Monthly Archives: August 2020

{#224.143.2020}

O que me faz aguentar o dia de trabalho em casa? Poder ter música a tocar. Baixinho, é certo, muito baixinho porque assim tem que ser, mas a tocar e a acompanhar-me durante todo o dia.

Só assim aguento fazer alguma coisa que não gosto. Felizmente, trabalhar a partir de casa tem {mais} esta vantagem.

{#223.144.2020}

As segundas feiras deviam ser proibidas. Ou deviam, pelo menos, ser mais simpáticas.

Dia tão estranho o de hoje. Dedicado apenas ao trabalho, sem grande vontade. Fazer o que não gosto não é fácil. Mas tenho que o fazer porque preciso.

Tenho saudades de me dedicar ao que gosto… Faz-me falta aquela magia de criar algo com as minhas mãos. Felizmente ainda posso, de vez em quando, dedicar-me a isso ao fim de semana.

Mas não é a mesma coisa…

{#222.145.2020}

222 dias deste ano atípico. Já só faltam 145 dias para acabar.

Mais um domingo com sabor a domingo. Sem histórias nem História nem nada a registar. Apenas aquela estúpida sensação de estar demasiado sozinha.

Amanhã, mesmo voltando ao trabalho, vai ser melhor.

{#221.146.2020}

Mais um dia, menos um dia. Sem nada digno de registo, com uma passagem pela praia ao final do dia. E com a ansiedade inerente a isso mesmo.

Um dia hei-de conseguir ir à praia sem ansiedade. Hoje ainda não foi o dia.

{#220.147.2020}

Correio em tempo de pandemia não tem que ser só feito de postais. Também pode vir em formato de livro.

O regresso à normalidade da rotina do teletrabalho deu-se hoje. Depois de demasiados dias após as férias sem conseguir trabalhar, hoje finalmente tudo se endireitou.

O melhor do dia, no entanto, foi mesmo a volta do correio. Como é sempre que o carteiro deixa algo que não contas para pagar.

Amanhã? Amanhã será bom também. É uma questão de acreditar que sim, que vai correr tudo bem.

{#219.148.2020}

Mais um dia estranho, sem conseguir trabalhar. Mas, agora, está de facto o problema resolvido. Amanhã volto à rotina normal.

Entretanto a ansiedade mantém-se, um pouco mais tranquila, é um facto, mas ainda cá está.

E ainda aquele gut feeling que agora não desenvolve.

Como sempre, um dia atrás do outro atrás do um. Sem pressa. Mas sempre sem perder Tempo. E, novamente, sinto que o Tempo me foge. E não sei – nunca soube – como agarrá-lo. E menos sei agora, neste novo Tempo que é tão estranho.

Amanhã será melhor. Amanhã tem que ser melhor. Se conseguir finalmente trabalhar e a ansiedade continuar a acalmar, já está a ser melhor.

…já te disse hoje que tenho saudades tuas…? Tenho. E muitas.

{#218.149.2020}

Ansiedade ainda em alta. Afinal, o que se julgava resolvido ontem, não está resolvido nem estará até ao final da semana. Até lá, a minha cabeça vai criando cenários confusos que me deixam inquieta.

Aproveito o final do dia e a proximidade do mar para tentar desligar. Só para descobrir que a minha cabeça não pára de criar cenários negros e negativos sobre o que se passa à minha volta.

Talvez um dia acalme e deixe de criar cenários. Agora, para já, é esperar que o trabalho se resolva rapidamente para poder voltar a ocupar a cabeça. E talvez a ansiedade acalme.

{#217.150.2020}

Voltar a Lisboa antes do previsto para poder continuar a trabalhar. Socorrer-me do apoio informático para resolver problemas que não domino fez-me voltar ao aquário muito antes do que estava previsto. Visitinha rápida, problema resolvido, mas a ansiedade em alta até regressar a casa.

Há coisas que não controlo e é isso que me faz disparar a ansiedade. Que se instala devagarinho, mas que não desaparece rapidamente. A ansiedade mói demasiado. E a cabeça dispara em várias direcções.

Como nos últimos dias. Instalou-se a ansiedade não sei bem porquê e teima em não ir embora. E promete que os próximos dias (semanas?) não vão ser fáceis.

Mas também a isto vou resistir e dar a volta.

A ansiedade, sempre me disseram, não mata. Mas decididamente mói. Bastante. Demasiado.

{#216.151.2020}

Voltar ao trabalho e não conseguir trabalhar o dia todo. Mais um dia perdido.

Não gosto de dias perdidos………

{#215.152.2020}

Deixo um bocadinho de mim em cada coisa que faço. Sendo que há coisas onde é mais fácil e simples deixar algo de mim. São as coisas que gosto. Especialmente se as faço para as pessoas de quem gosto.

Como as máscaras que tenho feito. Algumas feitas para mim, outras tantas feitas para os meus. Sejam meus amigos ou meus sobrinhos, são os meus.

Dou de mim e deixo as minhas mãos criarem algo. Se não estiverem perfeitas, não fico contente. Sou, talvez, demasiado exigente comigo mesma. Mas sou assim em tudo. Talvez por isso às vezes me seja difícil lidar comigo e/ou com situações que não me satisfazem.

Dou de mim. Deixo um bocadinho de mim em tudo. E por vezes sinto que falho com aquilo a que me proponho. E isso custa-me.

Quem leva alguma coisa feita por mim, leva também um bocadinho de mim. E isso sabe-me bem. Porque tenho sempre medo do esquecimento. E é impossível esquecer alguém quando se leva um pouco de si. Por isso gosto de criar coisas com as minhas mãos e passá-las a outros.

Porque passo-me a mim também.

Deixo um bocadinho de mim em tudo o que faço. E isso sabe tão bem.

{#214.153.2020}

2193 dias depois. E as memórias que não me largam…

E ainda a confusão à minha volta, quando o que preciso é de um momento de sossego. Tenho direito a conseguir lamber as feridas. E quando isso não é possível é sinal de que não vai correr bem.

Novas memórias, precisam-se. E rapidamente.