Daily Archives: 04/05/2024

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Sábado, já sabemos, é aquele dia aborrecido da semana. Com excepção das manhãs que começam sempre com Yoga. Uma aula que deveria durar uma hora facilmente chega às duas. E sabe tão bem.

Gostava de ser daquelas pessoas que começam o dia com alguma sequência de Yoga logo pela manhã em casa. Mas não tenho conhecimento para isso. Por isso nem arrisco. Mas gostava de fazer uma simples sequência, como a saudação ao Sol, por exemplo. Que, em parte, é simples. Mas só me lembro das primeiras posições. Por isso…

Já não passo sem o Yoga. Podia fazer todos os dias. Mas acompanhada, claro. Já em tempos o fiz, noutro centro, com outros horários, outras disponibilidades, outros professores. Outra vida, talvez…

No final da aula, há sempre o relaxamento. E tenho notado que, quando me deixo levar pelo estado de relaxamento, é-me cada vez mais difícil voltar ao eu activo. Regressar ao ritmo normal do dia. Ou, como costumo dizer, voltar a encaixar. Aterrar. O que for.

No Yoga Nidra, que é exclusivamente dedicado ao relaxamento profundo, já sei que facilmente vou. Não sei para onde, só sei que vou. E, começo a perceber, o mesmo tem acontecido no simples relaxamento no final da aula. Não sei se é bom sinal ou não, sei que simplesmente acontece. E sim, é difícil voltar. Vejo as minhas colegas no final do relaxamento a desaparecerem muito rapidamente. E eu sou sempre a última a sair. Porque ainda não encaixei de volta…

Quando finalmente saio, venho muito leve, muito lenta, muito não-sei-explicar. Mas sei que me faz bem. A todos os níveis.

E por isso vou continuar. Um ano depois de me inscrever ali, não há como voltar atrás.

O resto do Sábado nem teve tempo de ser aborrecido. Frio e chuva lá fora? Mantas e sofá cá dentro. Claro que adormeci. Apaguei completamente. Não sei se ainda por estar muito relaxada ou se simplesmente porque sim. Mas foram três horas…

Anyway, há muita coisa que quero saber, conhecer, aprender, questionar. Entender, acima de tudo. Mas sim, o meu caminho também é por aqui. Que, no fundo, acredito que de alguma forma está tudo ligado. E acho que é o momento de começar a procurar mais, saber mais, entender mais. Sobre mim mesma. Aquela parte que não é visível a olho nu mas que sei que existe em mim. Está na hora? Não sei. Talvez. Mas há já tanto tempo que tanta gente me aponta essa direcção. Não podem estar todos enganados.

O trabalho é todo meu, eu sei. Mas agradeço quando me apontam direcções possíveis para que eu possa decidir por onde ir. É só isso que peço. É só isso que preciso…

Hoje já deixei, fora de horas, algumas questões no ar. Não terei resposta hoje, claro. Mas, se vierem, nada mais serão do que orientações. Depois segui-las-ei se perceber que são para mim. Mas serão luzes no meu mapa que me ajudarão a entender. Entender o quê? Nem eu sei ao certo. E é isso que quero saber. Preciso saber.

Hoje de manhã foi bom. Foi muito bom, como é sempre. Agora é esperar por quarta feira. Até lá, é como tudo o resto: um dia de cada vez. Sem pressa. Depois logo se vê.