Como sempre esqueço-me que sou eu quem permite que me façam sentir assim, a descer. Não posso permitir, não posso esquecer-me.
Amanhã volto a ser eu. Mesmo que tentem que seja outra.
Amanhã voltará a ser melhor.
Não hoje. Não ainda.
(E é nestes dias que a vontade de te escrever aumenta. Escrever-te sem filtros, sem dúvidas, sem vacilos, sem barreiras, simplesmente escrever-te. Dizer-te tudo o que guardo comigo há tanto tempo, demasiado tempo. É nestes dias de cansaço acumulado que baixo a guarda, solto-me de filtros e acredito que esta é a hora, o momento. Não é, eu sei. Não é boa ideia fazê-lo sem defesas. No entanto receio nunca vir a fazê-lo. Por falta de tempo. Do meu tempo. Aquele que não tenho Tempo para perder Tempo. E deixo passar mais um dia sem dizer o que não pode ser deixado por dizer.)