Monthly Archives: September 2020

{#274.93.2020}

Mais um dia cumprido. Menos um dia no calendário. Sem História nem histórias. Igual a todos os outros, portanto.

Amanhã, se não puder ser melhor, que seja pelo menos igual.

Se assim for, já não é mau.

{#273.94.2020}

Espero sempre o pior de tudo. É a melhor forma que encontro para lidar com o que pode daí vir. Por isso me sinto melhor quando o resultado não é tão negro quanto esperava.

Amanhã é outro dia, certo? Certo. Há que fazer com que seja um dia bom.

{#272.95.2020}

Começar a semana devagar. Com tempo. Sem pressa.

De que adianta ter pressa? Aprendi a não tê-la e hoje sinto-me bem assim.

Os dias vão passando sempre iguais, é certo. Mas chegar ao fim do dia com o trabalho feito sem pressa não tem preço.

Mas entendo quem começa a semana a correr. E fico contente que assim seja, é bom sinal.

Sorrio ao final do dia. É só isso que me interessa. Tudo o resto vem por acréscimo.

E o que não vier, é porque não é para ser. Não agora. Não ainda.

{#271.96.2020}

Domingo resumido numa palavra: sono.

Ou em duas: muito sono.

Mas sair de casa por um bocadinho, sempre. Apanhar ar. Andar um bocadinho. Sentir o Sol no rosto.

Tentar dar um bocadinho de vida a um domingo muito adormecido.

Domingo com sabor a domingo, portanto. Depois de um sábado um pouco fora do habitual.

Não foi um dia mau. Foi só mais um dia. Normal.

E Setembro a chegar ao fim…

{#270.97.2020}

Sair da zona de conforto a horas impróprias para um sábado. Usar os transportes públicos. E toda a ansiedade que isso comporta.

Ir até Lisboa. Voltar depressa porque o que se ia fazer foi rápido. Tirar o resto do dia para simplesmente estar quente depois do frio da manhã.

Foi bom sair do cenário habitual. Foi pena não ter sido possível ver e estar com amigos.

Daqui a dois meses volto a Lisboa. Pode ser que nessa altura possa estar com alguém.

O mais importante disto tudo? Ter voltado. À zona de conforto que se confunde com uma espécie de clausura. Mas é sempre importante voltar.

{#269.98.2020}

Mais uma semana, menos uma semana. Sem nada a registar, para variar.

Cansam-me os dias sempre iguais.

{#268.99.2020}

Mensagens telegráficas. Roubam-me sorrisos tímidos simplesmente porque existem e têm retorno. Mesmo que não sejam mais do que mais um punhado de pequenos nadas.

Hei-de continuar a dizer bom dia, mesmo que já seja de tarde, e boa noite enquanto me fizer sentido. E me fizer sentir. E gosto disto que sinto. Por isso não irei parar tão cedo.

Enquanto me fizer sentido, vou continuar. Mesmo que não seja nada. É, para mim, muito. E só o que posso fazer para me sentir aconchegada.

Bom dia que já é de noite. Tem uma noite tranquila. E assim segue, sem mais nada.

{#267.100.2020}

Podem já ter passado 18 anos, mas há coisas que, pelos vistos, ficam para sempre. Memórias de experiências vividas. História minha. Histórias mal contadas de outros. Mas que marcaram e ficaram como que tatuadas na pele.

Memórias que se avivam com uma simples música. Tão simples. Tão complicado. Mas faz parte da minha história. Não posso negar que aconteceu. E como aconteceu. Embora não fale sobre isso. Não é para falar. É para recordar apenas.

E, mais uma vez, olhar para cima. Porque, apesar de tudo, não há motivos para olhar para o chão.

São memórias. Apenas isso. E cada vez mais distantes. Mas que de vez em quando ainda me visitam. Nem que seja pela música que está a passar na rádio…

E faltam 100 dias para acabar o ano…

{#266.101.2020}

Dormir uma noite interrompida pode trazer pequenas coisas que sabem bem. São pequenos nadas, como sempre, mas são pequenos nadas às 4h da manhã que sabem a tanto.

Preferia, claro, dormir a noite inteira sem interrupções. Ou acordar e olhar para o lado e ver algo mais do que uma almofada vazia.

Mas não sendo possível um cenário ou o outro, vou saboreando o pouco que vou tendo da forma que vou tendo.

Pequenos nadas são melhores do que grandes nadas. São tudo o que vou tendo. E vão-me aconchegando devagarinho.

Gosto destas pequeninas coisas que na verdade não são nada, e que por não serem nada lhes chamo isso mesmo: pequenos nadas.

E, novamente, aquele gut feeling que se repete. A culpa? É minha, de sonhar tanto, claro. Mas os pequenos nadas ajudam sempre a manter esse gut feeling acordado.

Um dia deixo de sonhar. Por agora vou dormindo com interrupções. Que me trazem pequenos nadas às 4h da manhã. A hora mais sincera de todas.

{#265.102.2020}

Segunda feira de passagem rápida. Não custou tanto quanto costuma custar.

Começar o dia com pequenos nadas. Sabe sempre bem e ajuda a enfrentar a semana.

Boas notícias para terminar o dia, quando inicialmente se esperava algo menos bom.

Agora, preparar-me para o resto da semana. Foi uma boa segunda feira.

{#263.104.2020}

Escuteiros novamente nos meus sonhos. E, novamente, o regresso. O meu regresso aos escuteiros. Nos últimos anos tem sido um sonho recorrente. Mais ou menos pacífico, mas recorrente.

Não o estranho completamente. Mas também não o entendo a 100%. Ou entendo… Mas faço por não lhe dar demasiada importância.

Já me perguntaram porque não volto. Já me disseram, também, que teria uma porta aberta e apoio para tal, se assim decidisse. Mas não me vejo a regressar. Por isso os sonhos ficam por isso mesmo, são apenas sonhos que me visitam algumas noites.

Toda a experiência que tive nos escuteiros deixou marcas. Muitas positivas, claro, mas também houve das outras. E essas também se fazem presentes ainda hoje.

Enfim. São sonhos. Têm a importância que têm quando me visitam durante a noite. O mais estranho nos meus sonhos é que habitualmente já lá estou, o regresso já se deu. Mas esta noite foi diferente… Esta noite foi a decisão de voltar. E foi estranho. Porque senti todas as dúvidas que sinto quando penso nisso quando não estou a sonhar. Mas decidi regressar. Porque, no meu sonho, encontrava um papel que me preenchia.

Não passou de um sonho, é verdade. Mas esteve presente o dia todo na minha cabeça, mais uma vez.

Não me parece que regresse. Nem é tempo para isso, agora. Mas deixa-me sempre a pensar “e se…?”…

{#262.105.2020}

Não dormir uma noite inteira. Outra vez. Acordar porque sim a meio da noite, voltar a acordar quase de manhã por causa da trovoada. Mas acima de tudo não dormir uma noite inteira. Outra vez. E sem encontrar, agora, razão para isso.

Há 6 meses aconteceu o mesmo. Mas nessa altura, no início deste tempo novo, foi normal que tivesse acontecido. Havia muita ansiedade à mistura. Era normal não dormir a noite toda.

Mas esses dois meses de noites mal dormidas acabaram por passar. O que não esperava era passar por isso novamente tão cedo.

Não tenho dificuldade em adormecer a horas normais de quem vai trabalhar no dia seguinte. Esse tempo de não conseguir dormir já lá vai. Mas não entendo porque é que agora acordo. Quase sempre à mesma hora: 4h30m da manhã. Ou, tantas vezes, à 1h30m. E novamente às 4h30 na mesma noite. E depois às 6h…

Não me lembro quando foi a última vez que dormi uma noite inteira sem interrupções… E não sei o que fazer para dormir a noite toda.

São desequilíbrios, dizem. São. Concordo. Mas não vejo razões para tal. Lembro-me muito bem ainda das noites passadas em branco. Tantas delas acompanhadas de lágrimas e pensamentos negros. Mas hoje em dia não há lágrimas nem pensamentos nesses tons. Não entendo.

Um dia volto a dormir uma noite inteira. Não sei quando. Mas vai acontecer. Até lá vou-me habituando a isto. Que nem é sobressalto porque não é assim que acordo. Simplesmente acordo…

Um dia melhora. Uma noite inteira, é só o que preciso. Para voltar a sentir-me melhor. Porque noites interrompidas não me fazem bem nenhum.

{#261.106.2020}

Chuva de manhã lá fora. E há muito tempo que não chove cá dentro. E também por isso sou grata.

O caminho tem sido longo e penoso, embora mais leve nos últimos tempos. Mas tem sido um caminho seguro e de crescimento óbvio.

Se está tudo bem? Não. Há coisas que podiam estar melhor. Mas olho para trás – e olho tantas vezes – e vejo o quanto estou melhor. Mas há mesmo coisas que gostava de ver resolvidas de outra forma.

Mas de manhã choveu e à tarde fez Sol. Para me lembrar, também, que se já choveu cá dentro não falta muito para fazer Sol.

Melhores dias virão, mesmo que os dias que correm sejam já muito melhores do que já foram.

{#260.107.2020}

6 meses a trabalhar em casa. Se no início parecia difícil, hoje o difícil é pensar em voltar ao escritório. Felizmente não tenho que pensar nisso tão cedo.

Uma pessoa habitua-se facilmente à mudança, mesmo que no início pareça algo muito difícil. Estranhei, durante algum tempo, a falta de interacção com colegas e as rotinas diárias, especialmente de manhã. Mas, lá está, uma pessoa habitua-se. Facilmente. Criei novas rotinas. E a interacção, ou falta dela, já não me faz tanta falta.

Não sei se não serão mesmo mais 6 meses por casa. Até ver sim. Já não me assustam como assustaram as primeiras semanas. Prefiro manter a nova rotina por casa do que me expôr a um risco que é real e indesejado.

6 meses. Em casa. E se por um lado foram meses intermináveis, por outro foi tempo que passou a correr.

Venham daí os próximos 6 meses. Estou preparada para eles.

{#259.108.2020}

Olho para trás e agradeço aquela 6a feira à noite em que ganhei coragem e me expus. Deitei cá para fora o que guardava cá dentro e revelei um pouco de mim. Disse o que tinha a dizer a quem tinha de o fazer.

Depois disso, nada mudou. Tal como pedi na altura. Não havia razões para mudar, embora experiências anteriores me tivessem mostrado o contrário. Mas desta vez nada mudou.

Guardo comigo o que foi falado depois. Que, apesar de tudo, me soube bem porque foi sincero e, acima de tudo, honesto.

Hoje, olho para trás e tento imaginar como teriam sido estes longos meses se não tivesse ganho coragem naquela noite. Teriam sido de uma angústia atroz.

Olho para trás e agradeço. Não foi fácil, nunca é fácil a exposição do que trazemos cá dentro. Mas foi no momento certo. E foi como tinha que ser.

O gut feeling que me assaltou na altura adormeceu. Não é tempo de pensar nesse gut feeling agora. É, sim, tempo de agradecer pelo que veio: o nada ter mudado. Para o bem e para o mal, nada mudou. E sou grata por isso.

Agora, é dar tempo ao Tempo para fazer o que o Tempo sabe fazer melhor. E seguir em frente. De cabeça erguida. Sempre. Porque felizmente nada mudou. Nem tinha que mudar.

{#258.109.2020}

Disto de ser totó: não saber se fico quieta ou se digo alguma coisa, sabendo que, se disser, não será nada de jeito. Nem de novo.

Se calhar fico quieta… Pode ser que com o tempo isto passe. Já que a distância não está a ajudar, talvez o tempo ajude.

Hoje não há pequenos nadas a contabilizar. Há já muitos dias que não há. Talvez devesse contabilizar isso também. Porque também tem o seu peso.

Ser totó não é fácil. Mas não sei ser de outra forma.

{#257.110.2020}

Mais um domingo. Sem história, claro. Sabor a domingo, sem nada a registar.

E sempre, sempre, a vontade de fazer diferente. Mas nestes tempos novos fica difícil fazer alguma coisa diferente.

Aproveito para descansar. Fazer o quê quando não se pode arriscar a fazer muito mais?

{#255.112.2020}

O tempo vai passando. E eu vou ficando. Para trás. Sempre para trás. E sem saber muito bem como andar para a frente.

Digo tantas vezes que não tenho tempo para perder Tempo. Mas todos os dias perco mais um bocadinho. E não gosto disso.

Um dia melhora. Tem que melhorar.