Quarta feira, aquele dia do meio, dia nim, nem não nem sim.
Sair de casa às 8h30 e um carro a arder na Avenida principal. Apanhar o autocarro, sair em Almada, novo autocarro com destino ao Hospital. E as dores bem presentes nas pernas e nas ancas. Subir e descer escadas, no autocarro, a muito custo.
Chegar ao Hospital perto das 9h30. Começar pela Fisioterapia para informar que hoje não poderia estar presente.
Seguir para a radiologia, fazer 8 radiografias. Dali partir para análises. Esperar um pouco, fazer a colheita.
Próximo destino: Medicina Nuclear. Onde nunca pensei ir. Mas que, pelos vistos, é necessário um exame para compreender outro. E torcer para que o resultado não dê em nada.
Exame que durou cerca de 4 horas. E sem poder comer e/ou beber café desde o pequeno almoço. O café não poderia beber em casa e depois de sair também não poderia beber por causa das análises…
O sono, esse, sempre presente e a apertar. A fome também. Mas essa foi sendo enganada a beber água. O sono fez-me adormecer no cadeirão com um catéter na veia enquanto recebia um contraste radioactivo. Não dormi muito, mas soube bem.
Fazer o exame, que em si é rápido, esperar um bocadinho para saber se me podia ir embora e, afinal, ter que repetir parte do exame, mas desta vez bem mais rápido. Voltar a aguardar e, finalmente, a retirada do catéter do braço e autorização para me ir embora às 17h15. Tinha dado entrada na Medicina Nuclear pouco depois das 12h.
Ir ao encontro da minha Mãe que me acompanhou até onde pode e ficou algures à minha espera durante este último exame.
Autocarro a sair às 17h45, saiu mais tarde. De regresso a Almada, já com a informação de que iria directa ao McDonald’s para almoçar uma vez que não comia nada desde as 7h30. Muito frio e as duas muito cansadas e eu com muitas dores. Chamámos um Uber e foi o melhor que podíamos ter feito. Iria custar-me muito descer aquela estrada de regresso à paragem do autocarro (e só eu sei o quanto me custou subir) e depois fazer o caminho da paragem de autocarro até casa. De Uber ficámos à porta de casa e soube tão bem.
Já não janto, claro, mas já sendo 21h45 não vou continuar a fingir que não estou cansada e com sono. Vou directa para a cama, com o aconchego das almofadas de trigo quentinhas e torcer para amanhã não voltar a acordar com dores.
Amanhã não tenho horas definidas para acordar. Mas não me admirava se, como de costume, voltasse a acordar às 7h. Vamos ver. O urgente agora é descansar e dormir. Amanhã? Logo se vê. Mas por hoje já chega…
