Acordar, ou ser acordada!, às 5h30 da manhã por uma gata que quer companhia para comer a essa hora sabendo que o dia de trabalho ia começar mais cedo para acabar mais tarde. Perceber, pelo canto do olho, uma luz brilhante à janela. Olhar e vê-la. A minha Lua. Quase cheia e linda como só ela sabe ser. Magnífica no brilho àquela hora. Só podia trazer coisas boas para este dia.
O dia de trabalho começou mais cedo. Mas foi tranquilo. A meio da tarde, receber uma mensagem. “Quero falar contigo”, dizia-me alguém com quem trabalhei há 13 anos e com quem não falo há vários anos. Tantos que não me lembro quantos.
Ir à esplanada do costume depois de sair do trabalho uma hora mais tarde do que o habitual. E o telemóvel toca. Era ela. E veio com tudo. Mas, ao contrário do que eu costumo pensar, veio com tudo de bom.
Não estava à espera, admito. Mas o que veio, veio na hora certa. Não procurei nada, nem pensava nisso. Mas a oportunidade surgiu e ela lembrou-se de mim. E, por incrível que pareça, lembrou-se, lembra-se!, do meu trabalho naquele tempo, há 13 anos.
Sim, soube muito bem. E sim, é o momento certo. Porque não? Deixou-me, claro, num estado de ansiedade grande. Mas daquela ansiedade boa. Agora é ir com muita calma porque nada está garantido. Mas só o ela ter apostado em mim já vale por tudo.
Amanhã? É dia de dar o primeiro passo. Depois? Logo se vê. É o que tiver que ser. E, acredito, vai ser. Em bom!
