Monthly Archives: March 2023

{#090.276.2023}

Sabes que estás no bom caminho quando alguém que acabaste de conhecer te vê para lá do que os outros vêem e te lê como poucos sabem e te diz exactamente o mesmo que tens ouvido tanto de outras pessoas nos últimos tempos. Pessoas que não se conhecem entre si, que não têm qualquer relação. Mas que vêem em ti exactamente o mesmo. Aquilo que sempre tentaste esconder de ti própria. Aquilo que ainda não sabes explorar mas que existe em ti.

Sim, confirmei o que já sabia: o meu caminho é por aqui. Sempre foi. Eu é que nunca soube aceitar o que é meu, nunca soube explorar, nunca soube desenvolver. Não que já saiba, porque não sei! Mas agora tenho uma espécie de mapa que posso analisar e escolher que direcção tomar. E, afinal, até já tenho ferramentas para isso. Há algum tempo que deixei de as usar, é verdade. Mas está na hora de pegar nelas novamente.

Sim, o meu caminho é por aqui. Vai ser fácil? Claro que não. Mas vai valer a pena. E só isso importa agora.

{#089.277.2023}

Cansada. Muito. Tanto… Quinta feira e o que ainda me dá força para aguentar o resto da semana é o facto de já faltar muito pouco para o fim de semana.

Um bocadinho impaciente. Irritada. Desconfortável. Porque cansada. Muito cansada. Tanto…

Dói-me on corpo, especialmente as pernas e os pés apesar de passar o dia sentada no trabalho. Ou precisamente por isso…

Sei que devia mexer-me mais. Obrigar-me a mexer-me mais. Se o fizesse seria mais fácil suportar o cansaço. As dores seriam certamente menores.

Não interessa, amanhã termina a semana. Vou poder descansar nos fim de semana. E, ao terminar a semana, inicia-se um novo ciclo: o da descoberta do meu caminho.

Vai ser bom. Vai ser bonito. Por agora acalmo a ansiedade e relaxo para descansar. Porque estou, de facto, muito cansada. Perdi, não sei como, o ritmo e o hábito de me deitar mais ou menos cedo. Porque há sempre alguma coisa para fazer. E não posso continuar a adormecer tão tarde como tem acontecido ultimamente. Não posso esquecer-me que o despertador toca demasiado cedo para a hora a que tenho adormecido.

Voltar ao ritmo de me deitar mais cedo também é aquela coisa de tratar-se de mim. Como tal, não posso esquecer-me que em primeiro lugar estou eu.

O trabalho continua a ser uma caixinha de surpresas. Mas, infelizmente, das desagradáveis. E não, isso não é bom. Porque, se antes estávamos bem porque estávamos bem acompanhados, agora estamos largados aos bichos. Não encontro outra descrição. Quero acreditar que vai melhorar. Que vai correr bem. Porque não pode ser de outra forma. Se está fácil ver o que se passa à minha volta? Não, não está. Mas é continuar a encolher os ombros, sorrir e acenar. E continuar a fazer o meu trabalho. O melhor que sei. O melhor que posso.

Amanhã? Logo se vê. A única garantia é a de que é sexta feira. O resto? Logo se vê.

{#088.278.2023}

Quarta feira, dia do meio. Aquele dia nim, nem não nem sim. Cansada, muito. E, ao acordar, ouvir “despacha-te e pensa que amanhã já é de tarde feira”…mas não é! Por vários motivos, estou desejosa que chegue sexta feira depois das 18h. Mas ainda falta um bocadinho… E eu cansada, tanto.

Dia de trabalho tranquilo, mas a começar com um “meu bem” que me caiu mal por vir daquele que não sabe ler uma simples tabela de Excel. Não, não gostei. Não nos conhecemos, muito menos somos amigos. E, percebi logo de seguida, que mantém o registo das exigências.

Percebi também, pouco depois, que para a mesma situação deu a mesma resposta, fez a mesma exigência, usou o mesmo argumento, voltou a não saber ler uma simples tabela de Excel. Apenas mudou o destinatário. Não, assim não vai correr bem…

Dar o dia de trabalho por terminado e, ao mesmo tempo, voltar a ter notícias de quem está a 2.200 km e que há já alguns dias não se fazia presente. Sei que acabarei por, de alguma forma, me queimar. Porque as semelhanças existem. E são aquelas coisas que não quero que me fazem soar os alarmes… Mas, admito, quando o contacto não passa de palavras escritas chega a ser agradável. Mas associar a imagem e o som faz-me regressar a onde não quero…

Vamos ver. Tudo isto, vamos ver. Agora é esperar por sexta feira às 18h. Pouco depois o meu caminho pode começar a tomar forma. E será, claro, um caminho para melhorar. Só não percebi ainda se é para SER melhor ou para ESTAR melhor. E é também isso que quero descobrir.

Uma coisa eu sei: o que, de facto, é para mim, chegará até mim.

E, como sempre, sem pressa. Um dia de cada vez. E amanhã? Logo se vê. Até lá, é continuar a encolher os ombros, sorrir e acenar.

{#087.279.2023}

Há caminhos que são, naturalmente, nossos. Não sabemos, ao início, como os percorrer. Não têm mapa, nem setas, nem indicações. Mas, se os queremos realmente trilhar, nada nos impede de pedir orientações. Até porque ninguém caminha sozinho.

Tudo acontece no momento em que tem que acontecer. Nem antes, nem depois. É sempre no momento certo. E este é o meu momento de iniciar esse caminho que sempre soube ser meu. Se tenho medo? Claro que sim. Não sei o que vou encontrar. Nem sei o que me vai trazer. Mas é o meu caminho. E tem que ser percorrido. Conhecido. Explorado. Sei que, a qualquer momento, posso dizer que não quero continuar. Mas também sei que iniciar este caminho, que é meu, é aquilo que me têm dito para fazer nos últimos meses: sair da zona de conforto.

Vai ser fácil? Nunca ninguém disse que o que é bom é fácil. E eu acredito que sim, vai ser bom. E, por muito difícil que a caminhada possa vir a ser, sei que não vou estar sozinha. De outra forma não seria capaz de começar. Nem saberia, como ainda não sei, por onde começar. Mas baby steps. Devagarinho. Um passo de cada vez. Sei que cair faz parte. Mas a cada cada irei voltar a erguer-me. Terei quem me dê a mão para me ajudar. Nos primeiros passos ou depois de cada queda. E é só disso que eu preciso. Saber que não estou sozinha.

É curioso como as coisas chegam até nós. Quando menos esperamos. Através de quem menos esperamos. Mas, lá está, chegam sempre no momento certo. Nem antes, nem depois. E acredito que este é, de facto, o momento.

{#086.280.2023}

Dia de regresso ao trabalho depois de uma semana de férias. Custou acordar a horas impróprias e sair de casa ainda de noite? Claro que sim. Mas vale a pena acompanhar o nascer do dia. E o céu, esta manhã, estava particularmente bonito. Na verdade, está sempre, especialmente ao nascer do dia e ao pôr do Sol. Mas hoje…

Talvez fosse um prenúncio de que seria um bom dia. E foi. Bastou um email de trabalho para me fazer rir e confirmar o que já sabia: os meus resultados falam por si. E eles estão lá para quem os souber ler. A leitura não é difícil. É, até, muito simples. Basta saber ler uma simples tabela de Excel. E eu sei. Há quem não saiba quando devia saber. Eu até podia ensiná-lo a ler. Mas não me pagam para isso. A ele sim…

Enfim…já me desgastei demasiado com este assunto. Já lhe dei demasiada importância. Que tem! Mas injustiças não aceito. Muito menos informação deturpada. Especialmente quando vem de alguém que não me conhece, nem conhece o meu trabalho. E que, vá-se lá perceber porquê, atira com resultados que não são verdadeiros pondo em causa o meu trabalho. Temos pena. O meu trabalho, a qualidade do meu trabalho!, eu garanto. Mas não aceito que me atirem areia para os olhos. E muito menos que deturpem informação sobre os meus resultados. Eu sabia que não estava errada. Sabia que a razão estava do meu lado. Há duas semanas tive a primeira confirmação. Hoje tive a segunda.

Sim, aquele email de trabalho logo de manhã fez-me rir. Um riso um bocadinho sarcástico. Talvez até cínico. Mas, não me canso de o dizer, os meus resultados falam por si. E não é alguém que não me conhece nem conhece o meu trabalho que vai pôr em causa o que uma simples tabela de Excel confirma.

Não, hoje não foi um dia mau. Custou sair de casa tão cedo novamente? Claro que sim. Mas tudo o resto fez este dia valer a pena.

{#085.281.2023}

E ao octogésimo quinto dia do ano de mil novecentos e setenta e sete ela nasceu. Hoje, 46 anos depois, não acredita no número de anos que já conta, mas aceita-os como se ainda tivesse 27.

E, ao octogésimo quinto dia do ano de dois mil e quinze, ele devia ter nascido. Era a data prevista mas que não se concretizou. Não aconteceu. E hoje, 8 anos depois, ela continua com alguma dificuldade em aceitar que, para o ter, ele terá que estar para sempre noutro plano: o plano das memórias do que não aconteceu.

Já raramente falo do filho que não pude ter. Já raramente falo do que ainda me dói a sua ausência. Mas todos os dias me lembro daquela gravidez de 42 dias, daquela gravidez que não pode ser, que não era para ser.

Sim, a data prevista para o parto era o meu aniversário. Na altura, quando soube da data prevista, sorri. Achei alguma piada. Tive a certeza que seria o melhor presente de aniversário. Mas, ao fim de 42 dias, ficou apenas o colo vazio. E, desde esse dia, esta data ganhou outro peso. Aquilo que seria o melhor presente passou a ser o maior ausente. E hoje, 8 anos depois, continuo a sentir (e a saber!) que no meu bolo de aniversário faltam velas. Ainda não foi este ano que lhe juntei as velas que teimam em faltar. Mas um dia terei coragem para o fazer. Se vai ser fácil? Acredito que não. Se vai doer? Não duvido que vai doer muito. Porque não vai lá estar ninguém para apagar essas velas, ninguém que não eu própria.

Sim, o meu filho devia ter nascido no dia do meu aniversário. Mas não, o meu filho não chegou a nascer. E a única imagem que tenho dele, porque o vi, é a imagem que ninguém quer ter. Mas é a única recordação que tenho dele e que me vai acompanhar sempre.

Não, o meu aniversário deste ano não foi um aniversário mau. Foi apenas um dia vazio. Mais um dia igual aos outros. E que eu gostava que tivesse sido diferente. Mas, de uma forma ou de outra, quem gosta de mim fez-se presente. Tiraram alguns segundos para mim. E, não nego, soube bem ter esses registos, mesmo que à distância de uma qualquer rede social.

Faltaram pessoas? Na realidade, acho que só faltou uma pessoa. Mas que eu já esperava que faltasse. Não só esperava como sabia que iria faltar. Porque, quem descarta com facilidade 5 anos de uma suposta amizade, obviamente não se faz presente. Já me tinha faltado em Janeiro. Porque é que não iria faltar hoje? Afinal, “somos o que somos”. Não me esqueço destas palavras…

Sim, são 46 anos. Pelo menos é esse o resultado que dá da diferença de 2023 e 1977. Se os tenho? Claro que sim. Se os sinto? Claro que não. Fiquei ali algures nos 27. Não me sinto de outra forma, mesmo com toda a História que a minha História conta.

E entretanto as férias acabaram e amanhã é dia de regresso ao trabalho. Onde grande parte dos meus colegas têm idade para serem meus filhos. Mas não são. Porque o meu filho devia ter feito hoje 8 anos. Mas não fez. Mas fez de mim a Mãe que me deixaram ser…

{#084.282.2023}

Último dia dos 45. Como previsto, não houve jantar. Mas houve melhor do que isso. Bastou uma mensagem a dizer “Não posso ir jantar contigo, mas vou levar-te a passear de manhã”… E levou!

E a conversa fluiu naturalmente. E tomou caminhos sensíveis. Como a saúde mental. A minha saúde mental. E o (mau) estado dela no meu momento mais crítico. A pergunta, que eu não esperava, foi feita. Ou a afirmação de uma preocupação. “Cheguei a pensar que te ias suicidar…”. Já não me lembro se foram exactamente estas palavras, esta a frase que foi proferida. Mas sim, questionou-me sobre o suicídio. E sim, respondi a verdade: que tinha considerado essa hipótese. Porque, naquela altura, era a única solução que eu via para uma dor que me consumia todos os dias de uma forma demasiado violenta e que teimava em não abrandar.

Nunca tive problemas ou tabus em falar sobre saúde mental, especialmente a minha. Que, mesmo quando frágil, ou especialmente quando frágil, era visível o seu estado. Só não o via quem não queria ver. E foram tantos os que desviaram o olhar.

Mas hoje, tantos anos depois, percebi que tinha alguém de olho em mim. E que hoje, simplesmente por estar presente quando mais ninguém quis estar, marcou a diferença com um passeio à beira mar, longe daqui. Dizem que o mar é sempre igual, é sempre o mesmo. Não é verdade. Aquele mar de hoje é outro.

Falou-se de mais para além da saúde mental. Falou-se de experiências. Caminhos. E o potencial que várias pessoas me apontam. Pessoas que não se conhecem entre si. E que me dizem exactamente o mesmo: tens que ir por aí. E ir por é só para quem, de uma forma ou de outra, é especial. E é isso que me apontam. Três pessoas que não se conhecem. E com quem, antes, nunca tinha falado sobre isto.

Mas hoje, para além de me apontarem novamente o caminho, deram-me também um mapa. E a confirmação de que a ponte está lá. Cabe-me a mim decidir se sigo o mapa e se me atrevo ou não a passar a ponte.

Estou muito tentada em conhecer esse caminho, seguir esse mapa. Mas, também o fiz saber, tenho medo de passar essa ponte. Mas sei que não estou sozinha. E sei que a decisão é unicamente minha. Mas, lá está, é algo que está em mim. Não há como fugir. Porque esse potencial existe em mim. E requer que o trabalhe.

Sei, mesmo não tendo ainda dado o primeiro passo, que exige muito trabalho. De auto-conhecimento para começar. E de tanto mais que ainda não sei, não conheço e nunca soube por onde seguir. Mas agora sei que é possível seguir um mapa. Ter um guia. Alguém que me dê a mão.

É curioso o caminho que uma conversa pode tomar numa esplanada à mesa de um almoço de pré-aniversário. Sempre ouvi dizer que tudo acontece quando tem que acontecer. Nunca antes. Nunca depois. E uma frase que retenho: “acontecerá quando estiveres pronta”. E outra frase que faz todo o sentido: “quando o aluno está pronto, o Mestre aparece”. E começo a acreditar que este é o momento. Por isso, sim, vou seguir esse mapa, conhecer um pouco mais desse caminho. E depois decidirei o que fazer com o que vier.

Sim, é o último dia dos 45. E sim, foi um dia muito bom. E muito especial. Não só pelo passeio. Mas especialmente pela partilha.

E sim, sou mesmo uma miúda de sorte. Só que, às vezes, esqueço-me disso…

{#083.283.2023}

Dia longo. Começou cedo. Noite pouco dormida depois de ter a cabeça às voltas com a ideia de que sim, o problema sou eu.

Sair de casa antes das 9h para ir até Almada acompanhar a minha mãe. Andar por Almada a manhã toda. Não foi uma manhã mal passada. Devia fazer isto mais vezes. Gosto de Almada. Conheço pouco mas quanto mais vou conhecendo mais vou gostando.

Último dia de férias. De volta a casa depois de uma chuvada pelo caminho, decidi que o dia seria dedicado a não fazer nada. Também é preciso. A partir de segunda feira esse tempo para não fazer nada só vai acontecer ao fim de semana. E vai saber a pouco e vai passar a correr. E vai ser aquele tempo que eu quero muito aproveitar para fazer algo diferente e depois não sei o que fazer.

Não me esqueci que amanhã é aquele dia em que queria juntar pessoas. Mas já aceitei que não vai acontecer. Não vou juntar pessoas, mas há duas pessoas que me vão proporcionar uma manhã de passeio porque não podem estar presentes para jantar. E só isso já me vale de tanto. E aconchega.

Hoje já não me apetece tanto chorar como ontem. Mas sim, continuo triste…

E percebo que estou a escrever mais do que o habitual sobre o que trago cá dentro. Vou espalhando aqui e ali o que me incomoda. Como há muito tempo não fazia. E percebo que fazê-lo da forma que tenho feito não é bom sinal…

Diz o terapeuta fofinho que tenho alma de artista quando lhe digo que escrevo melhor quando não estou bem. Se tenho ou não, não me cabe a mim julgar. Mas a verdade é que quando não estou bem as palavras saem para o éter de forma mais intensa, mais crua… E é assim que têm saído nos últimos dias. Não necessariamente aqui, onde as palavras já passaram por uma reflexão e, por isso, são mais brandas. Mas aquelas palavras que vou espalhando aqui e ali têm saído sem filtros. Doridas. Sempre sentidas. Honestas. Sinceras. Cruas. Porque não, não estou bem. Não estou feliz. Não estou serena. E já estive assim antes…

Não vou deixar de escrever o que trago comigo. É uma forma de exorcizar o que me incomoda. Sempre foi nas letras que encontrei refúgio para o que não me faz bem. Precisamos sempre de um refúgio. E eu, felizmente, tenho este.

Amanhã há quem me venha buscar logo de manhã cedo para um passeio. Não esperava, admito. Mas já está a fazer a diferença. E, neste momento, só isso importa. Porque, já sei, amanhã será melhor. E não será amanhã que deixarei de lançar palavras no éter…

{#082.284.2023}

É urgente mudar. Para melhor. Porque ninguém me convence que o problema não sou eu.

Desde ontem que só me apetece chorar. Aquele nó na garganta que não sentia há muito tempo está de volta. Pior que o nó na garganta só mesmo o frio no estômago de quem quer parar o que de mau sente e não consegue. E a inquietação. A irritabilidade. A intolerância. Tudo isto desde ontem. Tudo isto desde que assumi a mim mesma que não vou ter jantar de aniversário.

Parece uma coisa pequenina. Sem importância. Talvez seja para algumas pessoas. Não para mim. Que raras vezes tive festa ou jantar de aniversário. E este ano queria muito ter. Queria juntar pessoas que gostam de mim. Estar com amigos. Sentir-me especial. Não é pedir muito. Mas não vai haver jantar.

E sim, isso deixa-me triste. Mais do que pensei que fosse deixar. E também me deixa triste dizer, em casa, que tenho vontade de chorar e como resposta apenas tenho silêncio.

Cada um é especial simplesmente por ser quem é. Mas todos merecem sentir-se especiais de vez em quando. E não só merecem como precisam. E eu preciso…

Não devia precisar de ninguém para me sentir especial. Para me saber especial. Mas preciso. E não ter respostas para um jantar faz-me perceber que sim, o problema sou eu.

Sim, só me apetece chorar. Fechar-me no meu canto, não estar para ninguém, e simplesmente chorar. Porque eu sou de sentir. Tudo. Sempre de forma intensa. E não sei disfarçar quando estou triste. Mas toda a gente me exige que finja. Porque, para os outros, temos sempre que estar bem.

Lamento. Não estou. Estou triste. Muito triste. Por coisas pequeninas? Talvez. Mas muitas coisas pequeninas fazem uma grande. E essa coisa grande, resultado de muitas coisas pequeninas, tem um nome: solidão.

E a solidão pesa. E dói. Muito.

Talvez um dia deixe de conhecer a solidão de tão perto como conheço hoje. Como sempre conheci. Mas, no dia em que deixar de conhecer a solidão, é possível que deixe de ser eu…

{#081.285.2023}

A solidão é um bicho indesejado que, curiosamente, nos acompanha quando menos precisamos. Como agora.
Começo a ter a certeza de que, sim, o problema sou eu. Já o achava há muito tempo. Mas agora confirmo.

Sim, falo de solidão. Há muitos anos que a sinto. E não a desejo a ninguém. Se é verdade que é importante estarmos sozinhos quando precisamos, não é menos verdade que é preciso estarmos, também, com aqueles que gostam de nós.

Não vai acontecer neste fim de semana, claro. Nem no próximo. Nem no seguinte. Nem sabe-se lá quando. E, como sempre, o denominador comum aqui sou eu.

Não, não estou feliz e contente. Há muito tempo que não me sentia assim. Mas, lá está, a solidão faz-me companhia. E não, não é boa companhia.

Mas é o que é.
É continuar a encolher os ombros, sorrir e acenar. E continuar a fingir que está tudo bem, não há problema, sem stress. Só que não.

E, no meio da solidão, há a música que me acompanha sempre. E, na música, seja ela via rádio ou Spotify, há sempre músicas que me fazem viajar. Raramente para outros lugares, muitas vezes para outros tempos. Nem sempre bons. Como hoje.

Esta está, há muitos anos, na Playlist do Spotify. É dedicada a quem não quis problemas, quis soluções. Como quer sempre. Mas que, claro, depois de encontrar as soluções age como se essas mesmas soluções não tivessem consequências e ele próprio já não teria nada a haver com isso.

Mas todas as soluções têm consequências. E quem as encontra, às soluções, será para sempre responsável pelas consequências. Mesmo que ache que não.

Sim, há muitos anos que esta música faz parte da Playlist do Spotify. E há muito tempo que não a sentia como hoje.
Não, mesmo mais de 8 anos depois, ainda não te consigo perdoar. Um dia talvez aprenda como se faz. Não por ti, mas decididamente por mim…

{#080.286.2023}

Há dias que são dedicados a não fazer nada. E hoje foi um desses dias. Queria ter ido ver o mar novamente. Não fui. Mas também me soube bem não ter horários nem preocupações em fazer seja o que for.

E, à última da hora, um café ao fim do dia que, pela hora, rapidamente se transformou em jantar na esplanada do costume. Porque, às vezes, é preciso só ter alguém com quem conversar, alguém que nos oiça. E hoje o meu papel foi de ouvinte. Resolvi alguma coisa? Não. Mas sei que, às vezes, só falar alivia e ajuda a colocar as ideias em ordem.

Não, não foi um dia mau. E aquilo que está à distância e que, mesmo assim, tenta repetir-se, hoje não aconteceu. E não lhe senti a falta.

Amanhã? Ainda estou de férias. Logo se vê como será.

{#079.287.2023}

Segunda feira. Primeiro dia de férias. Acordar cedo, mas não a horas impróprias. E sono. Muito sono. Muita preguiça. Muita moleza. Horários para cumprir? Só o dentista às 15h. Deu para passar a manhã devagar, devagarinho, quase parada.

A tarde, já o sabia, seria sozinha comigo mesma. E foi. Depois do dentista, um café na esplanada dos Domingos. Que, com o bom tempo, ao fim de semana se torna infernal de tanta gente que tem. Mas que, durante a semana, é um sossego e o sítio perfeito para quem quer variar um pouco e não ir perder tempo na esplanada do costume onde não se aprende nada de jeito.

Um dia de Sol lindo. E aquele calor suficiente para deixar o blusão em casa. Já tinha saudades de dias assim. Sem frio!

A praia, já ali ao fundo da rua, chamou por mim. Não me apetecia ir até lá sozinha, mas também não me apetecia fechar-me em casa. Já que ia estar sozinha de qualquer forma, então que fosse perto do mar. E foi.

A minha cabeça ainda não é a melhor companhia. Ainda faz algum barulho. Mas, agora, já consigo abafar esse ruído com música e mãos ocupadas, nem que seja só com o telemóvel. Havendo telemóvel com bateria suficiente, há música e Internet. E eu não passo sem essas duas coisas. A música que abafa o ruído da minha cabeça, a Internet que me permite, de alguma forma, estar perto dos outros e combater o meu isolamento auto-imposto. Não lhe quero chamar solidão, mas é isso que é. E não é fácil lidar com ela quando não há mesmo ninguém por perto. Fazia-me bem socializar, estar com pessoas, fazer alguma coisa em conjunto. Mas sempre fui de me isolar. De me fechar. De estar longe. E só eu sei o peso que sinto devido a esse isolamento auto-imposto…

Foram duas horas na esplanada à beira da praia. E deu para pensar em muita coisa. E deu para pensar em nada. Foi tempo para mim. Tempo comigo mesma. Se cheguei a alguma conclusão? Claro que não.

Sei que estou sozinha quando merecia ter alguém do meu lado. Porque é que não tenho? Não sei. Nunca soube. Mas sei que é muito fácil ter alguém só para passar um bom bocado e depois segue cada um para seu lado. Mas não é isso que eu quero. Nem é disso que preciso. O que eu quero, o que eu preciso, é ter alguém ao meu lado que me veja por inteiro. E me aceite como sou. Nem mais, nem menos. como sou. E sou tanto.

Digo que não a muitas coisas? Digo. Mas também digo que sim a tantas outras. Sou uma caixinha de surpresas? Sou. Mas maioritariamente boas surpresas. Não sou difícil de lidar. Só têm que me dar tempo para me dar a conhecer totalmente. Porque sou tanto mais do que mostro à primeira vista…

Foi um dia longo passado comigo mesma. Até há um tempo atrás isso seria tarefa impossível de acontecer. A minha cabeça, nessa altura, fazia um barulho ensurdecedor. E falava-me coisas que eu acreditava e que hoje sei que não são verdadeiras. Mas continua a haver algum ruído, algum burburinho que ainda me incomoda. Por outro lado, também há aquele eco que não me larga e me repete que eu sou tanto mais do que a maioria das pessoas vê…

E é isso que eu quero mostrar a quem, de facto, vale a pena: aqueles que querem conhecer-me por inteiro. Não sei quem são, nem onde os encontrar. Mas sei que existem.

Amanhã? Novamente um dia de férias. Onde o meu tempo é, de facto, meu. O resto, logo se vê. Não adianta ter pressa. Já sei, por experiência, que ao ter pressa sai asneira e corre mal. Por isso, sigo sem pressa. Depois, logo se vê…

{#078.288.2023}

Sempre ouvi dizer que a História se repete. E, estou a começar a descobrir na primeira pessoa, que sim, é verdade. Ou, pelo menos, tenta repetir-se. Não o vou permitir. Já lá estive e percebi, na altura a custo, que não é para mim.

Se em tempos eu precisava de tempo para mim para recuperar e se aproveitaram do meu estado de pura carência, hoje posso estar sozinha mas a gerir o meu tempo como eu quero. E, na minha vida, mando eu, mais ninguém. E se digo “Não” é porque é “Não“. Seja o que for.

Já passei pela experiência de olhar para o outro lado e fazer de conta que, se calhar, não era bem assim. Mas era. Eu é que, durante algum tempo, cheguei a acreditar que era o que merecia. Não era. Nunca foi. Mas, por pura carência, fui deixando andar. Afinal, pensava eu, era o que merecia.

Hoje, 8 anos depois, sei o que realmente mereço. E é muito mais do que aquilo que tive. Como tal, não estou disponível para repetições. E faz muita confusão como é que duas situações tão diferentes vão ter como protagonistas duas pessoas tão iguais. Não são só parecidas. São iguais. Quase poderia dizer que são uma e a mesma pessoa. E, a mim, já me bastou a primeira experiência.

Aprendi, há 8 anos, aquilo que decididamente não quero. E tenho aprendido, com o tempo, a dizer “Não“. E, se tenho que o dizer mais do que uma vez, sei que é a altura de sair do jogo.

Em primeiro lugar estou eu. Na minha vida mando eu. Quem não aceita as minhas regras, pode voltar por onde veio. Não é para mim. Nem eu quero por perto.

Sozinha? Sim. Mas não em estado de pura carência. E aceito o facto de estar sozinha. Prefiro isso a ter alguém que não me respeita e ainda exige sem aceitar um “Não” como resposta. Estou bem como estou, obrigada.

{#077.289.2023}

Sábado devia ser aquele dia aborrecido da semana dedicado ao descanso. Foi aborrecido como é sempre, mas descanso foi pouco.

Depois do turbilhão de ontem, hoje parece que há o regresso à tranquilidade. Vamos ver como corre e o que sai daqui…

Mas que se mantenham os dias azuis. São os que mais gosto. E que mais procuro. E que mais procuro. E, desta vez, sou eu quem dita as regras. Aceita quem quiser. Quem não quiser, pode sair do jogo.

{#076.290.2023}

Às vezes acho que mais valia estar calada. Ontem os alarmes soaram. Hoje falei sobre isso com quem os fez soar. Não gostou. Mas eu não consigo não falar do que me incomoda.

Tem sido uma luta desde o final da tarde. Mas não, eu não sou de baixar a cabeça. Por nada nem ninguém. Falo. Tento esclarecer. Tento entender. Já percebi que nem sempre funciona.

Mas não. Não sou de ficar calada. Nem baixo a cabeça. Por nada nem ninguém.

A ver…

Não faço o que não quero fazer. Não faço quando não quero fazer. Em primeiro lugar estou eu. O resto é o resto.

Veremos…

{#075.291.2023}

Ainda da descoberta: um bocadinho de mais do mesmo… E demasiadas parecenças com fantasmas de outros tempos. Quero, muito, estar enganada e descobrir ali algo mais. Não sei…

Mas a verdade é que mexe com o meu humor. Ao ponto de hoje estar em alta e chegar ao fim do dia e já não me aguentar a mim mesma.

Para já é deixar fluir. Depois? Logo se vê.

{#074.292.2023}

Quarta feira. Acho que é esse o dia, não me apetece ir confirmar. Mas acho que é o dia do meio, dia nim, nem não nem sim. Mas, sendo dia do meio, dia nim, acabou por ser sim!

Dia de trabalho tranquilo, mais uma vez. E dia, também, de saber resultados e resumo e análise dos últimos três meses. E, ao contrário do que me foi dito na sexta feira, que os resultados estavam fracos, afinal não é bem assim. O que os resultados dizem contraria o que me foi transmitido. Confirmam, isso sim, a qualidade do meu trabalho. Qualidade que eu saiba que existia e da qual nunca duvidei. E que hoje, mais uma vez, confirmei: o meu trabalho é bom. E os meus resultados falam por si. O que me foi transmitido na sexta feira era absolutamente desnecessário. Assim como o estado em que fiquei: zangada, transtornada, consumida e virada do avesso.

Sim, foram dias complicados. E desnecessários. Pela injustiça. Pela inversão de resultados e consequente deturpação da verdade. Por saber que eu não estava errada.

Tinha muita vontade de receber estes resultados. Por serem, na verdade, a reposição da verdade e da justiça.

Desde segunda feira ao final do dia que estava mais serena. Forcei-me a isso porque não me estava a fazer bem nenhum. Estava, de facto, a consumir-me. Tinha decidido que, na segunda feira, iria tentar entender. Até perceber que, na verdade, não valia a pena o esforço. Porque sabia que, mais dia menos dia, se iria confirmar o que sempre soube.

E hoje foi dia de confirmação. A minha reacção? Rir. Nem podia ter sido outra reacção.

Os 2.200 km mantêm-se próximos e em desenvolvimento. E foram esses 2.200 km que me trouxeram alguma serenidade. E que me têm trazido momentos bons. Tal como hoje. Passei um bocadinho para além do que julgava ter imposto a mim mesma não passar. Mas, no momento, fazia sentido. Fez sentido. E continua a fazer sentido.

Onde é que essa distância me vai levar? Não faço ideia. Mas, enquanto fizer sentido, mantenho os 2.200 km por perto.

Poucas horas dormidas costumam resultar em dias seguintes lentos. Mas hoje não foi um dia mau resultado da noite pouco dormida. Foi um dia bom não só por tudo o resto, mas também por saber que a distância estar ali tão perto é bom, fazendo-me pensar que estou viva.

Amanhã? Vai ser novamente bom. Porque tem tudo para o ser.

{#073.293.2023}

Sim, o caminho da descoberta pode valer a pena. E perceber que, quem vou descobrindo mais um bocadinho todos os dias me vê como sou sem julgamentos e aceita todos os pedaços de mim que vou dando a conhecer, é muito raro. E por isso mesmo é muito bom.

Um dia de cada vez. Sem pressa. Mas a perceber que sim, por ali pode ser uma alternativa ao meu caminho.

2.200 km de uma distância que desaparece em 2 horas e 50 minutos de conversa de viva voz. Vale tanto a pena este caminho, esta descoberta.

Amanhã? Vai continuar a ser bom.

{#072.294.2023}

Nunca escondi que não sou grande fã do Whatsapp e que só muito raramente o uso. Instalei-o há 3 anos quando confinámos e só por causa do trabalho porque era preciso estar por perto da equipa de trabalho. Raramente o usei e detestava que os meus colegas da altura se pusessem a conversar (e a partilhar piadas que não tinham piada!) até depois das 11h da noite. Mas, daquela gente que eu abominava, nunca esperei nada de jeito.

Fiuei sem trabalho e, por algum motivo, nunca desinstalei o Whatsapp. Mudei de telemóvel, voltei a instalar sem saber porquê. Até que arranjei um emprego novo e tínhamos que ter o dito durante a formação. Nunca foi usado nesse período. Mas o grupo mantém-se activo até hoje, quase 18 meses depois. De 13 que entrámos em formação, ficámos 3 na empresa. Uma desapareceu durante o estágio, outro foi despedido ao fim de uma semana de estágio. Nunca mais ninguém soube deles, nem pelo Whatsapp. O restante grupo mantém-se por lá. Vamos sabendo uns dos outros e estamos há mais de um ano para concretizar um jantar. Mas é um grupo pacífico, não é daqueles que estão a bombar sem interesse até às tantas.

A título pessoal, comecei a usar o Whatsapp para, muito de vez em quando, me meter com os meus sobrinhos. E só há muito pouco tempo, menos de 2 meses, comecei a usar como meio de comunicação.

E hoje aprendi que, com o Whatsapp, 2.200 km de distância se desfazem em uma hora e quatro minutos de conversa de viva voz.
E hoje estava muito a precisar disto. Os últimos dias foram muito difíceis e, a meio da conversa, percebi que não me ria desde quinta feira. E eu gosto (muito) de rir. Sou de riso e sorriso fácil. Mas desde quinta feira à noite que não ria. E hoje, a uma distância de 2.200 km, deixaram-me rir. Foram 64 minutos de uma conversa muito descontraída, que me permitiu descomprimir, relaxar e voltar a rir. Isto tudo porque tenho o Whatsapp instalado há três anos e só agora me permiti dar-lhe o valor que, afinal, tem. 2.200 km? Com o Whatsapp é logo ali ao lado. E ainda bem.

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Domingo depois de uma noite em que dormir foi uma tarefa difícil… Inquietação instalada, ainda muito zangada…

Acordar carrancuda, ainda a sentir a inquietação e irritação. Consulta com o terapeuta fofinho onde percebi que estou para lá do limite que imponho a mim mesma. Desabafei, reclamei, extravasei. Se fiquei melhor? Não. Nem por isso. E rapidamente percebi que o dia não iria ser fácil. E não foi…

Impaciente, intolerante, azeda, Impossível de me aturar a mim mesma. E, na minha cabeça, sempre os números e os resultados que não correspondem ao que me foi transmitido. E, como sempre, a não fazer sentido…

Sair para almoçar, chegar a casa ao final da tarde e ir reler o que me foi transmitido. Andei o dia de ontem inteiro para o fazer. Fui adiando porque precisava de desligar de algo que me está a fazer mal.

Ler. Para ter a certeza que não estava errada no que tinha pensado. Reler. E ler novamente. E quanto mais lia, menos sentido me fazia. E quanto mais leio, menos sentido me faz! Nada daquilo faz sentido! E não sou eu que o digo, são os números! Que são gerados pelo sistema, portanto números que não podem ser alterados. Que a mim me dizem A mas que a quem deviam dizer o mesmo dizem B. E mais uma vez li o que me foi transmitido e a justificação que me dão é que os meus resultados são maus mas os números dizem o oposto. Não entendo… E sim, preciso que me expliquem!

Já me têm dito que estou a complicar. E provavelmente amanhã será o que me vão dizer também. Mas porra! Não estou! Qual é a parte de simplesmente querer entender que não estão a perceber?!

Sim, isto agarrou-se a mim com força e não estava a querer soltar. Está a consumir-me e a fazer-me muito mal. Como há muito tempo algo não me fazia tão mal. E não está a ser fácil. Nada fácil lidar com isto. Desde sexta feira que digo que só me apetece chorar. Porque, de facto, é só o que me apetece! E há muito tempo que nada me fazia ter vontade de chorar!

Isto vai ter que melhorar. A palavra de ordem agora é serenar. Se é fácil? Não. Nem um bocadinho. Mas tenho que serenar. Ou não vou, mais uma vez, conseguir dormir. E amanhã o despertador toca às 6h. Já passa da meia noite e eu aqui estou inquieta, irritada, zangada. E com vontade de chorar.

Não vou chorar. Não posso permitir que isto me consuma a esse ponto. Nada disto me faz bem nenhum. E tem que melhorar rapidamente.

Amanhã, no trabalho, espero conseguir obter respostas. Depois de as ter sei que a inquietação acalma. Porque eu só quero que me expliquem aquilo que, depois do que li e reli, não faz sentido nenhum!

Não, não estou a complicar porra nenhuma. Mas estou a ser consumida por uma estupidez que não faz sentido! E não posso.

Amanhã? Logo se vê. Mas esta coisa que me consome vai ter que melhorar…