Como um mantra: sem pressa, mas sem perder tempo.
E o cor de rosa, sempre. Mesmo nas coisas mais simples.
Como um mantra: sem pressa, mas sem perder tempo.
E o cor de rosa, sempre. Mesmo nas coisas mais simples.
A importância de dizer bom dia logo cedo pela manhã só eu a entendo. Assim como dizer boa noite momentos antes de ir dormir.
São mais uns quantos pequenos nadas que vou juntando.
Mas um dia esses pequenos nadas vão ser grandes alguma coisa. Vão fazer a diferença.
Continuo com aquele gut feeling que as coisas vão mudar. Para melhor, claro. E se calhar não vai demorar muito.
It is what it is.
It was what it was.
It will be what it will be.
Sem pressa. Mas sempre sem perder tempo.
Não gosto de imprevistos e muito menos de ficar presa sem poder deslocar-me para onde preciso. Como esta manhã.
Sou a favor das greves. São necessárias. Mas chateia-me não poder deslocar-me. E hoje não pude. Foi um dia perdido. E eu detesto dias perdidos.
Também os domingos precisam de ser melhorados.
Os meus fins de semana são conjuntos de dias vazios. Não podem continuar a ser. Mesmo com dias azuis.
Não podem.
Faltam 300 dias para acabar o ano. E continua a ser urgente mudar o rumo dos meus sábados…
Novamente o sorriso. Mesmo quando por vezes me custe sorrir. Mas ele existe, está cá. Só precisa de espaço para surgir.
De resto, mais um dia estranho. Porque me sinto estranha. Não sei explicar, apenas sei sentir. E não gosto disso.
Mas vai passar. Vai melhorar.
Mais um dia atrás do outro atrás do um. Sem pressa.
Mais um dia, que começou da forma que me aconchega. Com um sorriso matinal.
Mais um dia, que passou sem nada de especial a registar.
Mais um dia, que termina como começou. Com um sorriso.
E assim vão passando os dias. Sempre um atrás do outro atrás do um. Sem pressa. Mas com sorrisos que aconchegam.
Voltar onde foi preciso ir quando já nada fazia sentido no carrossel montanha russa comboio fantasma que não precisa de moedas, esse bicho escuro chamado Depressão.
Quase três anos depois posso dizer que sim, foi preciso pedir ajuda e foi preciso aceitá-la por muito que, ao início, a recusasse.
Hoje voltei lá. Para uma redução que há muito tempo esperava dos recursos químicos que me fizeram aguentar o horror que se vivia dentro da minha cabeça quando achava que não aguentava mais. Hoje voltei lá e esses recursos já quase não existem, pelo menos comparando com o que tive que suportar no início. E isso é tão bom.
Ainda lá vou voltar, daqui a 7 meses. Tempo mais do que suficiente para consolidar um caminho que tenho percorrido com a ajuda do terapeuta fofinho que, ao fim deste tempo todo, rebenta de orgulho pelo que já alcançámos.
Ainda lá vou voltar, e tenho tempo para me continuar a fortalecer e a aprender que cair também faz parte e não é necessariamente mau. Desde que não permaneça lá em baixo.
Voltei a um sítio que inicialmente recusei e que hoje sei que foi importante. E que me relembrou que pedir ajuda não é vergonha nenhuma nem sinal de fraqueza.
Agora solto um sorriso pequenino, meio tímido, e ouso dizer que consegui. Sempre, claro, com receio do que estes próximos 7 meses me vão trazer e todos os meses depois desses também. Mas prefiro viver um dia de cada vez. Ainda tenho muito para aprender, mas prefiro dizer não ao medo.
Vai ser bom, vai correr bem. E não posso esquecer que, tal como nos últimos 3 anos e meio, não estou sozinha. Tenho uma dream team que não me vai deixar cair.
Hoje voltei àquela janela. E hei-de lá voltar daqui a uns meses. E saí de lá contente.
Agora é ir vivendo. Sem medo. Já chega de sobreviver.
Voltar à rotina está a ser mais difícil do que pensei que pudesse vir a ser. O que quer dizer que ainda não estou a 100%.
Mas, mais uma vez, amanhã vai ser melhor. Por hoje, vai-se tentando um pouco mais de cada vez. Devagar. Devagarinho. De modo quase parado.