Monthly Archives: August 2018

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Há pequenos pormenores que me dizem muito mesmo que não queiram dizer nada. Pequeninas coisas. Frases. Palavras. Ou gestos.

Guardo tudo para mim quando na realidade quero (tanto) partilhar com quem me enche com pequenos momentos.

Vou guardando. Tudo. Mesmo que não signifique nada. Signifique apenas para mim. Faz-me bem. Faz-me acreditar em coisas boas.

São pequenas coisas. E eu gosto de pequenas coisas.

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O copo meio cheio é poder usufruir desta vista todos os dias. E desta luz quando ela surge assim dourada.

Vejo mais vezes o copo meio cheio do que o copo meio vazio. Nem sempre parece, eu sei. Mas vejo. E vejo oportunidades sem fazer delas problemas.

O copo meio cheio. Até nos problemas o vejo. Porque é assim que prefiro vê-lo. E senti-lo.

E vou sentindo esse copo meio cheio e com cada vez mais a sensação de não estar cheio de ilusões mas sim de algo concreto. Como é que sei? Sinto-o.

Guardo sempre o copo meio cheio. Sinto-o sempre meio cheio. Mesmo que por vezes me esqueça dele assim por momentos.

Venham desafios, venham propostas, venham dicas, o que for. É do lado meio cheio que pego.

Por hoje pego na luz dourada que me acompanhou no regresso a casa em hora de ponta em dia de acidente na ponte. E a vista com que me cruzo e que às vezes me esqueço de absorver. E que me apetece partilhar, a luz e a vista, com quem também vê o copo meio cheio.

Por isso cá fica. E que seja também um copo meio cheio.

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“The darkest nights produce the brightest stars”.

Está na altura de ver o copo meio cheio de uma outra perspectiva. Está na altura de pensar em rumos a tomar. Está na altura de sair da escuridão e fazer sair a luz. Está na altura de ser um bocadinho mais qualquer coisa. Só não sei ainda o quê… Ou se, sabendo, sou capaz de aguentar. Sinto-me cansada, tão cansada………

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Tive (e tenho) saudades tuas. Não te vou dizer, claro. Talvez não o entendesses, porque não há motivos para ter saudades tuas. Não és meu. Não te sou nada. Mas, estranhamente, desde o primeiro dia que sinto saudades tuas. Do teu sorriso. Do teu riso de miúdo pequeno. Do teu olhar curioso.

Não te vou dizer, claro. Talvez um dia, não hoje. Não assim. Até lá vou tratando das saudades como posso, como sei: em silêncio.

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Cansada de pessoas amargas, mal dispostas, mal educadas, de mal com a vida e com o mundo. E todos os dias tenho que lhes atender o telefone, 8 horas por dia.

Costumava dizer “eu gosto disto”. Cada vez o digo menos. Não, não gosto mesmo disto. Cansa-me e faz-me mal. Mas, para já, resta-me aguentar.

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Sei tão bem do que tenho medo… E assusta-me sentir o que sinto. Não só o medo mas tudo o resto que se faz presente. Que não me larga. Que me prende. Que chega a toldar-me o pensamento tantas vezes.

Já estive assim antes. Já fui assim antes. Sei que passou mas não me lembro como, quando ou porquê. Queria voltar a esse tempo em que era mais fácil viver. Em que já não tinha medo. Mas como? Não sei onde me perdi, como saber onde voltar ao caminho certo?

Tenho medo. Muito. Mesmo que me digam que não tenho razões para isso, encontro sempre mais uma e mais outra e ainda outra.

Estou cansada de ter medo. Estou cansada de estar assim.

Vai melhorar. Não sei quando nem como, mas vai ter que melhorar.

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Nem sempre os livros contam todas as histórias. Como agora, em que mais uma vez tenho que fingir que está tudo bem quando me sinto encurralada a um canto dentro da minha própria casa.

Não, nem sempre os livros contam todas as histórias. E desta história eu já estou tão cansada. Demasiado cansada. Mas tenho que continuar a fingir. Está tudo bem. No pasa nada.

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Desmotivada. É isso.

Pouca coisa me motiva a seja o que for. E se, por acaso, encontro um mínimo de motivação, é certo que vem logo algo lembrar-me que não vai resultar.

Não me lembro de alguma vez ter sentido tanta desmotivação como agora. Mas quero acreditar que também isto vai passar…

{#231.135}

Há 4 anos a escrever todos os dias. Muitas vezes apenas em jeito de tirar apontamentos. Mas são 4 anos, todos os dias. Sem excepção.

Há 4 anos a escrever todos os dias. Sem excepção. Nos dias bons e nos outros. Mesmo quando deixo em branco o que escrevo.

Um dia paro. Não hoje. Um dia.

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Sempre fui a minha pior inimiga. Sempre o soube. E continuo a ser. Por isso é que falho tanto e de tantas formas.

Como agora. Outra vez.

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Já dei por mim simplesmente a olhar para ti. E já percebi que podia ficar assim, simplesmente a olhar para ti, durante muito tempo.

Olhar para ti faz-me bem.

{#225.141}

Existem tantas formas de dizer o que guardamos. Já as tenho usado. Já deste por elas? A última foi meio atabalhoada para te dizer que confio em ti. E não o digo aberta ou atabalhoadamente a muita gente.

Fica comigo tudo o resto. Mas fica aqui para não me esquecer: houve um dia em que te disse “confio em ti” e sei que não tens motivos para me magoares.

Um dia digo-te abertamente tudo o resto. Até lá vou jogando com as palavras.