Monthly Archives: January 2015

{há 2 anos}

Há 2 anos a esta hora, ansiedade ao rubro. Medo, muito. Incerteza, tanta.
Há 2 anos a esta hora, depois de uma agitação invulgar que não o deixava dormir, o sobrinho Minhoca diz “o mano já está pronto”.

Há 2 anos a esta hora, Twitter e Facebook em modo “thinking happy thoughts”.

Há 2 anos a esta hora, com 8 semanas de antecedência, chegava o ‪#‎microsobrinho‬ Pipoca ♥10931247_10152749572088800_7893640941884070673_n

#day145

Deixou de haver Tempo para desistir.
Porque não quero ser “aquele que podia ter sido astronauta, mas desistiu”.

E porque já “desisti” de demasiadas coisas demasiado importantes. Se não o tivesse feito? Hoje tanta coisa seria tão diferente.

Thank you for the reminder, Howard ♥10918995_10152747414168800_5106158096161330433_n

#day144

“Nota de alta” a ser preparada para breve. Daqui a 3 semanas deixo de ir onde reaprendi a respirar há 7 meses. Onde encaixei e aceitei. Onde fui construindo aos poucos uma gaveta onde arrumar assuntos que fazem doer.
Não é que já não doa. Dói agora com menos intensidade. E já sou capaz de abrir essa gaveta que construí sem que me falte, novamente, o ar.
Está ali. Encaixado. Não necessariamente arrumado. Mas aceite.
E foi ali, onde agora se prepara a nota de alta para daqui a 3 semanas que aprendi a construir gavetas. E aprendi a abri-las. E aprendi a não perder o ar.
E sou tão grata pelo tempo que me foi dado. Pelo espaço. Por tudo.

Há outra gaveta em fase de construção. Essa vai demorar mais tempo a ficar pronta. Mas acabará por ficar. E também essa acabará por ter o seu encaixe. O seu momento de aceitação. Um dia de cada vez, dizem-me. Digo-me. Um dia de cada vez, claro. Mas ainda com constantes viagens da memória.

E no meio de tudo isto, todas as gavetas, o trabalho. Que não pode, nem vai, parar.
E que cada dia me dá mais prazer. E que cada dia gosto mais.

E como não gostar quando a matéria prima é tão cheia de cor, tão cheia de vida?

Vida. Viver. Um dia de cada vez. E todos os dias agradeço por mais um dia que ganho.

10929209_10152745530898800_6749195455273416342_n

#day143

Das coisas pequeninas que são grandes:

18h00 e ainda não é de noite ♥10897035_10152743554378800_8055274427696126150_n (1)

{revolution}

Quando nada deve ficar por dizer, hoje fica.
Quando é tão mais fácil deixar-me ficar, sigo em frente.
Quando é tão mais simples desistir, resisto.

Quando não há Tempo para perder Tempo, hoje perco-o. Ganhando.

Quando pouco ou nada parece fazer sentido, eu procuro a revolução. Em mim. Nunca nos outros. Mas de braços abertos para quem se quiser juntar. Para quem quiser acompanhar. Para quem quiser fazer parte.

Porque é na minha revolução que encontro o Tempo para fazer aquilo de que já tinha desistido: planos.

{mais Amor. Por favor.}

10403131_10152741950813800_1489738312455241042_n

#day142

De hoje, sobre hoje, notícias por todo o lado. Boas internamente, estupidamente absurdas e sem justificação externamente. Internacionalmente.

Sem justificação? Não. Com uma justificação simples: o Ódio pelo Ódio. A Intolerância pela Intolerância. A Irracionalidade pela Irracionalidade.

O frio do dia, o nevoeiro. O frio das notícias quentes de “lá longe” que também é cá dentro tão perto, a névoa que tenta, à força, tapar a Liberdade.

A dualidade do dia de hoje. O Amor e o Ódio. O continuar a acreditar que o Amor é mais forte. E é. Mas o Ódio mancha de sangue, de dor, de incredulidade.

Saber que fiz alguém ganhar o dia simplesmente por ter elogiado o seu trabalho. Em simultâneo, saber que se perdeu num dia tanta gente por causa do seu trabalho.

É um balanço de desequilíbrios. Porque, mais uma vez, o Ódio mostrou a força da Intolerância e manchou de sangue manchetes por esse mundo fora. Mas a certeza, sempre, para sempre, que o Amor, aquele do A maiúsculo, é o caminho certo.

E que eu, nós, todos, também somos, temos que {continuar a} ser, Charlie.

#jesuisCharlie10929582_10152741862838800_6812659750880258988_n

#day141

A que velocidade crescem as árvores?
A que velocidade se aprofundam as raízes?
A que velocidade passam os dias?1619362_10152739672323800_2352430306384420331_n

#day140

140+18 após 42.

Não passa um dia sem que me lembre.

Não passa um dia sem que tente que cada novo dia seja mais um dia bom. Ou menos mau, apenas.

Não passa um dia sem que reviva. Tudo.

Mas também não passa um dia sem que diga no final: sobrevivi. Sobrevivo, ainda. Estou cá. E um dia em vez de sobreviver irei apenas viver. Um apenas que é tanto e muito mais do que sobreviver.

E sou grata.

{não pensa, não dói!}

Em modo “diz que é uma espécie de terapia”.

Sim, são 3 da manhã.
Sim, já devia estar a dormir.
Sim, até tenho sono apesar dos últimos dias adormecidos.

Mas tenho a cabeça a mil. E é preciso desligá-la. Dos problemas, das dúvidas, das certezas, dos receios, de tudo aquilo que não me deixa dormir.

Não há terapia melhor a esta hora. E ainda por cima gosto disto.

E já dizia o grande Kot-Kotecki: “respira, não pensa! Não pensa, não dói!”
{Kot-Kotecki pode não ser grande para vocês. Para mim é. Tive a oportunidade de aprender muita coisa com este Senhor. E realmente “não pensa, não dói”…}

10891613_10152736333998800_5310100720058108889_n

#day139

Arroz doce da mamã.

Porque, das duas uma:

– ou aqueço {nem que seja a alma}

– ou hiberno.10462949_10152735966143800_6137452631654505067_n

#day138

Andamos todos ao mesmo, em busca de calor. Não é, Acqua?

{mas depois há aqueles que adormecem em pé, com o focinho no aquecedor, e ressonam como gente grande ♥ }10917295_10152729695993800_3917463181689608962_n

#day137

De hoje? Nada a declarar.

Mas a minha Lua lá sempre.
Que não desilude, não engana, não usa nem abusa. Não se revela porque nunca se disfarçou.
Ela, sempre lá. Tal como é. Tal como as pessoas deviam ser. Verdadeiras. Sempre.10888641_10152721934433800_8039176414276227200_n

#day136

Em busca de calor. Seja ele mecânico ou do outro.

Mixed feelings.

Auto-punição vs Processo de Cura.

É o Caos dentro da Tranquilidade aparente.

E a confirmação que sim, me é demasiado necessário, ainda, parar todos os dias para reflectir prosseguindo a contagem. Mesmo ao fim destes já 136 dias.

Um dia faço as pazes. Comigo. Hoje ainda não foi o dia.

535959_10152716537228800_7108159631669981982_n