Monthly Archives: April 2022

{#100.266.2022}

Dia 100. E as regras do jogo da descoberta estão estabelecidas, definidas e aceites.

Só vai a jogo quem quer. E eu quero.

Dar uma oportunidade à vida. É o que é.

{#99.267.2022}

Sábado. E dou por mim a fazer planos para breve. Já sei que não devo fazer planos, mas a descoberta leva-me a ter vontade de os fazer…

Let’s wait and see…

{#98.268.2022}

Equilíbrio. Dar e receber. Dar horas extra de trabalho e receber a saída duas horas mais cedo. Soube bem. Não só por sair mais cedo mas pela oferta em si.

Equilíbrio. Descobrir e ser descoberta aos poucos.

Equilíbrio. Ritual matinal com retorno tardio mas de partilha.

Equilíbrio. Cada vez o procuro mais em tudo. E cada vez o encontro mais em tudo.

Sexta feira. Finalmente. Amanhã o despertador não toca. E vai saber tão bem, mesmo sabendo que é o dia mais aborrecido da semana.

{#97.269.2022}

Há pedaços de mau caminho que são isso mesmo: mau caminho. E eu não sei se quero seguir esse caminho…

Dar uma oportunidade à vida, disseram-me. E eu estou a dar.

Mas ainda não sei bem onde me meti…

{#96.270.2022}

Cansada. Claro. A idade não perdoa mesmo e já se demora mais tempo a recuperar de noites mal dormidas.

Hoje não há condições para conversas. Hoje tenta-se dormir mais cedo, depois de mais um dia de trabalho cheio e intenso, trabalhado para lá da hora.

Cansada. E com saudades de quem nunca tive, mas que queria, quero!, meu. O outro lado. O retorno. O porto de abrigo.

Mas não hoje. Hoje quero apenas tratar de mim. Preciso de mim em melhores condições do que as dos últimos dias. Por isso desligo cedo, não sem antes passar pelo ritual nocturno. Porque faz parte, faz sentido até quando não tenho retorno imediato porque o trabalho do outro lado assim o exige. Porque sim, porque quero. Porque me faz bem.

Tão cansada. Com tanto sono. Desligo. Mas não esqueço. Não me esqueço. Não posso esquecer-me de mim…

{#95.271.2022}

Terça feira depois de uma segunda intensa. Muito trabalho, mais horas do que o habitual e uma conversa de descoberta até tarde. Já devia saber que a idade pesa e não perdoa. E hoje não perdoou. Pesou demais, com mais uma noite interrompida e o corpo a dar sinais de cansaço. Como sempre, não gostei dos sinais. Mas parece que não aprendo…

Não sei porque mantenho a descoberta por perto quando sei que nada de bom vai sair dali. Mas a conversa é, de certo modo, interessante. Não leva a nada de novo. Não traz nada de novo. Não é um bom caminho, eu sei. Mas eu insisto em manter-me nele. Porquê? Não sei…

Especialmente quando o que realmente queria era o porto de abrigo, seguro, do retorno do outro lado.

Queria? Quero. Mas a descoberta…

{#94.272.2022}

Segunda feira a começar intensa e pesada no trabalho, de tal forma que pesa como sexta…

O retorno logo cedo. Sabe tão bem.

E a descoberta à noite, em partilhas que me dão algum gozo, mesmo sabendo que não vai acontecer nada.

É a vida a acontecer, I guess.

{#93.273.2022}

Domingo com sabor a Domingo. Com excepção da consulta, que não houve. Por um motivo mais que válido. Mas que me fez falta. Não que tivesse novidades para contar, porque não tenho. Mas há um assunto que está prometido falar: a perda. Ou o medo da perda. Que me consome todos os dias um bocadinho. E não pode. Mas esse medo existe e tem que ser trabalhado.

É verdade que desde o início da descoberta, esse medo anda mais tranquilo. Porque estou mais distraída. Mas não estou esquecida. E agora que o outro lado tem horários mais preenchidos, mais intensos, a noite e o regresso a casa tarde e com cansaço acumulado assustam-me.

Esse medo é real. Porque a minha história já me fez saber que a perda é extremamente dolorosa. E eu não quero passar por ela novamente, pela perda e pela dor em simultâneo.

A consulta será remarcada. Sem carácter de urgência porque, felizmente, já não estou nesse ponto. E a conversa irá acontecer. E o trabalho será feito.

Até lá vou tentando não alimentar o medo. Vou vivendo um dia atrás do outro. E vou tendo saudades da presença física. Que também ela, a saudade, existe. E está difícil de acontecer esse café prometido. Sei que nas próximas semanas vai ser impossível de acontecer, mas quem sabe depois dessa experiência de horários alargados se não é possível mesa para dois…

Enfim. É o que é. E eu sou o que sou. E só por isso não posso pedir muito mais.

Mas foi um Domingo tranquilo. Com sabor a Domingo. E isso é o mais importante. Amanhã, dia de regressar à rotina dos dias de trabalho.

Por hoje já chega…

{#92.274.2022}

Sábado, aquele dia aborrecido da semana. Hoje não houve tempo para aborrecimentos. Houve, sim, tempo para descansar. E bem que estava a precisar. Muito.

Mas a vontade de ir e fazer acontecer esteve sempre presente. Não vai acontecer, eu sei. Mas a vontade…

É a vontade de um porto de abrigo. E tenho uma tempestade perfeita à espera…

Mas é sábado. Dia de não pensar em nada. Dia de não me preocupar com nada. Hoje estou em modo “não quero saber”.

Amanhã? Domingo? Logo se vê como será.

{#91.275.2022}

Muito cansada. Semana longa e cansativa.

Mas confortável com a minha escolha. Porto de abrigo? Sempre.