Monthly Archives: July 2021

{#212.154.2021}

7 anos hoje. Que parecem 7 dias. Que parecem 7 vidas.

Mas hoje já não choro. Já consigo pensar naquele dia de há 7 anos de forma mais serena. Se já consigo aceitar tudo como aconteceu? Ainda não. Se consigo perdoar quem me magoou tanto por causa do que aconteceu? Também não. Se já esqueci? Não se esquece o que fica para sempre.

Mas já não deixo os olhos no chão. Insisto em olhar para cima, mesmo que a custo. Como custou hoje.

Bola para a frente, dizem-me. Sei que sim, o caminho é esse. E apesar de ainda olhar para trás, já não me deixo lá ficar.

Ainda dói cá dentro. Mas já é uma dor diferente. Mais calma. Que já não queima. É saudade, acima de tudo. E o vazio de quem não está, porque não era para estar. Porque não era para ser. Não podia ser.

Não, não foi um dia bom. Foi o que foi. Passou a muito custo, mas passou. Com um peso no corpo como há muito tempo não sentia.

Viro mais uma página no calendário. 7 anos. E a vida toda pela frente…

{#211.155.2021}

Ontem em crise, hoje muito mais serena. É impressionante como uma simples conversa banal e aparentemente sem importância pode fazer uma diferença tão grande.

Só por isso, só por estar mais serena, o dia de hoje foi um pouco melhor. Sem nada a registar, sem História ou histórias, apenas um dia mais tranquilo.

Amanhã é dia de consulta, finalmente. E aí terei a ajuda que preciso para reflectir sobre a crise que se instalou nos últimos dias. E terei também ajuda para voltar a recolher as ferramentas que preciso para lidar com estes momentos.

Entretanto, termina hoje mais um ciclo de 365 dias. O 7• ciclo. Amanhã é dia de reviver tudo. E enfrentar o fantasma da memória.

Sei que não se pode ficar lá atrás. Ontem recordaram-me isso. “Bola para a frente”. Claro que sim. Mas enquanto a memória incomodar, revisito aquele dia de há 7 anos. Mas agora revisito para ver onde já cheguei. O que já passei, ultrapassei e superei. Sei que provavelmente só eu me recordarei daquele dia. Cinzento e peganhento. Que começou cedo. Sem vontade de nada. E que foi o que foi e acabou como tinha que acabar.

Não. Não tinha que acabar assim. Mas não era para ser de outra forma.

Mas o que importa hoje é que o dia de hoje foi melhor. Mais sereno.

E uma simples conversa banal fez toda a diferença para que hoje pudesse estar melhor.

Hoje já não tive, não tenho, vontade de me magoar. E isso é tão importante.

Amanhã será melhor. Mesmo que a memória venha para me visitar. Será melhor.

Por hoje fecha-se o ciclo de 365 dias. Amanhã logo se vê.

{#210.156.2021}

Em crise. Não apenas porque a memória de calendário está presente e dia 31 de Julho está aí a chegar. Mas também pelo medo. De abandono e rejeição. What else is new?

Mas depois há postais que me chegam sem pedir e fazem o dia melhorar um bocadinho. São estes pequenos gestos que me ajudam a lembrar que não devo ser assim uma coisa tão má como tantas vezes me sinto. Como agora.

De resto, não posso obrigar ninguém a estar presente. E tenho que aprender a aceitar quando alguém não está sem medos de abandono ou rejeição.

As coisas são como são.

E eu sou como sou. E não é fácil ser eu.

Mas também a esta crise irei sobreviver. Como tenho sobrevivido a todas.

Se tenho vontade de me magoar? Há muito tempo que não tinha. Mas agora tenho. Porque é uma forma de adormecer a dor que sinto cá dentro…

{#209.157.2021}

Final da manhã no parque, almoço na esplanada. Tarde em casa para escapar ao vento.

E sempre a consciência de que o sofrimento existe mesmo sem razão aparente. E o vazio sempre presente.

Tudo isto está identificado na perturbação borderline. E finalmente posso dizer que existe um motivo para me sentir assim, mesmo que pareça não fazer sentido.

E sei bem o que despoletou estes sintomas desta vez, que se fazem presentes já há demasiados dias. Sei que é possível combatê-los. Só não sei, ainda, a melhor forma de o fazer. Sei apenas que tentar ignorar o que sinto não é solução. Porque não se consegue ignorar o que vem tão de dentro.

E a frase que mais tenho reproduzido nos últimos dias diz tudo: “só me apetece chorar”. Mas não choro. Principalmente por não conseguir. E aguentar essa pressão também não ajuda em nada. Era tão mais fácil simplesmente conseguir chorar…

Amanhã, como sempre, será melhor. E se, finalmente conseguir aliviar a pressão e chorar, já ganhei o dia. Porque esta pressão não faz bem e é difícil de suportar. Especialmente sozinha, sem a partilhar com ninguém. Falta muito para sábado para poder, finalmente, falar com o terapeuta fofinho? Sei que com ele posso falar sem julgamentos, sem críticas, sem comentários que não fazem sentido. E ainda procuro e encontro ferramentas para suportar tudo isto.

Sim, ainda faltam alguns dias para sábado. Mas amanhã será melhor.

{#208.158.2021}

Terminei a leitura do retrato da personalidade borderline e não sei se fiquei melhor com o conhecimento que adquiri. Já sabia que a perturbação de personalidade borderline não era simples. Mas não tinha noção da sua verdadeira complexidade que até na área da psicologia e psiquiatria gera alguma confusão.

Tento, desde o diagnóstico, encaixar-me em algum lugar que me identifique. E na perturbação borderline faz sentido, sim, mas há aspectos em que não me revejo totalmente. Mas também faz sentido que assim seja, até porque cada caso é um caso.

Terminada a leitura, só posso baixar os braços em desânimo porque já sei que não terei uma cura. Terei antes uma recuperação, podendo atenuar a sintomatologia, mas nunca me livrando do que para uns é uma doença, para outros é apenas uma perturbação de personalidade.

Não sei, mesmo, como me sinto com a leitura. E hoje a tarde foi toda dedicada à leitura desse retrato.

Já sabia, à partida, que não seria uma leitura muito fácil. Mas saber que o tratamento é algo relativamente recente por tanta confusão que o diagnóstico suscita na comunidade não me faz sentir melhor.

Deposito a confiança no terapeuta fofinho que acertou em cheio no diagnóstico e que já me conhece como ninguém. E que já me ajudou tanto ao longo destes praticamente 5 anos de trabalho conjunto.

Mas não posso esquecer-me também de confiar em mim. E aqui é o mais difícil. Porque, apesar de me conhecer bem, estou longe de saber quem sou…e até isso faz parte da personalidade borderline.

Amanhã será melhor. O livro será relido brevemente depois de o passar a quem tem que o ler. E pode ser que à segunda leitura fique mais fácil aceitar o diagnóstico…

Até lá, um dia de cada vez. A gerir emoções o melhor que conseguir e souber.

{#207.159.2021}

Hoje voltou o Sol e o Verão. Mas com eles veio também o vento…

Manhã de praia, tarde de sofá. E uma saída depois de jantar para levar os miúdos à feira.

Foi um dia um pouco mais preenchido. Mas nem por isso mais produtivo. E é disso que estou a precisar: dias produtivos. Porque me fazem sentir útil. Logo, fazem-me sentir bem.

Amanhã o dia não deverá ser muito diferente. Mas tentarei que seja um pouco melhor. Tendo os meus sobrinhos por perto, é mais fácil ter um dia mais preenchido. Já só falta ter um dia mais produtivo.

A ver vamos, como corre amanhã. Será melhor, com certeza.

{#206.160.2021}

Domingo cinzento de Verão. Se tinha ideia de fazer deste dia algo mais animado, fiquei só mesmo pela ideia.

Dia absolutamente aborrecido. Como o Domingo deve ser de vez em quando. O problema é que tem sido Domingo todos os dias…

Espera-se que amanhã volte o Sol e o caminho para a praia. E que não volte a ser um Domingo aborrecido.

{#205.161.2021}

Sábado. Aquele dia parvo que começou demasiado cedo, depois de acordar várias vezes durante a noite. Consulta de manhã foi o ponto alto do dia.

Saí de casa ao final do dia, fomos espairecer, apanhar ar, esticar as pernas, arejar as ideias, ver as vistas.

Mas até lá foi um dia vazio. Sem acção. Nem reacção.

Esta noite regresso ao livro, que me acompanha à noite desde 4a feira e que me tem guiado nesta minha tentativa de perceber melhor a minha costela borderline.

Apesar do dia vazio, estou cansada. Muito cansada. Não entendo muito bem o porquê, talvez pela noite mal dormida. E o cansaço e as noites mal dormidas deixam-me mais sensível e propensa a pensar coisas que não fazem sentido.

Amanhã, domingo, pode ser que seja melhor. Veremos. A verdade é que estou muito cansada destes dias assim, vazios e sempre iguais.

Amanhã logo se vê.

{#204.162.2021}

Voltar a sair de casa à tarde, ainda que com pouca vontade de o fazer, ajudou a passar mais um dia sem ter muito tempo para pensar e sentir.

Especialmente depois de perceber que até fui considerada para um emprego, mas que afinal não pode ser meu porque as regras assim o ditam. O que é uma treta, mas ao mesmo tempo soube bem perceber que ainda é possível voltar à minha área.

Ter notícias. Só isso e perceber que a falta de tempo se mantém.

Enfim. Não foi um dia muito mau, foi só um dia igual aos outros e menos mau.

Amanhã será melhor. E vou poder falar com quem me ouve sobre a estupidez que têm sido os últimos dias.

Continua a leitura do livro do momento. Que, pelo assunto que aborda, não é uma leitura fácil porque me revejo em muita coisa. E não necessariamente coisas boas.

Enfim. Tem mesmo que ser um dia de cada vez. Mantendo sempre a postura de olhar para cima em busca de luzes que me guiem.

Vai correr bem. Um dia de cada vez, e vai correr tudo bem.

{#203.163.2021}

Um dia de cada vez, sempre.

E hoje foi um dia em que não tive muito tempo para pensar ou sentir. Ou seja, não foi um dia mau.

E lembrei-me que todos os dias se abrem oportunidades para ser sempre melhor. E hoje aproveitei essa oportunidade. Fiz de um dia igual aos outros algo melhor. Por não ter pensado nem sentido enquanto não estive em casa.

Claro que agora à noite me lembro de tudo aquilo que ignorei durante o dia. Mas faz parte. Nem seria eu se não fosse assim.

Volto a dedicar-me à leitura sobre borderline. Já aprendi que não se trata de uma perturbação de personalidade mas sim uma doença. E como doença que é pode ser tratada e até curada. Mas aqui fico com uma dúvida: se eu me curar, quem serei eu depois da cura? Mesmo antes dessa cura tenho dificuldade em saber exactamente quem sou. Sei o que sou. Mas não sei quem sou…Só sei que sou mais do que a condição borderline que carrego comigo.

Enfim…não quero pensar muito nisso para já. A seu tempo irei descobrir quem sou. E se essa cura chegar, será nessa altura que vou descobrir.

Custa-me, no entanto, estar a perder tanta coisa condicionada pelos comportamentos próprios dessa condição. E, ao estar a perder, não saber lidar com essa perda sem sofrimento.

Enfim…será mais uma oportunidade. Desta vez para crescer e ser melhor. Acredito que serei melhor. Um dia. Não sei quando. Nem sei como será nem como serei. Mas serei melhor.

Assim como amanhã. Amanhã também será melhor. Amanhã será mais uma oportunidade para ser e estar melhor.

Vai correr bem.

{#202.164.2021}

Dia de vacina. Segunda dose. Faço o meu papel, protejo-me a mim e aos outros.

Dia muito ocupado. Sem muito tempo para pensar ou sentir. Mas lembrando-me sempre que sou de sentir tudo. E estou a sentir, claro, mesmo quando não tenho muito tempo para isso. Mas de cada vez que paro, mesmo que por um minuto, lá vem tudo à flor da pele. E, sempre, o medo do abandono. Da rejeição. Esse está cá sempre presente e é ele que me tem perturbado nos últimos dias.

Mas amanhã será melhor. Vai ser novamente um dia ocupado. Ou, pelo menos, a tarde. Será o suficiente para tentar não pensar, não sentir.

Sim, amanhã será melhor. Por hoje dedico-me à leitura de um livro que não será de leitura fácil ou leve, mas que poderá ajudar-me a entender melhor isto que sou: borderline.

{#201.165.2021}

Tirei a tarde para tratar de mim. Pôr-me mais bonita. Para mim. Faz bem e, de vez em quando, também é preciso. Nem que seja para combater essa coisa da baixa auto-estima, tão típica da personalidade borderline.

Revisitei o que escrevi há uns anos sobre o suicídio e mantenho tudo o que disse na altura: a pele queima por dentro como se fosse irrigada por ácido e é urgente que páre de doer porque não se aguenta mais. E tantas vezes que o suicídio parece ser a única solução. Vezes demais.

Fui suicida. Ou fui identificada como tendo ideação suicida. Também uma característica borderline. Hoje não posso dizer que ainda o seja ou que tenha ideias de me magoar. Simplesmente porque a pele já não me queima por dentro.

Hoje não foi um dia mau. Mantive-me ocupada boa parte do dia. E tive ao jantar companhia de uma amizade que já dura há praticamente 20 anos. E isso é bom. Tanto a companhia como os 20 anos de amizade.

Hoje não foi um dia mau. Amanhã farei para que seja assim novamente, já sem companhia para jantar, sem tratar de mim, mas mantendo-me ocupada e mimando-me de outra forma.

Amanhã vai ser um dia bom.

{#200.166.2021}

Outono pela manhã em Julho. Mas, ao mesmo tempo, um bocadinho de Verão em pequenas coisas. Ou pequena coisa, no singular, de tão pequena que foi.

Se o dia foi melhor que ontem? Não sei. Sei só que não foi pior. Foi estranho. Foi curto. Passou demasiado depressa para um dia em que não se passou nada…

Segunda feira. Dia em que habitualmente se voltava à rotina de trabalho. Para mim hoje foi só mais um dia que até podia ser domingo que dificilmente daria pela diferença. Tenho saudades de poder refilar por ser segunda feira…

Enfim…amanhã tentarei ter um dia melhor. Ou, pelo menos, diferente. Entretanto, tentarei também não ir com o vento que me incomoda e baralha as ideias.

Volto a olhar para cima, mas a vontade, admito, é muitas vezes de voltar a pôr os olhos no chão e deixá-los ficar…mas não pode ser.

Julho está aí em pleno e as memórias também. Mas de forma mais tranquila que noutros anos. É bom sinal. É a confirmação de que realmente o tempo ajuda. Pode não curar, mas atenua tudo.

Só a minha costela borderline continua ao rubro. Mas não posso esperar, nem quero!, que seja quem for me trate com paninhos quentes por não saber o que fazer para lidar comigo. Por isso mantenho-me calada sobre o que me está a incomodar e a tornar os dias tão desconfortáveis.

Sim, amanhã farei com que o dia seja melhor. A manhã será diferente, isso já é garantido. O resto do dia vamos ver como vai ser.

Entretanto, forço o foco lá para cima. Olhar para cima, sempre.

{#199.167.2021}

Domingo. Aquele dia que não dá vontade de nada. Muito menos quando o vento lá fora não convida a ir à praia.

Ficamos em casa, então. A remoer em pensamentos menos bons, claro, quando o que mais preciso é de ocupar a cabeça com coisas que abafem esses pensamentos que não me largam.

Ser borderline também é isto. Fixar-me em pensamentos negativos e sentir todo o desconforto que esses pensamentos me trazem. Sentir sempre tudo à flor da pele. Não é bom. Preciso de ocupar o meu tempo com algo positivo. Não adianta a ideia de estar de férias, que não estou. Preciso de algo mais e melhor. E preciso de deixar de pensar – e sentir – no que me traz o desconforto que tenho sentido nos últimos dias. E já são tantos dias.

E ao que me causa esse desconforto neste momento só consigo encolher os ombros. Não resolve nada. Mas é só o que consigo fazer neste momento. Isso, claro, para evitar chorar. Não irei chorar. Mas vontade não me falta…

Amanhã pode ser que o dia seja melhor. Veremos. Por hoje só posso dizer que não foi melhor que ontem.

{#198.168.2021}

Borderline. Às vezes esqueço-me dessa minha característica. Esse traço da minha personalidade. Essa perturbação.

Mas esta semana tenho sentido em força algumas dessas características. E sei bem porquê. Só não sei como contornar e evitar o estado em que fico. Valem-me as consultas de sábado de manhã com o terapeuta fofinho que me ajuda sempre a tentar perceber o que fazer e, acima de tudo, o que não fazer.

Partida. É como me sinto. Como se me faltasse um pedaço que me é essencial. Mas, partida ou não, tenho que conseguir não ir ainda mais abaixo.

É urgente tomar uma posição, uma atitude. Para meu bem. Para evitar mais embates que me abalam desta forma, como me tem abalado esta semana…

Não é fácil sentir tudo à flor da pele. Tanto o bom como o menos bom. Mas é assim que sinto. Tudo. Sempre. Com a maior intensidade.

Amanhã será melhor. Tudo sentido intensamente na mesma porque não é possível desligar o que se sente. Mas amanhã será melhor. Ou talvez no dia seguinte…

{#197.169.2021}

Tempo de tirar um tempo para tratar de mim. Tenho que começar a fazer isso mais vezes.

Não vai mudar em nada a sensação que tenho de que sim, o problema sou eu. Está em mim de alguma forma. Mas mesmo que tratar de mim um bocadinho não mude nada, sabe bem. E faz bem.

Mas, lá está, não muda nada. O problema continuo a ser eu. Continua a estar em mim. E não há nada que eu possa fazer para mudar isso.

Resta-me não me deixar afundar nesta ideia. Não deixar que a minha perturbação de personalidade borderline volte a tomar conta de mim. Mas ela faz parte de mim. E eu ainda não sei lidar com esse diagnóstico. Sei apenas o que me faz sentir. E não é nada de bom.

Resta-me a Lua. Que está lá sempre, mesmo quando não se vê. E é à Lua que conto tudo e peço que me dê luzes sobre o que fazer para deixar de ser o problema.

{#196.170.2021}

Gosto muito deles. Mas sinto que não consigo acompanhá-los. Não tanto como gostaria, pelo menos.

…e isso faz-me pensar e questionar tanta coisa…

Amanhã será melhor. Amanhã tentarei estar à altura.

{#195.171.2021}

Só mais um dia igual aos outros. Nada de extraordinário aconteceu, para variar.

Uma pequena conversa que soube a pouco. Pois…sabe sempre quando se quer mais.

Enfim. Amanhã será um dia um bocadinho melhor. Tem que ser. E se não for, pelo menos que continue a ser azul.

{#194.172.2021}

Nada. Nada de nada. Foi de tal forma tão pouco que não chegou a ser nada.

E só posso concluir que o problema sou eu. É o único denominador comum…

Amanhã será melhor. E um dia desisto.

{#193.173.2021}

Perdida.

É como me sinto com o que trago comigo, o que guardo em mim e que todos os dias cresce e não devia.

Um dia desisto. Já esteve mais longe de acontecer. Porque não vale a pena insistir.

Mas tenho tanto a perder…tanto que ao mesmo tempo é tão pouco.

Sim. Um dia desisto. Só não é hoje porque…nem eu sei porquê.

Mas um dia. Um dia desisto. Parto para outra. Sigo em frente. Esses clichés todos.

Onde irei parar não sei. Nem sei se quero saber.

Um dia desisto. E a vontade é desistir já hoje. Mas não o faço hoje…mas um dia.