Terça feira. Há mais de 24 horas sem telefone e dados móveis. Vale-me a Internet da fibra e o Wi-Fi a funcionar sem nunca ter sido afectado na falha resultante de um ataque ao serviço da Vodafone. Permitiu-me estar em contacto com o mundo e ainda conseguir trabalhar sem problemas.
Estar sem telefone e dados móveis é estranho. Fui ao café ao fim do dia, mas faltou-me a música nos fones e a possibilidade de pôr a conversa em dia por telefone.
Parece que o serviço de telemóvel está de volta e os dados móveis logo se vê. Desde que a Internet em casa continue a funcionar, não me queixo.
Mais depressa me queixo do café em mesa para dois que demora a sair. Mas o repto vai ser novamente lançado. E a dica para jantar também. Um dos dois irá acontecer. Não sei quando, mas sei que sim.
E o sono que me acompanha o dia todo não tem explicação. Ou melhor, tem. São demasiadas noites interrompidas por uma gata sem noção que não me permite ter ciclos de sono completos.
Pode ser que um dia passe. Por agora vou aguentando o sono. E vou adormecendo as borboletas na barriga. E vou aprendendo a viver sem poder comunicar quando saio de casa.
Tudo isto são coisas pequeninas. Não são verdadeiros problemas. São apenas alguns dos meus acontecimentos diários que me fazem acreditar que podia ser pior. Como já foi. Mas hoje posso olhar para trás e dizer que consegui ultrapassar aquilo que cheguei a acreditar que nunca iria ter um fim. Mas teve.
Agora? Recolho, aqueço, volto ao ritual nocturno e tento ter uma noite completa.
Amanhã será melhor. E quem sabe um dia destes acontece um café ou um jantar.
