Category Archives: {#2021.Outubro}

{#312.54.2021}

Dia de retorno. Desta vez, retorno de uma espécie de trabalho que me foi proposto e que aceitei sem pensar duas vezes. Seria (é) uma forma de ajudar. Não ocupa demasiado tempo, não tem horários a cumprir, não é exigido nada que não consiga cumprir. A minha parte é feita hoje com a mesma vontade do primeiro dia. E hoje foi dia de concretização de algo que já era real há uns tempos mas que só hoje se pode materializar.

Há potencial para mais. Não depende de mim a concretização, mas o potencial está lá. Se posso fazer mais? Não. E não me preocupo com isso. Sei que a minha parte é apreciada. Sei que faço o que me foi proposto. E sei que é uma espécie de parceria que traz vantagens para ambas as partes.

E depois, depois nada. É o que é. Mas também é uma forma de estar presente, de ser presente. E sei que também isso é valorizado.

Se tudo isto é completamente inocente? Não. Claro que ganho com isto. Mas há uma parte do que ganho que não pode ser contabilizado e que só eu sei o que é. É algo que me faz sentido. E me faz, também, sorrir.

Sim, hoje foi dia de retorno. Do trabalho realizado e do ritual de todos os dias. E dou por mim com um sorrisinho ao canto da boca e um brilhozinho nos olhos. Que já me acompanham há muito tempo, mas que hoje deixo transparecer mais.

Enfim, é uma espécie de parceria de trabalho que podia ser mais do que apenas isso, porque tem condições para tal. Cada vez tenho menos dúvidas disso. Basta querer o outro lado…

Mas é o que é! Não posso esquecer-me disso. E às vezes esqueço-me. E não posso mesmo. Para meu bem, não posso esquecer-me.

Termino o dia a olhar para cima, como sempre. E a encontrar a minha Lua em início de ciclo. E a acreditar que um dia o que hoje parece impossível vai ser possível.

{#309.57.2021}

Sexta feira e voltou a haver retorno, como previsto. E é tão bom quando assim é. Sei que no fim de semana dificilmente haverá, mas também sei o motivo. E isso acalma a ansiedade que me é tão característica e estupidamente familiar. A mesma ansiedade que me leva a fazer filmes na minha cabeça que nada mais são do que reflexo de insegurança e baixa auto-estima.

Sexta feira e faz frio. A semana, mais curta, passou a correr tranquila. E o pensamento sempre naquele lanche de segunda feira. E a certeza que sim, é para repetir. E por minha vontade seria para repetir de forma mais assídua.

As coisas são como são, não há como negar. Mas também parecem ser outra coisa que na realidade não são. Mas só eu sei. Acho eu que só eu sei. E o retorno, sempre. Que quase me atrevo a chamar cúmplice. Porque o é. Só não sei se consciente. Mas que quero acreditar que sim. Que o é assim desde o primeiro dia há 4 anos.

É-me importante falar sobre isto e só o posso fazer com o terapeuta fofinho. Que me ouve, me responde e não critica, antes pelo contrário. Acaba até por apoiar, ou não fosse ele também responsável por esta história. Que o é. Se não fosse ele a incentivar a minha participação, não estaria hoje a escrever sobre o que trago comigo, cá dentro. Não sei como estaria, mas não duvido que não estaria melhor do que estou. Porque não estaria onde estou, como estou e com quem estou, mesmo não estando com ninguém.

É. As coisas são como são. E isto é o que é. E eu estou bem assim, mesmo sabendo que gostaria de mais.

Quem sabe um dia as borboletas na barriga e o gut feeling não confirmem aquilo que acredito ser possível?

{#304.62.2021}

Tempo de castanhas. Dia de sofá, mantas e televisão. Horário de Inverno.

Domingo. Véspera de feriado.

Amanhã vai ser bom.

{#303.63.2021}

Dia de descanso, de não fazer nada e não me sentir muito culpada por isso. Se podia ter sido um dia mais preenchido? Podia. Mas quem sabe se não vai começar a ser? Vontade não me falta. Falta saber se é possível, o que é preciso e depois avançar.

Já faltou mais para ter as respostas que procuro neste campo. Porque seria algo que me faz sentido e me faria bem.

Vamos ver. Já não falta muito para segunda feira.

Entretanto, amanhã será novamente dia de não fazer nada. De descanso, chamo-lhe eu. Também o é, de facto. Mas não me faria mal ser o único dia de não fazer nada na semana. Dois dias assim são demais.

Preciso tanto de me ocupar…o ponto alto do meu fim de semana não pode continuar a ser uma ida ao café ao final do dia.

Vamos ver. E vamos ver também se consigo corresponder.

{#302.64.2021}

Regressou a chuva. Decididamente estamos no Outono. E eu continuo a não estar preparada para ele.

Por outro lado, é sexta feira à noite. E este fim de semana é grande. Vai dar para descansar e preparar-me para segunda feira à noite para um jantar há muito esperado. E que até à última eu vou sempre achar que ainda pode não acontecer.

Não vou pensar muito nisso. Vou descansar para estar bem na segunda feira. E o que tiver que ser, será.

Com chuva ou sem ela, o fim de semana está aí. E é bem merecido, especialmente depois de mais de duas horas para chegar a casa.

As borboletas na barriga estão tranquilas. O gut feeling também. Só falto eu, que continuo na antecipação. Mas sabe bem estar assim. Faz-me sentir um bocadinho mais viva, mais normal. E é disso que eu preciso. Caso contrário, sinto que ando aqui só por andar. E isso é uma perda de tempo. E eu não tenho tempo para perder Tempo.

{#301.65.2021}

Há quatro anos dizia-me (e sentia-me) adolescente aos 40.

Agora, aos 44, continuo na mesma adolescência. E a culpa é da antecipação. Que sei que não faz bem, mas que não consigo evitar.

Falta muito para segunda feira? As borboletas na barriga querem saber.

{#300.66.2021}

4 anos hoje. E lembro-me tão bem daquele momento em que, na cadeira em frente, alguém ria e eu pensei “pronto, já foste…”…

E fui mesmo. De tal forma que 4 anos passados não me arrependo nem me sinto mal com isso. Nem triste. Nem desiludida. Nem magoada. Nada disso. Muito pelo contrário. Sinto-me bem. Tranquila. Serena. E em paz com a situação. Porque é o que é, claro que sim, longe de ser o que gostaria, mas é algo que me tem feito bem ao longo deste tempo todo. E continua a ser algo positivo. Porque ganhei, naquela risada, alguém que hoje posso dizer que é meu amigo.

“Já foste…”…e fui mesmo. E quatro anos depois continuo a ir e a deixar-me ir. Porque aquela risada vale tanto. E guardo comigo e em mim estes 4 anos de descoberta de algo que não conhecia.

Venham mais 4 anos de cada vez. Vai continuar a ser bom e a fazer-me bem. E vou continuar a não me arrepender.

{#299.67.2021}

Cada vez mais certa do meu caminho. É por ali e faz sentido que assim seja. E por isso não desisto do que quero. Sei que um dia o tempo vai concordar comigo.

E as borboletas na barriga voltaram. Pela antecipação. Mesmo ao fim de quatro anos, continuam cá como no primeiro dia. E lembro-me tão bem desse primeiro dia e do nervoso adolescente da antecipação. Valeu tão a pena. Tanto que quatro anos depois o nervoso adolescente cá continua, agora acompanhado do que já ganhei neste tempo, acompanhado das borboletas na barriga e acompanhado daquele estranho gut feeling que se faz sempre presente não sei desde quando, mas desde há muito tempo.

Está quase. Só falta acertar pequenos pormenores e lá estaremos de novo.

Vai ser bom. Já está a ser bom. E eu sigo sorrindo com as minhas borboletas.

{#298.68.2021}

Casa é aquele sítio onde me sinto bem. E, talvez por isso, chamo casa a tantos sítios.

E esta semana quero voltar àquela casa que conheço tão pouco mas que desde sempre me disse alguma coisa em jeito de muita curiosidade sobre ela. Agora tenho algo que, de alguma forma, me liga a ela e é por isso que quero lá voltar. Será uma visita de passagem, apenas para jantar, mas será uma visita bem vinda.

Digo eu que vou até lá. Não sei, com toda a certeza ainda, que vou lá realmente. Mas a vontade é muita.

É vontade de voltar a casa. E eu gosto tanto de voltar a casa. Seja a minha casa de facto ou seja a algum daqueles sítios que chamo de casa.

Sim, quero muito lá ir. Espero agora pela resposta que me confirme que vou de facto. Mas, se não for, então que se confirme o jantar seja onde for. Porque também será em casa. Porque as minhas pessoas também me são casa.

{#297.69.2021}

Sair de casa um bocadinho todos os dias, mesmo quando não apetece. É importante pôr o corpo em movimento, mesmo quando custa. Especialmente quando custa. Como hoje.

Sair e tentar pôr as coisas em perspectiva. Não pensar muito. Simplesmente ir.

E não esquecer, nunca, de olhar para cima.

Hoje foi um dia sereno. Sossegado. De descanso. Dia de pôr o sono em dia, depois de mais uma noite interrompida. Mas quero mais. Preciso de mais. Procuro algo que me ocupe os dias livres. Porque esses dias livres, que também são necessários, não me sabem a nada. E eu preciso que os dias me saibam a alguma coisa para terem significado.

Falarei com quem tenho que falar em breve. E, depois disso, decido algo que está quase decidido. Mas que preciso de esclarecer antes de dizer “Presente!”.

Preciso tanto de dar significado ao meu tempo livre…

E sei que, avançando, vou sair mais de casa, vou alargar a rede, vou fazer mais por mim.

E tudo isso me vai fazer bem. E mal posso esperar…

{#296.70.2021}

Um dia, a cadeira da frente vai deixar de estar vazia. E aí tudo vai fazer sentido.

Por enquanto, a cadeira mantém-se vazia. Mas não faz mal. Tudo pode mudar de um momento para o outro.

{#295.71.2021}

Sexta feira e eu cansada. Muito. Mas sossegada.

Amanhã é dia de não fazer nada para além da consulta habitual com o terapeuta fofinho. Mas sei que os meus sábados podiam ser mais ocupados, preenchidos com algo que não duvido que ia gostar. Já esteve mais longe de acontecer. Falta conversar sobre isso com quem me desafiou há uns tempos e perceber a receptividade e possibilidade de se concretizar.

Sei que, a concretizar-se, muita coisa teria que mudar. Mas também sei que seria (será…?) para melhor.

Resta saber quando será possível essa conversa. Uma espécie de silêncio caiu sobre uma eventual data. E desse silêncio não gosto. Espero que seja apenas momentâneo.

Agora é hora de recolher e descansar. Amanhã, dia de não fazer nada, também será para descansar e tentar não pensar no silêncio. A resposta há-de chegar.

{#294.72.2021}

Cansada, como sempre. Um cansaço constante de quem dorme mal e acorda muito cedo.

O dia lá fora acordou cinzento. Mas cá dentro voltei a sentir-me aconchegada. Porque, mais uma vez, houve retorno do outro lado. E isso sabe-me tão bem.

São pequenos nadas, eu sei. Podem não querer dizer nada. Mas são pequeninas coisas que duram há tempo suficiente para acreditar que há ali qualquer coisa. 4 anos de pequenos nadas. E desde o primeiro dia que há, de facto, qualquer coisa. Que, se calhar, ainda tem que ser descoberta, entendida e aceite. Mas sim, é desde o primeiro dia. Dia que me lembro tão bem como se fosse hoje.

Lembro-me da primeira mensagem que chegou. E da resposta que dei. E cheguei a pensar que, pela mensagem, não iria valer a pena. Mas resolvi dar uma segunda oportunidade horas mais tarde. E ainda bem que dei. Hoje, quatro anos depois, continuo a não me arrepender. E tenho a certeza que foi a melhor coisa que me aconteceu em muitos anos.

Desde o primeiro dia que me sinto aconchegada. E sei, também desde o início, que não sou a única a sentir-me bem.

É o que é. Seja lá o que for. E as borboletas na barriga continuam, acompanhadas de perto por aquele gut feeling de sempre.

Sim, o dia pode começar cinzento lá fora, mas enquanto houver retorno do outro lado vai ser um bom dia.

{#293.73.2021}

Cada vez amanhece mais tarde. Cada dia anoitece mais cedo. É o ciclo das estações, o Inverno que se aproxima.

Cada vez vejo menos a luz do dia. E já lhe sinto a falta. Mas não me esqueço que é melhor assim, é bom sinal.

Muito cansada, sempre. Mas sempre bem disposta também. Gosto do que faço, mas não me posso esquecer que estou a falhar em alguns pontos. E não posso. É preciso atinar de vez com o que está a correr menos bem.

De resto, do outro lado continua o retorno positivo. Todos os dias esse retorno existe, mesmo que por vezes possa surgir o silêncio momentâneo. Que rapidamente é quebrado e regressa a normalidade. E assim corre há 4 anos que parecem 4 dias.

Amanhã será outro dia bom. Basta querer. Mesmo muito cansada. Mesmo a sair de casa de madrugada e a chegar já de noite. O dia será bom. Também porque o outro lado está lá, como estará ainda hoje.

Sim, a vida pode ser tão simples. Basta não querermos complicar.

{#292.74.2021}

O silêncio foi quebrado. Ainda ontem, como previsto. E soube bem, especialmente pela hora tardia. É sinal que qualquer hora é boa.

Fiquei contente, claro que sim. Sabia que o silêncio seria quebrado, não pensei que pudesse ser à hora que foi. Mas parece que não é só a mim que faz sentido terminar assim o dia. E gosto de perceber isso.

Entretanto, lancei o repto de um eventual regresso a algo que já foi o meu mundo, ainda que de forma mais ligeira e mais simples na altura do que seria hoje, porque a idade é outra e as responsabilidades também. E pareceu-me que foi um repto bem recebido. Falta agora conversarmos sobre isso. Pôr as cartas na mesa, abrir o jogo. Expor dúvidas e receios. Ser clara e objectiva. E ouvir o que o outro lado tem para me dizer. E decidir se avanço ou não. Sei que me faria muito bem. E seria uma boa forma de me fazer sentir útil.

Não foi um mau dia, este. Saí de casa novamente ainda de noite, regressei já a noite se fazia presente novamente. Cansada fisicamente, depois de mais uma noite interrompida. Mas de bem com o dia.

Amanhã será bom novamente. Agora é hora de tentar descansar e voltar a repetir o ritual de todas as noites. Sendo que hoje a data é especial para quem está do outro lado das minhas mensagens de boa noite.

{#291.75.2021}

O silêncio dói. E volta e meia tenho que lidar com ele. Como agora. Sei que não deverá durar muito, mas ainda assim…

Foco-me no resto: no trabalho, nas cores do dia. Tento não ouvir o silêncio. Porque sei que ele fala e sei, também, o que diz.

Amanhã será melhor. Não será dia de silêncio porque a data assim o dita. E, se calhar, talvez ainda hoje se quebre esse silêncio.

Faz parte, eu sei. Mas nem por isso me é mais fácil de aceitar e saber lidar. A minha insegurança faz-se sentir na presença desse silêncio. E permite que o silêncio me doa.

Não posso permitir que o silêncio, que também faz parte, me incomode tanto.

Amanhã, mais uma vez, será melhor. Por hoje, aposto mais uma vez no ritual de lo habitual. E logo se vê.

{#290.76.2021}

Como previsto, o dia de hoje não foi muito diferente do dia de ontem. Sofá, televisão e manta, depois de acordar tarde por causa de mais uma noite interrompida. Só mais uma, portanto. Nada de novo.

Mas é bom ter estes dias assim. E é importante também poder distinguir os dias. É sinal que não são todos iguais. E isso é bom.

Amanhã começa mais um ciclo semanal. E vai ter que correr bem, apesar das mudanças que já ocorreram na sexta feira. E ainda há pontos que é preciso melhorar, outros há que é preciso afinar. Mas vai correr bem.

Vai ter que correr bem. Não pode mesmo ser de outra forma. Por isso, recolho-me e aponto para mais uma semana bem passada.

Amanhã vai ser bom. E vou poder voltar a ver as cores do dia.

{#289.77.2021}

Dia de recuperação da semana. Sofá, televisão e manta. Mas a televisão apenas serviu de adereço, nem olhei para ela.

Dia de recolher, portanto. Amanhã? Logo se vê. Mas não deverá ser muito diferente.

{#288.78.2021}

Semana que se encerra, corpo muito cansado, mente satisfeita.

Aguardo resposta para o jantar. Vai acontecer, só resta saber quando, mas não deverá demorar muito. Até lá faço o que faço sempre: espero. E mantenho o ritual das manhãs e das noites, simplesmente porque me faz sentido. Continua a fazer, tanto tempo depois.

Dizem-me que me sentem menos expectante. Não sei se será assim ou se simplesmente aprendi a gerir as expectativas de outra forma. Porque elas continuam a existir. E eu continuo a esperar.

Sempre fui assim, desde sempre. Espero e nem sempre essa espera me trouxe algo de bom, mas não desisto de esperar. Porque sei que de alguma forma essa espera me traz alguma coisa. E novamente as borboletas na barriga, acompanhadas por um gut feeling novamente presente, me dizem que sim, vale a pena esperar.

A semana termina comigo muito cansada. Mas tranquila na minha espera. Amanhã? Posso vir a não acompanhar as cores do final de dia, mas sei que mesmo assim vai valer a pena.

{#287.79.2021}

Aventuras na viagem de regresso a casa já tive muitas. Hoje foi só mais uma.

Mas do dia inteiro guardo os momentos bonitos. E a vontade que há, não só da minha parte, em fazer algo acontecer. Ainda não está nada confirmado, mas as borboletas na barriga já deram sinal. Afinal ainda existem, ainda se fazem sentir. E o gut feeling voltou, depois de algum tempo adormecido.

E isso é tão bom. E faz-me sentir bem. E neste momento é só isso que importa.

Amanhã? Logo se vê o que o dia me traz. Mas vai ser, novamente, nos momentos bonitos que me vou focar.