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Sábado e o descanso possível. Acordar cedo depois de uma noite interrompida mais uma vez. Voltar para a cama. Ganhar coragem para me dedicar ao estudo. Pegar no manual e conhecer a teoria que ponho em prática há vários anos.

Retorno matinal e a pergunta que me diz que, do outro lado, ainda me lêem. E sabe bem saber que sim e sentir essa espécie de preocupação. Sim, descansei, obrigada pela preocupação. Não disse assim, mas pensei. Gostava de acreditar que é preocupação genuína, mas não acredito. Talvez seja apenas cuidado, não preocupação. São coisas diferentes. Têm graus diferentes de envolvimento. Mas, mais uma vez, é o que é. E encolho os ombros mais uma vez.

Da tempestade perfeita nem sinal… Também não espero nada, nem posso esperar, de algo que não é mais do que um jogo. Um jogo por onde já passaram planos e promessas. Mas não me posso esquecer que deixei de fazer planos há muito tempo e não acredito em promessas. Por isso é tranquilo. É um jogo, nada mais.

O cansaço, no entanto, continua presente e os seus efeitos secundários são pesados. Como, por exemplo, a fragilidade e vulnerabilidade em que fico. E isso não é bom. É um passo para querer voltar a olhar para o chão, depois desses tais planos e promessas. Porque mexem em pontos que deviam ser intocáveis mas que eu ainda não consigo proteger, percebi há pouco tempo.

Frágil e vulnerável. É assim que me sinto. Fruto do cansaço. Sei que sou mais do que isso, mas quando estou muito cansada esqueço-me do que sou e apenas sinto o que estou. E ser e estar são coisas tão diferentes.

Gostava tanto de acreditar em promessas… Gostava tanto de (poder) fazer planos. Mas depois lembro-me: é só um jogo. E não quero ser um peão de um qualquer xadrez.

Não me arrependo de ter deixado aproximar a tempestade perfeita. Mas tenho saudades do porto de abrigo.

Sábado! E o dia está prestes a fechar. Amanhã, dia de consulta com o terapeuta fofinho logo de manhã. Depois disso? Descansar mais um pouco para, novamente, me dedicar ao estudo. E para dedicar algum tempo ao mais importante no meio de tudo isto: eu. Quem quiser, sabe como me encontrar. Quem não quiser, também.

Encolher os ombros. Sorrir e acenar. Seguir em frente. Sozinha. Mas em frente. Amanhã será melhor. Amanhã estarei melhor.

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