Apetece-me conversar… Se há uns anos, neste mesmo dia, dizia de uma forma quase apática que não me apetecia escrever ou quase comunicar, hoje apetece-me conversar. Não me apetece escrever, não é por aí que tenho vontade de comunicar. Conversar. Cara a cara. Frente a frente. Sem pressa e sem horário, conversa sem rumo pré-definido. Deixar fluir e deixar-me levar pelas palavras.
Falta-me a interacção. Falta-me a conversa presencial. Falta-me a presença do outro. Seja o outro quem for, desde que queira o mesmo que eu: conversar.
Estou cansada do distanciamento… E ainda agora vamos no início, mesmo ao fim de mais de três meses.
Manter a sanidade mental tem sido um desafio. Especialmente desde que entrei em modo “memória de calendário” há uns dias. Por precisar de algum sossego à minha volta e não o ter. Por precisar de lamber as feridas e não estar a conseguir.
Apetece-me o que preciso: conversar. De viva voz.
Não está a acontecer. Nem vai.