Dia de retorno. Desta vez, retorno de uma espécie de trabalho que me foi proposto e que aceitei sem pensar duas vezes. Seria (é) uma forma de ajudar. Não ocupa demasiado tempo, não tem horários a cumprir, não é exigido nada que não consiga cumprir. A minha parte é feita hoje com a mesma vontade do primeiro dia. E hoje foi dia de concretização de algo que já era real há uns tempos mas que só hoje se pode materializar.
Há potencial para mais. Não depende de mim a concretização, mas o potencial está lá. Se posso fazer mais? Não. E não me preocupo com isso. Sei que a minha parte é apreciada. Sei que faço o que me foi proposto. E sei que é uma espécie de parceria que traz vantagens para ambas as partes.
E depois, depois nada. É o que é. Mas também é uma forma de estar presente, de ser presente. E sei que também isso é valorizado.
Se tudo isto é completamente inocente? Não. Claro que ganho com isto. Mas há uma parte do que ganho que não pode ser contabilizado e que só eu sei o que é. É algo que me faz sentido. E me faz, também, sorrir.
Sim, hoje foi dia de retorno. Do trabalho realizado e do ritual de todos os dias. E dou por mim com um sorrisinho ao canto da boca e um brilhozinho nos olhos. Que já me acompanham há muito tempo, mas que hoje deixo transparecer mais.
Enfim, é uma espécie de parceria de trabalho que podia ser mais do que apenas isso, porque tem condições para tal. Cada vez tenho menos dúvidas disso. Basta querer o outro lado…
Mas é o que é! Não posso esquecer-me disso. E às vezes esqueço-me. E não posso mesmo. Para meu bem, não posso esquecer-me.
Termino o dia a olhar para cima, como sempre. E a encontrar a minha Lua em início de ciclo. E a acreditar que um dia o que hoje parece impossível vai ser possível.