E depois há aquele dia em que sais da cama quase à hora de sair de casa, tomas o pequeno almoço a correr, ganhas coragem para te mexer apesar das (muitas) dores, envias mensagem ao professor de Yoga a dizer que vais chegar atrasada mas que vais estar presente.
Tentas ir à maior velocidade possível para não chegares demasiado atrasada. Custa para caraças desafiar as dores, os desequilíbrios, o vento forte e o frio. Mas faz-se. E fez-se.
Cheguei com 20 minutos de atraso, mas cheguei. Contornei as dores e fiz os exercícios o melhor que me foi possível. Mas fiz.
No final da aula, a recomendação do professor: “quando chegares a casa, comes qualquer coisa ligeira e vais dormir! Nem que seja no sofá!”.
Primeiro café do dia depois do meio dia em esplanada alheia. Ainda fui só ali tratar de mim rapidamente e depois casa! E sofá, claro.
Foi chegar a casa, comer qualquer coisa, sofá e, 6 horas depois, voltar ao mundo dos vivos. Ou dos acordados, pelo menos.
Seria de pensar que, depois de 6 horas de sono profundo no sofá, não houvesse sono para a noite. Mas há. Muito. Uma imensidão de sono. Tanto que ainda não são 22h30 e já vou para a cama. Faz parte, dizem-me. Seja. O importante é ouvir o meu corpo, obedecer-lhe e tomar conta de mim. Amanhã? Logo se vê.
Sei que tenho coisas para fazer que queria ter feito hoje e não fiz. Vão ter que esperar.
Amanhã. Logo se vê, mas amanhã também é dia. Agora é cama.
