{#345.21.2021}

Sábado. Manhã de consulta com o terapeuta fofinho. É sempre bom começar o fim de semana assim. Já não passo sem essa conversa de sábado de manhã, mesmo quando não tenho muito para trabalhar em terapia. Ou mesmo quando não tenho nada, como hoje. Mas dá sempre para reflectir sobre alguns pontos e até comparar com outras sessões mais difíceis de outros tempos.

Mas terminei a sessão da mesma forma que comecei: apetece-me fazer alguma coisa, participar de alguma coisa que faça sentido. Ele diz que é normal eu querer isso. E eu também acho. Mas ainda não surgiu o que fazer. E isso chateia-me. Porque estou cansada de fins de semana sem actividades, sem objectivos. Não ter objectivos não me faz bem. Deixa-me impaciente. E não gosto de me sentir assim.

Sei que tenho uma porta aberta, ou semi aberta, para fazer parte de algo. Mas também sei das minhas limitações que acabariam por pôr em causa a minha participação activa e regular. E sei que, se avançar, a regularidade é um ponto assente. Tem que acontecer. E neste momento estou limitada.

Não participando em nada, resta-me sair de casa porque sim. Porque é preciso sair para não ficar sempre fechada em casa. Porque não me faz bem.

E saí. E ganhei o dia por ter saído e por olhar para cima e encontrar a minha Lua logo ali.

Mas quero mais.

Na realidade preciso de mais.

Amanhã será melhor. Será dia de recolher e descansar, é para isso que servem os domingos. Não havendo programa melhor, e o programa que eu queria não vai acontecer, será um dia dedicado a nada.

Apesar de tudo, hoje não foi um dia mau. E amanhã também não será.

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