Sábado preenchido a tratar de mim. De manhã duas horas de Yoga que pareceram 15 minutos, à tarde duas horas no cabeleireiro para dar conta deste cabelo que parece sempre sem graça e que sai de lá em jeito de caracóis.
E voltar a ler e reler aquele email que chegou ontem e que quero muito acreditar que vai trazer coisas boas. Porque também as mereço.
E uma companhia para ver a Lua, mesmo que não seja visível da minha janela. Mas há uma mão que pega na minha como eu pego também e seguimos para ver a Lua. Já não é super nem está iluminada a 100%, mas quase. Mas é sempre um bom motivo para ir. De mãos dadas. E sorrisos ao canto da boca. Saltaricando por aí. E ela, a Lua, sempre cúmplice e sempre sem revelar o que guardamos para nós. Porque é nosso. E um bocadinho dela também. A Lua, sempre presente. Sempre lá. Mesmo quando não se vê. Mas sempre, sempre lá.
Tratar de mim por e para mim. Não me posso esquecer disso. Não me posso esquecer de mim. Seja com o Yoga, seja com o cabeleireiro. Seja, também, como será amanhã, com o terapeuta fofinho. Mas, seja como for ou com o que for, em primeiro lugar estou eu. E agora é tempo de ser o meu tempo.
Sábado e dou o dia por terminado cedo. Cansada. Sem planos e sem vontade de os ter. Porque o que na realidade tenho, que a Lua guarda para si, é o que quero ter para esta noite. Sábado, aquele dia aborrecido da semana, desta vez foi tudo menos aborrecido. E assim continua.
Amanhã? De novo de mãos dadas por aí, a saltaricar e de sorriso ao canto da boca. E, claro, brilhozinho nos olhos. O resto? Neste momento o resto é só isso mesmo: o resto. E tem tudo para amanhã ser um bom dia.