for, não deixa de existir um enorme mas…
Não me vou preocupar para já. Continuo a ir a jogo enquanto for saudável e agradável. Não digo enquanto for inocente porque acho que já passou dessa fase. Mas não deixa de ser uma espécie de massagem ao ego. E eu estou a precisar disso. Faz-me bem. Sei que do outro lado do Mundo, a 5.726 km de distância e num fuso horário com 5 horas de diferença, também há massagens ao ego. Mas aí a brincadeira já começa a ficar desconfortável… E enquanto a 200 km a brincadeira for suave e sem risco de problemas, eu estarei presente.
Não vou pensar muito mais nisso por hoje. Amanhã? Logo se vê. O importante, não me posso esquecer, sou eu. O ficar bem. Recuperar disto que não sei explicar. Organizar as ideias. Acalmar a confusão que vai na minha cabeça. E viver um dia de cada vez… Sem pressa e sem pressão. Muito menos auto-imposta. O resto? O que tiver que ser, será. Mesmo que não seja nada.