Monthly Archives: June 2021

{#181.185.2021}

Dia cheio de ocupado, o de hoje. Começou cedo e foi duro…A somatização da ansiedade é tramada. E hoje esteve presente novamente.

Amanhã estará presente novamente, já o sei. Porque amanhã é um dia importante e por isso a ansiedade faz parte. Irá começar cedo também, mas não será tão duro como o dia de hoje, pelo menos não fisicamente. Tirando, obviamente, a somatização da ansiedade.

Não posso esquecer-me de continuar a olhar para cima. Ajuda-me a manter o foco, ainda que durante a ansiedade seja mais confortável olhar para o chão. Para ter a certeza que sei onde ponho os pés para dar passos firmes e um pouco mais seguros.

A ansiedade não mata.Mas mói e dói. Muito. Tanto.

Farei o possível para que amanhã seja melhor. E será, com certeza.

E o que se vai passar amanhã vai correr bem. Tem tudo para correr bem.

Sim, amanhã será melhor.

{#180.186.2021}

Obrigar-me a sair de casa todos os dias um bocadinho. A vontade é cada vez menor, mas é obrigatório sair. Com mais ou menos vontade, com mais ou menos ansiedade, é obrigatório sair.

Receber boas notícias que se podem vir a traduzir em notícias ainda melhores. Mesmo que não me sinta segura nem confortável. Há uma possibilidade de haver boas notícias no final desta semana.

Não quero entusiasmar-me demasiado. Nem a ansiedade recomenda que o faça nem a cautela.

Mas basicamente é isto: sair de casa todos os dias um bocadinho. Mesmo que o vento incomode e baralhe as ideias.

Amanhã será um dia passado, na sua maioria, fora de casa. Só por isso já será melhor que hoje. Depois? Logo se vê.

Um dia de cada vez.

{#179.187.2021}

Dizem que a ansiedade não mata. Mas mói e dói.

A médica diz que é tudo ansiedade, o que sinto. Não me sinto ansiosa no geral, mas fico um pouco com tudo o que vou sentindo. E hoje foi (está a ser…) particularmente difícil.

Vou acreditar que sim, é só ansiedade. Para tentar evitar que a ansiedade que se instalou escale para um nível que não consigo controlar.

É uma espécie de pescadinha de rabo na boca… Mas seja lá o que for isto que sinto hoje, não está a ser fácil de gerir……

Amanhã espero estar melhor. Para poder ter um dia mais tranquilo e seguro………

{#178.188.2021}

Domingo. E, como todos os domingos, sofá e televisão. Novamente sozinha em casa a tarde toda. Não gosto. E cada vez percebo mais que sozinha não me faz bem.

Enfim. Amanhã, segunda feira, será melhor. Porque sim e porque tem que ser.

{#177.189.2021}

Sábado. Manhã que começou demasiado cedo, como tem vindo a ser hábito, sem necessidade.

Dia demasiado logo para um dia sem nada a registar. Foi o que foi, mais um dia vazio, igual aos outros.

E com o avançar do tempo vem a noite e, novamente, a vontade de chorar.

Estou tão farta disto… Mas não há muito que possa fazer para mudar.

Amanhã? Logo se vê como corre o dia.

{#176.190.2021}

Sexta feira. Que me pareceu domingo.

Para variar, nada a registar. Já cansa, muito, ter dias sempre assim: vazios. E sempre iguais.

Posso sempre fazer de conta que sou uma planta e manter-me hidratada. Também as plantas têm os seus dias sempre iguais.

Amanhã, sábado, pode ser que seja melhor.

{#175.191.2021}

Mais um dia vazio. Azul apenas ao fim do dia, um pouco de esplanada para arejar as ideias.

Disponibilidade sempre, e hoje sublinhada. Se foi entendida, não sei. Sei apenas que tenho essa disponibilidade para quem trago cá dentro.

Amanhã será um dia melhor. Assim o espero. Não sei até que ponto irei fazer por isso nem sei se o dia em si o permitirá. Mas desejo muito que seja melhor. Ou, pelo menos, um pouco mais animado. Estou cansada deste marasmo. Estou cansada de perder a conta aos dias que passam. Cansada de não ter a certeza que dia é.

É quinta feira. Não me posso esquecer. E não me posso perder novamente.

Amanhã, sexta feira, será melhor.

{#174.192.2021}

Dia de vacina. Uma espécie de normalização do que nos tirou a normalidade.

Noite interrompida novamente. Manhã de miúdas. Tarde de ronha. Início de noite de emoções. Foi um dia longo, este.

Agora é descansar. Amanhã será melhor.

{#173.193.2021}

Dia estranho este. Demasiado parado. Sem nada a acontecer, sem nada a registar, sem nada para contar. Sem nada para reflectir.

Amanhã será melhor. Ou, pelo menos, diferente. Porque amanhã há coisas a acontecer.

Por hoje chega. Já se faz tarde. Não vou procurar nada para acontecer ou para reflectir. Amanhã sim.

Mantenho, no entanto, o olhar lá em cima. E vejo dias azuis. Amanhã volto a olhar para cima. E o dia será, novamente, azul.

{#172.194.2021}

Dia um pouco mais ocupado, que me obrigou a sair de casa mais vezes do que o habitual. Que me manteve a cabeça um pouco mais ocupada.

O dia, só por isso, mesmo tendo sido mais um dia igual aos outros, não foi totalmente mau. Foi só mais um dia.

Amanhã não será muito diferente, apenas não está prevista nenhuma saída extra.

É o solstício de Verão. O triunfo da luz sobre a escuridão. O dia mais longo do ano. Mas nem por isso o celebro. A vontade inicial era de sentir este dia longo de forma diferente. Mas não me foi possível vivê-lo como gostaria. Fica apenas o registo: são 21h52m e ainda não é totalmente noite.

A partir daqui vai ser sempre a descer no número de horas de Sol. Mas não me posso esquecer que a luz também somos nós que a trazemos em nós. E eu não posso deixar que a minha luz esmoreça.

Amanhã será melhor. A memória não me falha, mas não está presente como no início deste período. O que é bom. E por isso será um dia melhor.

{#171.195.2021}

Revisitar aqueles 42 dias que foram e não podiam ser. Vai ser duro, como é todos os anos nesta altura.

Amanhã será melhor. Estarei um pouco mais ocupada e distraída. Porque às vezes é preciso estar ocupada para não sentir. E eu agora preciso de não sentir. Porque esquecer não esqueço. E a memória de calendário não perdoa.

Vai correr bem. Vai ter que correr bem. Amanhã será melhor.

{#170.196.2021}

Faz hoje 7 anos que engravidei. Vou continuar a fazer de conta que não me lembro. Vou continuar a fazer de conta que não me lembro que hoje o meu filho teria 6 anos e deveria estar aqui comigo.

Vou continuar a fazer de conta que não me lembro do período muito negro que veio depois dessa gravidez que não foi, que não podia ser.

É, vou continuar a fazer o que sei fazer melhor: fazer de conta…

{#169.197.2021}

Junho. E está frio.

E os meus dias são frios também, por serem vazios e sem sentido.

Estou cansada disto. Vai ter que melhorar rapidamente. Embora continue a não me sentir nem um pouco confortável com a ideia de voltar ao trabalho de forma presencial. De início o trabalho remoto deixou-me apreensiva pela quebra de rotinas e interacções. Mas facilmente percebi que o trabalho remoto é melhor em tantos aspectos. Agora pode haver a possibilidade de voltar a trabalhar de forma presencial, mas os riscos são imensos. E não quero isso para mim… Não sei o que fazer…

Amanhã é dia de terapeuta fofinho. E iremos falar sobre esta questão. E eu já sei o que ele me vai dizer. Mas a verdade é que não me agrada a ideia de voltar aos transportes públicos…não enquanto o risco é tão elevado como é agora. Sim, posso dizer que tenho medo. E a ansiedade dispara sempre que penso nessa possibilidade.

Vamos ver. Esperar para ver. Amanhã logo se vê. Amanhã pode ser que seja um bocadinho melhor que hoje. Mesmo que continue o frio e venha também a chuva. Vai ter que ser melhor…

É Junho. E está frio…

{#168.198.2021}

Ando completamente perdida no tempo. Hoje dei por mim a perguntar, por duas vezes, em que dia da semana estamos. Quarta feira ou quinta?

Já sei que é quinta feira. Mas esta falta de noção do tempo deixa-me confusa. Faz-me sentir ainda mais perdida do que sinto por norma.

A semana passou a correr. E ao mesmo tempo tem sido longa. Mas, claro, sem grandes coisas a acontecer. Ou melhor, com algumas coisas a acontecer quase todos os dias. Uma ida a Lisboa. Um café de miúdas. Uma entrevista de emprego. Só hoje não aconteceu nada.

Amanhã também dificilmente acontecerá alguma coisa, será mais um dia igual aos outros, sem História ou histórias. É o mais certo. Mas mantenho sempre a esperança que algo de bom pode acontecer.

Por hoje chega. E faço por não pensar no que gostava tanto que acontecesse. Sendo algo que não depende de mim, o melhor mesmo é não pensar nisso. Porque, se dependesse, já tinha acontecido há bastante tempo.

Enfim. Melhores dias virão. É o que se costuma dizer, não é?

{#167.199.2021}

Dia tranquilo o de hoje, que apesar de tudo passou demasiado rápido. Não dei pelo tempo passar. E nem sempre isso é positivo.

Uma entrevista de emprego e a possibilidade de voltar ao activo em breve. Mas com a componente presencial, o que nos tempos que correm não me agrada nem um pouco. Não me deixa confortável e deixa-me, acima de tudo, insegura. E a ansiedade faz-se sentir, claro.

Vamos esperar para ver. Nada está garantido ainda. Mas não me agrada ter que voltar aos transportes públicos sabendo que, por muito cuidado que tenha, o risco é muito elevado.

Olho para cima. É o melhor que posso fazer agora. E vejo a minha Lua lá em cima, em crescendo devagarinho.

No fim posso dizer que foi um dia azul. Tranquilo apesar da incerteza da entrevista e do possível resultado. Amanhã? Logo se vê. Será, com certeza, mais um dia igual aos outros.

{#166.200.2021}

Um café de miúdas numa esplanada sabe sempre bem. E hoje houve um desses cafés.

E à tarde uma espécie de boas notícias. Que saberei mais pormenores amanhã. Mas que pode ser exactamente o que estou a precisar.

De resto, nada mais a registar. Para variar. Mais uma noite difícil e interrompida que voltou a fazer com que o início do dia fosse mais complicado. Mas não há muito que possa fazer para mudar as noites neste cenário.

Enfim… Amanhã será melhor. Nem que seja pela hora marcada às 14h30. Vamos ver como corre.

Por hoje chega. E ainda vou saboreando pequenos nadas que já vêm de ontem e que para os outros podem não dizer nada mas que a mim aconchegam. Pequenos nadas? Guardo todos. Um dia ainda se transformam em grandes tudo.

{#165.201.2021}

Há sítios que fazem parte da minha História mas que nem por isso me deixam muito confortável. E hoje fui a um desses sítios. Onde nasci, cresci e vivi durante 20 anos. Nunca me afastei, na verdade. Sempre foi uma espécie de segunda casa onde só voltava para ir ao médico.

Como hoje. E o desconforto de outros tempos fez-se de novo presente. Como faz sempre.

É uma espécie de relação de amor/ódio muito intensa. Pode ser que um dia passe.

Valeu a pena, no entanto. Nem que seja só por ter saído de casa. E do bairro.

Amanhã volto à rotina de não ter rotina. Se vai ser melhor? Não sei. Amanhã se vê.

{#164.202.2021}

Mais um domingo que, no fundo, foi mais um dia igual aos outros. Com excepção do jantar, inesperado.

Tirando isso, sofá e televisão.

Amanhã é dia de sair. Será melhor só por isso.

{#163.203.2021}

Não, o dia de hoje não foi melhor do que o de ontem. Não tendo sido mau, podia ter sido melhor.

Foi, como sempre, mais um dia igual aos outros. Voltei a olhar para cima para não me esquecer que não posso voltar a prender os olhos no chão.

Amanhã veremos como será. E se chover, como está previsto, que chova apenas lá fora quando a vontade é de chover cá dentro também.

{#162.204.2021}

Mais uma noite interrompida que resultou num dia difícil de gerir e digerir.

Mais um pouco de tempo em esplanada vazia.

Até quando?

Amanhã não deverá ser muito diferente. Espero apenas que seja melhor, apesar de tudo…