Um dia escrevo para ti. Não hoje. Não ainda. Ainda é cedo. Mas um dia.
E talvez me perguntes, novamente, se leio o que escrevo. E dir-te-ei que não, que não o faço logo, como já te disse. E tu vais-te rir outra vez.
Um dia escrevo para ti. Se gostares não o saberei. Porque já te tenho escrito e tu não sabes e eu não sei se gostaste.
Um dia.
Não hoje. Ou, pelo menos, não é hoje que te escrevo o que cada vez mais tenho vontade de te dizer.
Um dia escrevo para ti. Mas não hoje. Não ainda. Porque primeiro quero poder dizer tudo, olhos nos olhos. E depois sim, um dia escrevo para ti.