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19h00

Hoje já saí de casa, fui ao café, à mercearia, à farmácia, ao parque e ao paredão. Foram 3 horas na rua e 3 km nas pernas. Continuo a dizer: 3 km não é nada. Para vocês. Mas, para mim, ainda é muito. Irá chegar o dia em que vou conseguir fazer mais, dar mais uso às pernas, de preferência sem qualquer tipo de apoio. O fisioterapeuta disse que eu consigo. A fisiatra diz que, com as lesões que a Ressonância Magnética apresenta, será difícil largar o apoio de vez. Vamos ver.

A vontade agora era ir até à esplanada do costume, ter aquilo a que chamo de o meu momento, estar só comigo a ouvir música e a pegar no telemóvel e pôr a conversa em dia. Não vai acontecer. Estou cansada das 3 horas que passei na rua, tenho a música sempre presente seja onde for e, como comprovei ontem mais uma vez, falar ao telefone não me faz bem. Ninguém imagina a dimensão da dor de cabeça de ontem depois de 75 minutos ao telefone…

Por isso, sim!, queria muito conversar, pôr conversas em dia, rir e aparvalhar, como sempre. Só que não me atrevo sequer a fazer nenhum telefonema, nem a atender nenhum que possa chegar. Fico-me pela troca de mensagens escritas. Porque, até ver, ainda não me consomem ao ponto da minha cabeça ameaçar explodir…

Quem quiser, sabe onde e como me encontrar. Instagram, Facebook Messenger, WhatsApp ou até as velhinhas SMS. Só não me peçam para falar ao telefone…

Sim, hoje voltei a ir ver o Mar. E, novamente, a vontade era descer até à areia e sentir o Mar a tocar-me os pés. Não aconteceu, claro. Está frio. Estava muito vento. E eu ainda não me mentalizei que tenho que trabalhar o equilíbrio na areia seca. E não me esqueço da confusão que as ondas à beira mar me fizeram no Verão passado…

Ainda há muito trabalho a fazer. Não sei se para voltar ao normal ou se simplesmente para alcançar o meu melhor possível.

Agora? Antes do jantar ainda vou ali ao sofá. De resto, por hoje o dia parece estar feito. Dia que começou tão bem. Não vamos agora estragar tudo.

22h45

O sofá é um bom aliado. Mas não resolve tudo. Por exemplo, não afastou a dor de cabeça. Que em nada se compara com a de ontem, mas que incomodou ainda assim.

E, a esta hora, pergunto: é normal dizer que não me sinto bem e não saber precisar o que sinto? Dizem-me que sim. E eu acredito. Porque é assim que me sinto: não me sinto bem, mas também não sei dizer o que sinto…

É hora de ir preparar o dia de amanhã, que começa cedo com Yoga às 10h. Já sabemos que será uma aula de duas horas onde se incluirá o Yoga Nidra, o momento de relaxamento profundo e meditação guiada. Vai ser bom.

Bom foi o despertar de hoje. Pena não poder terminar o dia como se começou. Mas foi o suficiente para dissipar as dúvidas que me atormentaram na noite passada um pouco por causa da dor de cabeça. Não interessa. Haverá outras manhãs como a de hoje. Porque a distância não importa.

Amanhã? Vai ser um bom dia. Porque eu quero que assim seja. E isso é suficiente.

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