Sábado e foi dia de cuidar de mim. Cabeleireiro de manhã cedo, sofá o resto do dia. E nada melhor do que adormecer no sofá, quentinha e sem pressa para acordar.
Sei que quem estou a descobrir não está bem. Senti isso desde o primeiro dia. E hoje confirmou-o. Sei que não está sozinho. E isso deixa-me um pouco mais tranquila. Porque sei, na pele, o que é não estar bem e não ter a quem recorrer. É estar perdido no caminho sem mapa ou GPS. É querer manter-me à tona de água e, ao mesmo tempo, não querer nadar para combater as correntes.
Não sei até que ponto posso ajudar, seja no que for. Mas estou cá. Porque não sei ser de outra forma.
Sinto-me, ainda, muito cansada. Ainda tenho sono, apesar da tarde apagada no sofá. Por isso hoje recolho cedo. Amanhã é dia de consulta com o terapeuta fofinho de manhã. E depois disso prevê-se o regresso ao sofá. Se houver alterações aos planos, serão bem vindas. Se não houver, aproveito para descansar e recuperar. Estou a precisar. E também mereço tempo para descansar.
