“Sabes que, por vezes, é preciso andar para trás, não sabes?”
Sei… Se me assusta? Muito. Hoje confirmei que andar para trás, ir tão lá atrás, dói. Mas é lá atrás, tão distante, que é preciso regressar. Para resolver. Para aceitar. Para recomeçar.
“Um destes dias experimentamos ir lá bem atrás, o que me dizes?”
Não preciso dizer…
“Não te preocupes. Sabes que é preciso. E se eu vir que vais só andar para trás vou lá estar a puxar-te para a frente. Sabes isso.”
Sei. E sei tudo o resto. Que não me vou perder pelo caminho porque, agora, tenho uma luz de presença para me guiar. Que, mesmo que tropece e volte a cair, há um par de mãos pronto a ajudar-me a levantar e a reeguer-me.
Andar para trás para poder andar para a frente. Ir lá atrás para saber estar aqui. Tropeçar pelo caminho. Aprender. Reaprender. Corrigir? Aceitar.
Ninguém disse que ia ser fácil…… Ninguém diz que é impossível. Mas custa. Muito.