Às vezes, perder o autocarro pode ser bom. Dá aquele tempo extra para fazer um telefonema e pôr a conversa em dia. E ir sabendo daquele local que já não é meu e que já não deixa saudades pelo caos que se revelou.
Estou bem onde estou agora. E ainda bem que estou ali e já não lá.
E hoje voltou a haver retorno. Está tudo bem e só isso importa. Mas faz-me falta, também aqui, pôr a conversa em dia. Irei lançar o mote. E depois logo se vê.
É o que é. E o que tiver que ser, será. Estou bem como estou. Mas claro que gostaria de mais. Não o peço e menos ainda exijo. Porque, lá está, é o que é.
E de repente lembro-me da minha Lua. Há muito tempo que não a via. E ter perdido o autocarro para casa hoje permitiu-me vê-la e recordar que ela está lá sempre para me ouvir e sentir. E sei que não está só para mim. Quem sabe se não está também disponível para enviar o que trago comigo e guardo cá dentro a quem eu gostava de entregar tudo isto.
Lance-se o mote. Veremos o que dá e quando dá. Porque dará alguma coisa, não interessa tanto o quê mas sim o quando.
Amanhã? É sexta feira. E só por isso vai ser bom. E por hoje já chega.
