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#day262

Em modo “música alta, cantarolar alto e dançaricar a conduzir”. Sem motivo em particular, apenas porque sim e porque também e porque sabe bem e faz bem.

E porque os dias são azuis e refletem todas as cores ♥11193352_10153010574208800_8305389296764326026_n

#day261

Os cemitérios são locais estranhos. Ou melhor, não são estranhos, mas parecem.
São uma espécie de museu, onde são depositadas memórias. Porque o que lá se deixa, o que lá se deposita, não passa disso mesmo: memórias.
Dos que foram, dos que partiram à nossa frente, é só isso que fica.

Porque quando entregamos alguém a um cemitério entregamos apenas o que é palpável, físico. Que se desfaz com o tempo, que também ele deixa de existir.
A outra parte, aquela que não é visível, não é palpável, a mais importante, já lá não está. Já não pertence ao plano físico.

Restam, então, as memórias. E as presenças na ausência.

Hoje fiz as pazes com os cemitérios.
E percebi que é possível sentir-me em paz ali.

Percebi hoje o que é aquilo que sempre senti num cemitério. Uma paz difícil de explicar. E ao mesmo tempo uma espécie de inquietação que não sei, ainda, explicar. Mas que está lá. Como um sussurro.

Quantas histórias conta um cemitério? Quanta História está depositada num cemitério?

Dei por mim hoje em paz num cemitério e a sentir novamente aquela paz estranha e aquela inquietação. E a recordar-me de, na infância, passar horas a brincar no cemitério ao lado dos escuteiros. A visitar o túmulo da minha tia-bisavó, que Portugal conheceu mas eu não. De ficar ali, a apanhar pedrinhas e flores. De me sentar na beira da pedra tumular como se estivéssemos a conversar, eu e a minha tia-bisavó.

Fazia o mesmo noutros túmulos que me eram desconhecidos. Mas que de alguma forma pareciam chamar-me.

Percebo, agora, que era para mim algo perfeitamente natural e normal brincar no cemitério e ficar à conversa com os túmulos e jazigos e campas, mesmo sem emitir um som. E percebi também que, ao crescer, essa naturalidade se perdeu. Por se ter perdido a inocência ganhando em perdas que nem sempre se entendem como partidas, fins de ciclos.

Percebo agora que encaro os cemitérios de forma mais pacífica do que até há bem pouco tempo. Porque voltei a sentir o que sentia na infância. Porque voltei a conversar, a ouvir, a sentir. As histórias e a História que os jazigos de hoje partilharam comigo. Alguns com 160 anos de História e histórias.

Não, não enlouqueci para falar de cemitérios. Não enlouqueci para dizer que converso com campas, túmulos ou jazigos. São, apenas, coisas minhas. Metáforas ou não. Mas que apenas têm que fazer sentido para mim.

E saí de lá em paz, como entrei. Leve. Muito leve.

E pela primeira vez tudo se encaixou e fez sentido.
E voltei a ter 7 anos, altura em que saltaricava pelo cemitério e apanhava pedrinhas e cantarolava baixinho.

Não, não enlouqueci. Mas também nunca escondi que não sou muito normal =) e é tão bom não o ser ♥11036898_10153008871453800_6098891820320015968_n

#day260

Mensagens bonitas via redes sociais.

Jogos de tabuleiro depois do jantar.

Uma Lua linda a nascer, majestosa, por cima do rio.

Sou uma sortuda, é o que é ♥11150776_10153007228578800_6940879476664272463_n

#day259

Quando for grande quero ser uma magnólia ♥11015198_10153005413303800_7994917168017869561_n

#day258

{é tudo por hoje}11150740_10153003101178800_2797891392197281800_n

#day257

Ir ao Jardim da Estrela no primeiro fim de semana de cada mês é mais do que apenas “ir vender para a feira”. Muito mais.

É lidar com o mau feitio do vizinho do lado que de mau não tem nada. É desde as 7 da manhã lidar com as provocações do vizinho e responder à altura e à letra. E a cada nova provocação rir de doer a barriga. E provocar de volta. Porque enquanto um diz “Mata!” já o outro foi e esfolou!

É ter uma afilhada que é uma espécie de segunda mãe. Diz ela que também tem mau feitio, tal como o filho que também é o vizinho do lado que mata e esfola e provoca e faz rir e ri também. Ele e ela, a mãe, a minha afilhada que é um bocadinho mãe de todos.

É alguém dizer “dão chuva para amanhã” e poder responder “já devias saber que ninguém dá nada a ninguém! Por isso não há chuva!”. Ou então ouvir “vai chover” e ouvir como resposta “vai tu, mal educado”…

É falar de coisas sérias quando é de falar de coisas sérias. Mas acima de tudo é rir de doer a barriga, de ir às lágrimas ou de pedir que párem de nos fazer rir ou temos que pôr a bomba da asma.

É amizade. Companheirismo. Respeito mútuo. Uma espécie de família. A Família Estrela. Que só quem faz parte desde o início entende.

E se ir a Mafra a casa dos meus tios é ir à terra visitar a família, ir ao Jardim da Estrela é uma reunião de família, mensal, que me faz ligar à Terra.10985436_10153000991388800_2705970842075895601_n

#day256

Há sempre uma primeira vez para tudo, dizem. E hoje houve. E mexeu cá dentro novamente. Mas não vou permitir que vá mais longe.

Voltemos ao aqui e agora. E às coisas pequeninas que me fazem sorrir.

Duzentos e cinquenta e seis depois de dezanove depois de quarenta e dois. Tanto tempo que parece tão pouco que parece uma eternidade.

Aqui e agora! Porque eu sou mais, eu posso mais. Estabilidade em mim. Para mim. Por mim.11193388_10152998550903800_2674753317456922694_n

#day255

“O ponto invisível resolve vários problemas. Feito com uma costura bem baixa, usa-se para unir duas bordas dobradas de tecido ou uma borda dobrada e uma bainha, ou para dar pontos finais em peças de costura.”

O ponto invisível ou quando a diferença está nos detalhes. Porque, como em tudo a que me proponho, se é para fazer é para fazer bem feito.

Perfeccionista, dizem-me uns.
Caprichosa, dizem-me outros.
São as linhas com que me coso, digo eu.

Sim, se é para fazer que seja bem feito, de outra forma perde valor. Em tudo.

Até mesmo quando nos deparamos com embróglios {o que eu adoro esta palavra e o que já me ri hoje por causa dela!}. Dizia eu, mesmo quando nos deparamos com embróglios que ameaçam desfazer as costuras. Aí, refazemos o trabalho. Fortalecemos, se for preciso, com costura inglesa. Ou até francesa. E terminamos, claro está, com o ponto invisível. Ainda que, por vezes, se chegue a pensar que não vale a pena o trabalho, que qualquer pesponto serve o mesmo propósito: unir duas peças de tecido. É um facto, serve o mesmo propósito. Mas vale mais um ponto invisível, feito com cuidado e atenção, do que um pesponto que se faz rapidamente mas que tantas vezes sai torto e imperfeito.

E eu de novo com as metáforas… =) 11039057_10152996109778800_5406873425477905359_n

#day254

Sem muita cabeça, neste momento, para reflexões.
Notícias boas, notícias menos boas, tudo seguido. E à espera de um desfecho que se desconfia mas não se deseja.

Seja o que for, que seja pelo melhor. Para todos.

Ainda assim, um dia azul.
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#day253

De que serve a entrega quando se falam línguas diferentes? Tão diferentes. Tão distintas.
De coisas tão simples fazem-se coisas tão complexas. Sem necessidade.
Porquê? Defesa? Distorção da realidade? Ou um ego incomensuravelmente grande?

Desisti de tentar perceber o porquê. Desisti de tentar falar a mesma língua. Insisto, isso sim, em manter {e encarar} a realidade como ela é. Não como me convém.

Estabilidade, preciso. Calma. Paz.
Para poder ver todas as cores como elas são, com todos os tons que lhes pertencem. Mesmo em dias mais escuros.

Não, hoje não foi um desses dias escuros. Até pelo contrário. Teve cor como têm tido todos os dias das últimas semanas.
Teve, sim, a confirmação {mais uma vez} de que não é na escuridão o meu lugar. Já lá estive. E percebi que é na luz que quero estar. Para poder ver a cor.

E, também por isso, desisto de tentar iluminar quem está demasiado acomodado à escuridão.

Sim, cada vez mais tenho a certeza de saber o que quero. E, mais importante, o que decididamente não quero.1549392_10152991361893800_3465388785033622649_n

#day252

O que não falta na Costa? Sushi.

{4 pseudo japoneses ao lado uns dos outros é obra}11188484_10152989139198800_2010207923211181545_n

#day251

Chuva. Vento. Frio. Voltámos ao Inverno.
Mas só lá fora. Porque por dentro mantém-se a Primavera. Um dia de cada vez.
E, todos os dias, renovam-se as certezas. Do que quero. Sobretudo do que não quero. De qual o meu caminho. O meu objectivo maior. Chamem-lhe missão, se quiserem.

Entrego-me em tudo o que faço, onde estou, quando estou. E, por vezes, até quando não estou.
Não peço nada em troca porque não é de trocas que me preencho. Apenas sou, estou, dou.
Aceito o que é de aceitar, recuso o que é de recusar.
Mas analiso. Muito. Mesmo que a primeira impressão raramente me engane. E essa primeira impressão pode mudar, consoante os ciclos. Porque a cada novo ciclo há sempre uma nova primeira impressão. Porque as circunstâncias mudam. As pessoas também.

E hoje olho para trás e relembro aquele “no, no, no!” do primeiro ciclo e comparo-o com o “go, go, go!” deste novo. Go where? Não faço ideia. Just go.

O que mudou? Eu. Nada e tanto ao mesmo tempo. E uma vontade cada vez maior de “go, go, go!” com tudo aquilo que sou, da forma que sou: inteira.10418245_10152987009963800_4307677924320077818_n

#day250

Já tinha saudades ♥10532513_10152984691043800_566048160063313075_n

#day249

Vir para Mafra é uma espécie de “ir à terra”. Eu, menina de Lisboa, cuja “terra” sempre foi o Campo Grande, encontro a Oeste um porto de abrigo.

Se há um ano me doía cá vir, hoje não dói.

Se há 17 meses o portão se fechou no tempo frio para não voltar a abrir, hoje abre-se uma nova porta. Pequenina, em crescimento, a desenvolver-se para chegar no tempo quente.

Nunca concordei com a frase “ninguém é insubstituível”. Porque ninguém pode ser substituído. Mas há vazios que se podem preencher ♥

É, Mafra é a “minha terra”. De coração. De afectos. De família. O meu porto de abrigo. E Mafra está a preencher-se.

É aqui que me ligo à terra. É aqui que tudo é possível. A Oeste? Tanto de novo ♥11182029_10152982599463800_4636940129542024821_n

#day248

Metáforas. Uso e abuso delas. Porque sim.

Despenteada por dentro e por fora. Não sou fã, nunca fui, da normalidade, das linhas certinhas, de tudo no {suposto} sítio.

Fénix. Nascer para resnacer. Sempre. Desde sempre.

Sentir. Tudo. Intensamente.

E, descobri há pouco tempo, a frase que me faz um clique. Porque os outros, sempre os outros. E cada vez mais aceito melhor que sim, sempre os outros. Para os outros. Pelos outros.

Dar. De mim. Aos outros. De que forma for, mas dar.

E numa nota absolutamente diferente: os homens, na estrada, são péssimos a ir por atalhos! Porque aquilo a que vulgarmente eles chamam de atalho, ou caminho mais rápido, é sempre mais longo e cheio de voltas e voltinhas no carrossel. Não conheço nenhum que não seja assim! {e, em repeat na minha cabeça, também por causa disto: “o quadrado da hipotenusa é igual à soma do quadrado dos catetos”…mas a noção de hipotenusa aparenta não ser tão linear. Literalmente.}

May the force be with you ♥

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#day247

Olá, o meu nome é Catarina e estive 47 dias sem chorar. Tendo em conta o último ano, é um feito. Dos grandes. Sim, 47 dias depois já chorei. Mas apenas porque, pelos vistos, tinha mesmo que ser. E foi tão rápido que praticamente não conta. Continuemos então no caminho de não voltar a chorar 🙂 e, como nos últimos tempos, em paz.

E o Universo que tem maneiras tão estranhas de enviar recados. E acredito que o cor de rosa no meio de tanto amarelo não pode ser por acaso. E talvez por isso mesmo baixe a guarda, com cuidado, e tente perceber a mensagem. Porque, lá está, o cor de rosa está sempre comigo.

E eu, que nem sou de selfies, hoje apeteceu-me. Até porque mais uma vez o cor de rosa se faz presente. Despenteada, claro. Porque não posso ser de outra forma. Nem sei. Nem quero. Sou eu, assim. E com um sorriso. Porque sim, porque simplesmente estou em paz. E é isso que me faz sorrir. Com mais ou menos cor de rosa. Com mais ou menos reencontros. Com mais ou menos mensagens do Universo.

Porque “só por hoje” e porque “não me interessa quem foste Ontem, interessa-me quem és Hoje”… 🙂

Não, já não sou a mesma de há uns meses. E ainda bem ♥

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#day246

De novo, o fogo.
O meu elemento.

E percebo, finalmente, que sou suficiente.

Reencontro. Estou em paz. E é tão bom estar assim ♥15609_10152975990538800_2966291953135987593_n

#day245

And then there was fire…11159553_10152973744408800_654201920615860944_n

#day244

Dos equilíbrios:

• Miguel, o minisobrinho
– a calmaria. Entretém-se sozinho a desenhar {“queres que desenhe uma múmia?”} ou joga a dois um mega Tetris “analógico”.

• Filipe , o #microsobrinho
– o furacão. Não fica quieto mais de dois minutos e por onde passa espalha o caos. E goza com a cara de quem o rodeia. Literalmente. O ar de gozo está lá sempre. E nunca podemos acreditar à primeira no que parece que vai fazer. Há sempre uma reviravolta. Que termina sempre em risota. Porque nos goza à grande. Um sentido de humor refinadíssimo no alto dos seus 2 anos e 3 meses {conheço muitos adultos com muito menos sentido de humor que ele}. Atrevo-me a dizer que nasceu formatado para nos gozar. E começo a desconfiar que o ter nascido 2 meses antes foi o primeiro sinal disso mesmo.

Equilibram-se nas diferenças. Adoram-se. Não passam um sem o outro. Completam-se. E preenchem-nos ♥

{e, no final do dia, transformar a cozinha num palco de dança contemporânea? Com o #microsobrinho sim, é possível ♥}10543605_10152971265033800_3507711592953757928_n

#day243

Pessoas que devem ter saído de baixo de um calhau.

Pessoas que de vez em quando se lembram de reaparecer como se nada se tivesse passado.

{e por outro lado}

Pessoas que estão lá sempre quando é preciso.

Pessoas de palmo e meio com galos na testa ou narizes inchados/esfolados/sangrados porque brincar é o mais importante {e é!} mesmo que tenham que passar duas horas na urgência do hospital. E mesmo na urgência brincam, riem, fazem charme, gracinhas e graçolas e dizem “anda, tia” e apontam para o desenho na parede e “um ‘povo’…outo ‘povo’…um ‘peissinho’…”

Uns equilibram os outros.

E no meio disto, os seres de 4 patas ♥

{Hasha, rafeira alentejana. 3 meses, 15 kilos. A minha nova BFF ♥ }

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