{#349.17.2021}

Sou menina para não só ficar contente mas também orgulhosa pelo sucesso dos outros. E mais uma vez estou. Acordar com notícias do sucesso de quem quero bem é uma boa forma de acordar.

Mas depois há o silêncio…outra vez o silêncio que me dói e me mói. Não posso esquecer-me do meu lugar no que diz respeito ao outro lado. Só assim o silêncio não pesa tanto. E eu sei o meu lugar. Às vezes esqueço-me, é verdade. Acho que o meu lugar é um bocadinho mais acima na lista de prioridades, quando não é. E eu sei que não é. Mas o que trago cá dentro, comigo, em mim, faz-me desejar ser mais. E isso é um passo para fazer doer e para me magoar. E o pior é que desta vez sou eu que me magôo, sou eu que inflinjo em mim mesma a dor que não quero. E não posso. Não pode ser assim. Não posso esquecer-me de que é o que é. Nem mais, nem menos.

Hoje não vou repetir o ritual nocturno de sempre. Não vale a pena. Não enquanto houver silêncio. Quando for quebrado do outro lado, logo se vê.

É quarta feira e a semana vai a meio. Mais um dia nim, nem não nem sim. Mais um dia de trabalho. Mais um dia que passou. Mais um dia vazio…

Amanhã será melhor. Apesar do dia não ter sido mau, sei que amanhã será melhor. Por hoje guardo o silêncio que vem do outro lado. E vou fazer de conta que não me incomoda.

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