Sexta feira e o silêncio.
Continuo a achar que não posso ser eu a quebrar o silêncio, mas irei fazê-lo. Hoje. Só porque sim. E sei que o mais provável é continuar a ter silêncio e nenhum outro retorno.
Mas é o que é. Já o sei há muito tempo, desde o primeiro dia. Na verdade, ainda antes do primeiro dia já sabia que seria assim.
Se custa? Claro que sim. E chega a doer. Mas não vou deixar-me levar por aí. Um dia hei-de seguir em frente. Não sei quando nem como o farei. Nem sei como será. Mas um dia…
Fico contente, no entanto, por ter partilhado mais do que uma vez o que trago comigo, cá dentro, em mim. Não serviu de muito. Mas tirou-me um peso de cima. De dentro. E sei que, antes de seguir em frente, voltarei a partilhar, mesmo sabendo que não irei ter retorno.
Os dias têm sido azuis. Frios, mas azuis. A previsão para a próxima semana é de cinzento no céu. Mas não irei permitir que o cinzento se aloje em mim. Prefiro manter-me no azul. Venha o que vier.
E não deve vir muita coisa, à semelhança dos últimos dias.
Enfim. É o que é. I should have known better.
