Quinta feira e a confirmação de que o teletrabalho está a chegar ao fim. Menos de duas semanas para regressar aos transportes públicos e aos horários difíceis da manhã que começa de madrugada. Não vai ser fácil regressar a esses horários e essa rotina dos transportes públicos vai gerar muita ansiedade pelo medo. Mas vai ter que ser.
E o café prometido para um final de tarde depois do trabalho corre o risco de não acontecer. Pode ser que se transforme noutra coisa qualquer, como por exemplo um jantar. Isso ia saber muito bem. Mas não será fácil também. Veremos como corre e o que acontece. A dica está dada. Ainda sem resposta, mas dada.
Vou saboreando, entretanto, os últimos dias de esplanada depois do trabalho. Sozinha, sempre, em mesa para um. Mas que é um momento só meu, que dá para pensar simplesmente ou para pôr a conversa em dia por telefone ou através de uma qualquer app. No fundo, um bocadinho como faço quando venho no autocarro para casa.
Enfim. A normalidade tem que regressar aos poucos e admito que é importante a interacção com os outros no trabalho, especialmente quando se gosta do ambiente e da equipa, como agora. Mas esse regresso à normalidade devia vir devagar. Foram só dois meses em casa em teletrabalho, mas que foram muito bons e positivos. E com a confirmação de que o trabalho se pode fazer de casa da mesma forma que se faz na empresa.
É pouca coisa a acontecer, mas é muita coisa para gerir cá dentro. Vai ter que haver um período de adaptação aos novos horários e essa ainda é a parte que mais me preocupa porque as minhas noites são uma animação, sempre interrompidas a horas impróprias, o que faz com que acordar de madrugada seja difícil.
Mas vai correr tudo bem. É só levar tudo um dia de cada vez. E lembrar-me que o fim de semana vai continuar a existir para descansar.
Agora é ir adaptando os horários devagarinho para não custar tanto daqui a menos de duas semanas. E continuar a acreditar que o café vai acontecer.
Amanhã? Só por ser sexta feira já vai ser melhor.
