Das coisas que não me posso esquecer: não fazer nada também é tratar de mim. Por isso mesmo hoje não fiz quase nada a não ser descansar. Saí de casa de manhã, voltei a sair ao fim da tarde. Mas o resto do tempo foi a não fazer nada.
O corpo está moído. Chega a estar dorido. É cansaço. Eu sei que estive de férias há muito pouco tempo. Mas uma semana não é o suficiente para recuperar. Quando comecei a perceber que, finalmente estava a recuperar, ainda que devagarinho, as férias acabaram e no dia seguinte tinha que voltar aos horários, às rotinas, ao trabalho, ao acumular de cansaço.
Não, o fim de semana não é suficiente. É uma breve pausa apenas. Mas vai melhorar. Vai ter que melhorar.
Sei que ontem trazia trabalho de casa, hoje devia iniciar um ciclo dedicado a mim mesma que, não duvido, me ajudaria a recuperar. Ontem não o fiz. Cheguei a casa demasiado tarde, demasiado cansada. Hoje, durante todo o dia, adiei o que tenho para fazer. Mas ainda vou a tempo de parar e dedicar o tempo a mim. Antes de dormir, não preciso de mais de 15 minutos. E esses 15 minutos fazem diferença. E vão fazer. Preciso disso. Preciso de retomar esse hábito. Faz parte do meu caminho também.
Tratar de mim. E não fazer nada também é tratar de mim. Mas há outras coisas que parecem pequenas mas são enormes que é preciso fazer. E só eu as posso fazer. Por isso, sim, vou voltar a tratar de mim.
Mas, e não me posso esquecer, não fazer nada também é tratar de mim. E é tão importante parar e não fazer nada quando o corpo assim o exige. E foi o que fiz hoje: nada. Amanhã? Logo se vê. Mas hoje ainda vou fazer o que tenho que fazer: tratar de mim.
