Monthly Archives: November 2021

{#334.32.2021}

Terça feira com sabor a sexta. E ainda bem. Depois de mais uma noite interrompida e difícil, vai ser bom desligar o despertador amanhã quando tocar em vez de ter que sair da cama para o frio.

Se ontem tinha vontade de comemorar com a pessoa certa e não aconteceu, hoje a vontade é igual. Mas sei que não é possível. Não por falta de vontade (minha), mas porque do outro lado não é possível porque há prioridades que são inquestionáveis e que eu nunca poderia pôr em causa. Nem ponho. Aliás, são prioridades que eu defendo desde o primeiro dia. E que irei defender sempre.

Sei que haverá outras oportunidades. Não me entristece não poder realizar vontades quando o motivo é mais que válido. E o importante é que tudo fique bem.

De resto, foi mais um dia de muito frio. E o Inverno ainda não chegou oficialmente. Eu é que não estou preparada para o frio. Continuo a não estar. Mas aprendi nos últimos anos que sim, é possível sobreviver a este tempo.

E de repente páro para pensar e perceber que, neste momento, é tudo mais fácil de encarar graças ao que trago comigo e guardo cá dentro. É tão simples. E tão bom. E sabe tão bem.

Agora é manter o foco e continuar a olhar para cima. E saborear cada dia bom. Mesmo com frio.

{#333.33.2021}

Dia 333 com 33 dias até terminar o ano. Foi um dia bom, com coisas boas a acontecer e a deixar-me com vontade de comemorar com a pessoa certa. Não aconteceu hoje, nem vai acontecer. Mas partilhei e tive retorno. E isso já é tão bom. Claro que fica sempre a vontade de mais. Mas não acontecendo também não me deixa triste. Porque é o que é. E é como é, como pode ser. Também sei isso. E sei que é tão difícil ser de outra forma.

Seja como for, foi um bom dia. Frio. Mas bom. E sempre a olhar para cima, onde vou encontrando bocadinhos de céu azul.

{#332.34.2021}

Domingo que deu para descansar. E pouco mais.

Se estou preparada para a semana que aí vem com novos desafios no trabalho? Nem um pouco preparada, confesso. Vale o feriado a meio da semana para fazer o que não fiz no fim de semana: estudar.

Vamos ver como corre segunda feira. Vai correr bem, claro. Com mais ou menos pedidos de ajuda as vezes que forem necessárias, porque é normal não saber tudo. Não me vou preocupar por antecipação, não resolve nada.

Agora é hora de recolher e desligar. O fim de semana já passou. Amanhã é dia de madrugar e regressar à rotina.

Vai ser um bom dia. Vai ser uma boa semana. Vai ser bom. Mesmo com muito frio, vai ser bom.

{#331.35.2021}

Dia frio, dia de compras. Não foi um dia mau. Mas amanhã, dedicado ao descanso, será melhor.

{#330.36.2021}

Dia de retorno. Procurado e conseguido, mas retorno.

No trabalho, mais um dia de formação, mais um passo no crescimento.

Têm sido dias bons. Com mais ou menos retorno, mas bons. E a vontade de comemorar os dias bons é muita, mas o medo também. Medo dos outros dias, os menos bons. Porque estou sempre à espera que apareçam.

Não quero pensar nisso agora. Quero sentir estes dias bons, um dia de cada vez. E o retorno, esse, é meu e ninguém mo tira. Venha com a frequência que vier. É meu. E de uma forma que só eu entendo pela forma como o sinto e como me faz sentir. E me faz sentido.

Sexta feira. Amanhã é dia de consulta com o terapeuta fofinho. Dia de partilhar novidades e boas notícias. E receios também. Porque ali, já sei, posso falar de tudo sem rodeios e sem receios. E isso é tão importante.

Por agora chega. Sono e frio, muito de cada um. Cansada de uma semana intensa. Mas feliz. Continuo a olhar para cima. Continuarei sempre. Mas por agora descanso.

{#329.37.2021}

O dia lá fora hoje não esteve muito bonito. Mas trouxe boas notícias. Uma teleconsulta com avanços positivos e uma avaliação com bons resultados.

Tem valido a pena o esforço. Tanto no processo de cura que ainda não está fechado como no investimento em formação e estágio no local de trabalho.

Soube bem, tanto num campo como no outro, receber feedback positivo. Agora é continuar de cabeça erguida e seguir em frente. Sempre a olhar para cima.

Por outro lado, mais um dia sem retorno. Isso já não sabe tão bem. Mas não me posso esquecer: é o que é. Não há obrigação de nada. Porque não há nada de mais.

Siga! Tive boas notícias, isso é o mais importante. O retorno irá acontecer novamente, quando menos esperar.

{#328.38.2021}

Dia frio mas azul e com Sol. Dia do meio, aquele dia que não é sim me não, é nim.

Tranquilo. Sereno. Com trabalho. Só fica a faltar o retorno, que ainda não foi hoje que aconteceu. Mas irá acontecer novamente quando menos esperar. E será bom. Como é sempre.

De resto, nada a registar. Apenas e como sempre o sono. O cansaço. As noites interrompidas.

Amanhã será melhor. Vai continuar frio. Mas será um dia bom.

{#327.39.2021}

Dois dias sem retorno…

Não gosto quando isso acontece, mas sei que faz parte. Os dias do outro lado também não são fáceis, nem sempre correm ligeiros e o tempo não abunda.

Desta vez não recorro ao ritual nocturno, como não recorri ao ritual matinal. Também faz parte. É preciso deixar respirar. O retorno irá acontecer novamente.

Até lá, tenho a recordação de sábado. Porque os olhos, esses, não mentem. E no sábado disseram tanta coisa.

Sei esperar. Por isso espero mais um pouco. O retorno irá acontecer. Quando menos esperar por ele. Como sempre.

{#326.40.2021}

Dia frio lá fora. Aconchegado cá dentro. Tranquilo no trabalho, demasiado tranquilo para uma segunda feira.

Presa na memória. Na memória do último sábado. Porque os olhos, para lá da máscara, os olhos… Os olhos que marcam e me prendem numa memória que não quero largar. Onde me perco e me encontro.

Podemos voltar ao último sábado?

Não podemos, claro. Nem eu devo ficar presa a uma memória que não deve querer dizer nada. Mas é mais forte que eu. Porque me soube tão bem e me fez tanto sentido. E me fez sentir. E só por causa disso sorrio um sorrizinho ao canto da boca e saltarico por aí com um brilhozinho nos olhos.

Adolescente, sempre. Mais uma vez, adolescente mas de uma forma boa. Positiva. Porque isto que existe há quatro anos nunca foi outra coisa que não algo de positivo.

O que vai sair daqui? Provavelmente nada mais para além daquilo que é. Porque é o que é. E não é obrigatório ser muito mais.

Viajo na memória. Regresso àqueles olhos de sábado. E deixo-me ficar por aí. Porque é mais um pequeno nada a juntar a tantos outros e que fazem já um grande tudo.

Estou bem assim. E estou mesmo.

{#325.41.2021}

Domingo com sabor a Domingo. E a vontade de ainda ser o final do dia de ontem. Porque sabe sempre a pouco.

Mas esse pouco soube a tanto, como sabe sempre. Mas ontem especialmente. Porque aquele gut feeling bom voltou a soar. E voltou a sussurrar-me ao ouvido aquilo que não digo mas desejo. E ontem vi. Vi que sim, há ali alguma coisa. Sei que será difícil de concretizar porque a vida se mete pelo meio, mas sim, há ali alguma coisa. E ver isso soube-me muito bem. Tão bem. Tão tranquilamente bem.

Agora desligo mas não sem antes recorrer ao ritual de lo habitual. E sei, porque o sinto, que esse ritual nocturno de final de dia é bem recebido e acolhido.

O retorno, sempre o retorno. Sabe tão bem. O resto? O resto é o resto. Se estou bem assim? Estou. E é tão bom estar assim como estou. E também por isso queria que ainda fosse o final do dia de ontem. Para saborear mais um pouco o que vi e senti.

As máscaras não ajudam, mas os olhos…os olhos não mentem. E dizem tudo. E ontem disseram tanto.

{#324.42.2021}

Há coisas que me fazem sentir, há coisas que me fazem sentido. E quando é assim, vou e estou lá.

E hoje fui. E foi bom, como é sempre, como já previa.

E a haver um regresso, é ali. Será. Seria. Não sei. Mas é ali que faz sentido para mim.

{#323.43.2021}

Sexta feira. E a certeza de que retorno já ninguém mo tira. Amanhã será mais um dia de retorno, de forma diferente mas boa na mesma. Se não mesmo melhor.

Dia de formação. Num estágio que está quase a chegar ao fim. E ainda sem certezas sobre o que vem depois. A ansiedade, claro, instala-se devagarinho. E algumas perguntas pairam no ar. Sem grande necessidade de resposta antes do tempo.

Cansada. Tão cansada. A semana foi longa. E os horários não ajudam, especialmente quando se mantêm as noites interrompidas.

Não há muito a dizer. Em formação não há tempo para pensar em muito mais do que a possibilidade do erro. E o possível erro assusta-me. Mas com a prática tudo se irá encaixar. E vai correr bem.

Quanto a amanhã, acredito que se possa concretizar o que tenho em mente. E, não sendo nada de especial ou extraordinário, será bom.

Por hoje desligo. Cedo para tentar descansar.

Amanhã será um dia bom.

{#322.44.2021}

Ainda o retorno, mas mais importante a partilha. Gosto de sentir esta confiança que vem desde o primeiro dia e que não se perdeu com o tempo. Gosto destas partilhas.

E agora mesmo, neste instante, o retorno que me deixa meio sem palavras.

Amanhã será bom dia também. E o retorno já ninguém mo tira.

{#321.45.2021}

Quarta feira. Dia do meio. Tranquilo. Frio. Mas nem por isso distante.

E o retorno que surge inesperado numa espécie de partilha. Que me deixa de algum modo preocupada. Não por mim mas pelo outro lado.

É curioso perceber que essa partilha existe desde o primeiro dia. Sem que eu o tenha pedido, a verdade é que sempre existiu esse à-vontade para partilhar. E agradeço por isso. Faz-me sentir bem assim. Quase diria que me faz sentir especial, mesmo tendo consciência de que não sou. Mas sabe bem saber que não há problema em partilhar.

Seja o que for que está a acontecer do outro lado, estou aqui no que puder fazer. Se poderei ajudar? Provavelmente só ouvindo o que essa partilha quiser revelar. Mas muitas vezes ouvir é a melhor forma de ajudar.

Aguardo. Se a partilhar continuar, estou aqui. Se não continuar, estou aqui também.

Amanhã será bom. E a semana perto do fim.

{#320.46.2021}

Terça feira. E começa a ser difícil saber em que dia estou. Por momentos hoje estive em modo quarta feira. Não sei porquê. Até que caiu a ficha.

De resto, nada de novo. A tentar fazer o meu melhor todos os dias. Sabendo que falho e tentando corrigir.

O retorno surge, de novo, devagarinho. Desde que continue a surgir……

Desligo cedo. Hoje não dá para muito mais.

Amanhã sim, será quarta feira.

{#319.47.2021}

Segunda feira. Cansada como se fosse sexta. Mais uma noite interrompida, mal dormida, para começar a semana.

E uma espécie de ansiedade que se vai formando devagarinho e se vai aninhar até ao fim do mês. Não quero pensar nisso. É deixar seguir.

E o retorno. Sempre o retorno. Que seja, do outro lado, uma semana mais tranquila. É o suficiente para acalmar os filmes da minha cabeça.

Nada do que escrevo hoje faz muito sentido. Mas não importa. É só uma espécie de lembrança do cansaço. E ainda agora a semana começou.

Amanhã será melhor. Hoje desligo mais cedo e a noite logo se vê como será.

Sim, amanhã será melhor.

{#318.48.2021}

Não fui feita para estar sozinha. E este fim de semana, sozinha em casa, recordou-me disso.

E o domingo, para não variar muito, foi dedicado a mantas, sofá e televisão. Tive vontade de sair, de ver gente, mas ainda não me senti a 100% e com coragem para enfrentar o frio na rua.

Estou melhor do que ontem, sem grande comparação possível. Mas precisei de mais este dia para que amanhã esteja tudo bem para ir trabalhar sem grande dificuldade.

Os filmes na minha cabeça parecem ter tirado o dia também para ficarem sossegados e não chatearam. Não se fizeram presentes. E isso é bom. Já eu, sem filmes e sem pensar demasiado, fiz a minha parte naquilo que ficou acordado há uns meses. Continuarei a fazê-lo até que me digam que não é para fazer mais, ou que já não querem a minha ajuda.

De resto, o fim de semana já terminou. Amanhã regressa-se à rotina. E não me chateia nada que assim seja. Custa sair da cama tão cedo, preferia o registo de teletrabalho só por causa da hora a que toca o despertador, mas não me queixo porque é para fazer algo que gosto.

Mas, de facto, estar sozinha não é para mim. E por isso este fim de semana pareceu nunca mais ter fim, mesmo tendo passado rápido.

Talvez seja melhor assim. Porque há alturas em que é preciso estar sozinha. Para pôr ideias em ordem.

Amanhã já não estarei sozinha. E ainda bem.

{#317.49.2021}

Dia de efeitos secundários da vacina da gripe. Por muito que tivesse pensado em fazer alguma coisa de diferente neste fim de semana em que estou sozinha, faltou a coragem e condições físicas para sequer me mexer.

Valeu-me a consulta semanal com o terapeuta fofinho de manhã para conversar um bocadinho e pôr as minhas dúvidas de ontem em perspectiva. Mas falta-me uma boa conversa de raparigas para sair do registo terapêutico e ter outros pontos de vista. Sei que há mil e um motivos que podem levar a uma breve alteração de comportamento e que podem não querer dizer nada, pode ser apenas uma breve indisponibilidade sem nada de mais. Mas a minha perturbação borderline faz filmes na minha cabeça em que a culpa é sempre minha.

Enfim. Vamos ver. Seja como for, não posso exigir aquilo que não têm para me dar. Nem posso esperar mais daquilo que não é o que eu gostaria.

Agora descanso. Recolho-me ao quentinho e vou ver se durmo para amanhã estar melhor. Não estava preparada para todos estes efeitos secundários que quase me derrubam. Mas amanhã será melhor.

{#316.50.2021}

Tenho que começar a pensar em desistir. E eu detesto desistir, seja do que for. Mas desta vez o meu gut feeling aponta noutra direcção e diz-me que está na hora.

Há muito tempo que não me sentia assim. E não tinha saudades. Desanimada. Desalentada. E sabendo que o que trago comigo, em mim, é tão bom e tão bonito por ser puro e desinteressado. E dói que seja desperdiçado. Mas é o que é. E isso é claro desde o início, reforçado desde aquela conversa naquela noite fria de início de Fevereiro. É o que é e mais nada do que isso.

Sinto-me triste. Sim, é isso. Triste. Como há muito tempo não me sentia. E não gosto desta tristeza. Deste desalento.

Está na hora de entregar os pontos? Acho que sim. E não quero. Mas, mais uma vez, é o que é. E é também hora de desligar os filmes que faço na minha cabeça. Que não me fazem bem nenhum mas que não me largam.

Enfim. Não me canso de repetir: é o que é. E não é nada daquilo que eu gostaria. Mas é o que é.

{#315.51.2021}

Há silêncios que me doem. E pesam. É a falta de retorno que, sei bem, não é obrigatório acontecer todos os dias. Mas esses silêncios, essa falta de retorno, doem e fazem disparar as inseguranças, a falta de auto-estima e os filmes na minha cabeça.

Sei que não há obrigação nenhuma quanto ao retorno. Sei que tanta coisa pode originar essa falta de retorno. Sei, também, que sou eu quem espera demasiado. E sei que tudo isso me faz mal. Porque me faz sofrer. Não gosto desta expressão, “faz sofrer”, mas a verdade é que faz. E quando uma pessoa se habitua a um certo nível de retorno, sofre quando há quebras.

Não quero pensar muito nisso. Vou deixando andar. Mantendo-me como sempre. Sem me querer impôr. Mas sempre presente porque sim. Porque me faz sentido. E só sei ser assim. Não devia, mas é só como sei ser e fazer.

O retorno voltará a acontecer. Não sei quando, sei apenas que desejo que aconteça rapidamente.

Porque há silêncios que me doem. E eu não gosto disso.