Sexta feira e novamente em casa. Se é uma recaída? Para isso era preciso ter recuperado totalmente antes. E não foi isso que aconteceu.
Disseram-me, várias pessoas e tantas vezes, que regressei ao trabalho cedo demais. Na altura não liguei. Apenas pensei que, mesmo doente, as contas para pagar não deixam de aparecer. Se estava preparada ou, sequer!, em condições de regressar ao trabalho? Percebo agora que não.,.
Está cá tudo de novo com excepção das dores de cabeça intensas e persistentes. Mas, de resto, está cá tudo. Especialmente o cansaço extremo. De resto, está cá tudo, começando na dificuldade de concentração até à irritabilidade sem razão. Mas o cansaço extremo ainda é o que mais me preocupa.
Ontem à noite, depois de escrever o post no blog, adormeci sem carregar no botão para publicar. Ficou tudo aberto, post escrito, fotografia anexada e, de repente, adormeci sem publicar. Percebi isso quando acordei a meio da noite. E hoje, mesmo depois de ter achado que já estaria melhor, estou quase a adormecer novamente com o telemóvel na mão…
Amanhã, sábado, era para haver Yoga. Não vai haver. O que me vai permitir dormir um pouco mais. De resto, o sono é algo que me está a perturbar. Por isso, vou aproveitá-lo e esquecer aquela sensação de quem está fora de pé e não sabe nadar. Como eu sinto agora…
Dizia eu ontem que estava exausta. O que eu não sabia quando o escrevi era que ia adormecer com o telemóvel na mão ainda antes de carregar no botão para publicar o post…
Já me ri disso mas, lá no fundo, sei que não tem graça nenhuma. Porque, o que aconteceu ontem, foi só um aviso de que, na verdade, não estou bem. E não estou. A única vontade que tenho é a de me deixar cair e chorar. Não resolve nada, eu sei, mas alivia a pressão.
Já muita gente me tem dito que voltei ao trabalho cedo demais, mesmo depois de dois meses e meio de baixa em casa. E eu começo a dar razão a essas vozes. Porque não estou bem. Mesmo. E nem há tanto tempo assim estive como estou agora.
Depressão? Burnout? Os dois? Talvez os dois, sim. E se só um sozinho já faz estragos, os dois em simultâneo fazem soar todos os alarmes. E eu tenho o alarme a tocar bem alto. O que não tenho? A solução para isto. Estou medicada. Mas deixei de estar acompanhada pela médica me deu alta e me tinha dado a baixa. E mesmo ela só viu metade da minha situação. Se consigo voltar a falar com ela? Não…e, enquanto isso, vou esperando até ter novo acompanhamento.
Não gosto, nem quero sentir-me assim por muito mais tempo. Mas enquanto houver pressão surreal e horários impróprios eu sei que facilmente irei quebrar. E já falta tão pouco.
Burnout ou Depressão, não sei. Talvez sejam os dois. E eu preciso de cuidar de mim. Como agora.
Estou a assustar-me com este meu eu, mas vou tentar que aguentar. Não sei como, mas vou ter que aguentar…
E depois há distâncias que hoje é bem mais curta e quenão se pode aproveitar…com muita pena minha. E o friozinho no estômago que antecede as borboletas…
Não, hoje já chega. Não falta muito para adormecer novamente com o telemóvel na mão.
Terça feira e o teletrabalho. Dia a começar sem energia e uma visita ao dentista para começar o dia de trabalho 2 horas depois do horário. Felizmente a partir de casa. Ainda não percebi porque é que, cada vez mais, as empresas que tem toda e gente no trabalho presencial. Em casa faço precisamente o mesmo que faço presencial… Não percebo. Mesmo. Mas os senhores dos diplomas, aqueles que exigem resultados que V vert fj não são possíveis, lá terão alguma coisa a dizer. Esta noite. Mas não sei…
Segunda feira e chegar a casa com o peso de sexta feira… Chegar a casa às 19h30 e aquela sensação, novamente, de ter uma máquina de fazermos pipocas no lugar da cabeça, tal não é a quantidade de pensamentos por minuto que se formam por aqui. E nenhum se aproveita.
A verdade é que, hoje, ainda só é segunda feira. Mas não, não estou a 100%… E começa a assustar-me. Chego a questionar-me que vida é esta, sem tempo para viver em vez de sobreviver. E questiono-me sempre.
Mal consigo ter os olhos abertos…e escrever não está a ser fácil, e só por isso, por hoje chega. Amanhã é dia de regresso ao teletrabalho. É dia de dormir mais duas horas.
Domingo. Dia de consulta com o terapeuta fofinho logo pela manhã. O resto do dia? Foi dedicado ao que era preciso: descansar.
E a distância que se encurta quando há vontade e nos encontramos no meio do caminho. Sabe tão bem quando é assim. E sabe ainda melhor quando surge de forma tão natural, tão pura. Sem pressa nem pressões. É tão bom simplesmente como é.
Amanhã é dia de regresso à rotina. O resto?Logo se vê. Desde que continuemos a encontrar-nos a meio do caminho, podemos ser como for.
Quinta feira. E hoje não precisei que me apontassem o caminho. Ontem comecei a fazer o que já devia ter feito há meses. Hoje concluí. Se vai dar em alguma coisa? Duvido. Mas tinha que o fazer. Agora é esperar para ver..,.
O cansaço está a dar cabo de mim, mas o fim de semana está praticamente aí. Vai, mais uma vez, ser curto, mesmo tendo os dois dia habituais.
Por agora desligo e enrosco. Amanhã? Logo se vê. Mas vai ser um bom dia.
Dia longo e complexo. Manhã na esplanada a fazer tempo para uma consulta de Medicina do Trabalho que munição entendi mas que, após os dois meses e meio de baixa em casa, é obrigatória. Seja então.
Entrar no trabalho duas horas mais tarde para um dia que se previa e desejava tranquilo. E que, na maior parte do tempo até foi. Até ao momento em que, mais uma vez e a mesma personagem, me viraram do avesso. Há limites que têm que ser respeitados e que são impostos pêlo bom senso e apela noção que, já se percebeu, por ali não abunda. E quando esses limites são repetidamente ultrapassados, há que agir. Ou reagir. Porque “acção->reacção”. Há coisas para as quais já não tenho idade, feitio ou pachorra. Mas o primeiro passo da reacção, o que mais custa, está dado. Agora é esperar.
Enquanto isso é continuar a encolher os ombros, sorrir e acenar.
Nunca as segundas feiras custaram tanto com as últimas. Não tanto as manhãs, o acordar cedo depois de dois dias com horários mais simpáticos. Mas o final do dia… Chegar ao fim do dia cansada como se fosse sexta feira. É isso que faz com que as segundas feiras agora custem tanto…
Independentemente do cansaço, faço o meu trabalho o melhor que sei, o melhor que posso. E os resultados estão aí, à vista. Há um ponto que, para os senhores engravatados, continua mau: o tempo que demoro com o cliente em linha. Mas, para mim, é esse tempo que dedico ao cliente que faz a diferença. É um atendimento com qualidade. E é isso, para mim, o que realmente interessa.
Passa das 10 da noite. Eu saí do trabalho às 6 da tarde. E ainda estou a pensar em trabalho… Não posso. Foi também por isso que fiquei dois meses e meio de baixa em casa. E não pode acontecer novamente. Se voltei demasiado cedo? Não sei. Há quem me diga que sim. Eu acho que voltei quando tinha que voltar. Mas depois sinto o cansaço como sinto à segunda feira… E pergunto-me até quando é que vou aguentar este desgaste e a resposta é simples: não sei…
Domingo é dia de descanso. Hoje foi também dia de regresso às consultas com o terapeuta fofinho, depois de Agosto ter tido todos os Domingos em branco. E hoje havia tanto para contar.
Depois da consulta, voltar para a cama. Não tem problema nenhum. Afinal, os Domingos são a preparação para a semana e é preciso recuperar da semana anterior. E na falta do que fazer…
Mas era escusado sonhar… Com alguém que se queria mais presente, ou se quis noutros tempos. Agora não… E, claro, o sonho tinha que envolver trabalho e o mal estar que isso me tem trazido. Já o disse antes, digo as vezes que forem necessárias: gosto muito do que faço, mas a forma como o trabalho é feito e, acima de tudo, gerido está a consumir-me demasiado…
Por hoje chega. Amanhã será melhor, será um dia activo, com deslocações e trabalho. Será, portanto, um dia cansativo. E eu, que já devia estar a dormir, ainda aqui estou. Ainda vou ali, a 200 km daqui, fechar o dia. Mas sem sair do lugar. Vantagem das comunicações actuais.
E sim, amanhã será melhor. Mesmo que seja segunda feira. O resto? O resto é só isso mesmo: o resto. E logo se vê.
Sábado e ainda muito cansada. Acordar cedo para ir ao Yoga. Voltar para casa para almoçar. E, logo depois do almoço, apagar completamente até perto da hora de jantar. Dormi o que precisava de dormir, mas continuo cansada. Gostava que a noite envolvesse uma qualquer saída, mas pouco passa das 22h30 e estou pronta para dormir. Nem os 4 cafés que bebi hoje, 3 dos quais antes do almoço, me tiram este peso de cima, este sono absurdo.
Amanhã regressam as consultas com o terapeuta fofinho. Já lhes sentia a falta. E, depois de um mês inteiro sem falar com ele, tenho muita coisa para falar.
Mas é sábado à noite e estou pronta para dormir. Com um sono sem explicação e a precisar de recuperar de uma semana de trabalho que me esgotou por completo.
Amanhã ainda vou poder descansar depois da consulta. Já sei que volto para a cama. E aí logo se vê. De resto, será mais um dia que vai passar.