{#357.09.2021}

Quinta feira com sabor a sexta. Dia muito tranquilo no trabalho. E ainda o silêncio.

Não quero dar demasiada importância ao silêncio. Afinal, não há obrigação nenhuma de retorno. Mas, e já o tenho dito, o silêncio mói e dói.

Se calhar está na hora de baixar os braços, desistir e seguir em frente. Mas esse seguir em frente significa o vazio. E eu não quero o vazio. Só queria a repetição do retorno, já que não posso querer mais. Qualquer coisa é melhor que o vazio.

O vazio assusta-me. E por isso não o quero. Seria andar para trás em tantos aspectos e isso não é opção.

Não sei o que fazer, na verdade. Nem tenho com quem falar para pedir conselhos. Apenas sei que o silêncio pode ter mil e um motivos para existir e nenhum ser sinal de afastamento. Mas o meu medo do abandono fala sempre mais alto. E eu não sei lidar com esse medo ou com a realidade do abandono ou afastamento. Nunca soube. E não é a idade ou a experiência que me vai esclarecer.

Seja como for, não me posso esquecer disto: É O QUE É!

Amanhã? Será melhor. Ou logo se vê. Até porque amanhã é Natal e o único presente que eu queria vai ser apenas ausente. Mas será melhor. Porque acredito sempre que o dia seguinte é sempre melhor.

Logo se vê. E talvez o silêncio se rompa.

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