Domingo com sabor a Domingo. Com excepção da consulta, que não houve. Por um motivo mais que válido. Mas que me fez falta. Não que tivesse novidades para contar, porque não tenho. Mas há um assunto que está prometido falar: a perda. Ou o medo da perda. Que me consome todos os dias um bocadinho. E não pode. Mas esse medo existe e tem que ser trabalhado.
É verdade que desde o início da descoberta, esse medo anda mais tranquilo. Porque estou mais distraída. Mas não estou esquecida. E agora que o outro lado tem horários mais preenchidos, mais intensos, a noite e o regresso a casa tarde e com cansaço acumulado assustam-me.
Esse medo é real. Porque a minha história já me fez saber que a perda é extremamente dolorosa. E eu não quero passar por ela novamente, pela perda e pela dor em simultâneo.
A consulta será remarcada. Sem carácter de urgência porque, felizmente, já não estou nesse ponto. E a conversa irá acontecer. E o trabalho será feito.
Até lá vou tentando não alimentar o medo. Vou vivendo um dia atrás do outro. E vou tendo saudades da presença física. Que também ela, a saudade, existe. E está difícil de acontecer esse café prometido. Sei que nas próximas semanas vai ser impossível de acontecer, mas quem sabe depois dessa experiência de horários alargados se não é possível mesa para dois…
Enfim. É o que é. E eu sou o que sou. E só por isso não posso pedir muito mais.
Mas foi um Domingo tranquilo. Com sabor a Domingo. E isso é o mais importante. Amanhã, dia de regressar à rotina dos dias de trabalho.
Por hoje já chega…
