Sábado, em situações ditas normais, é aquele dia aborrecido da semana. Em que nada acontece. Onde não se via a lado nenhum. Hoje era suposto ser um dia de descanso. Mais um. Acordei muito cedo e pensei que a tarde fosse só para mim, para tentar dormir um pouco, porque não? Não aconteceu. Logo depois do almoço, que aconteceu cedo, saí. Era suposto ser só para configurar um acesso e fazer um envio de um documento.
Dei por mim num novo almoço fora de casa, numa esplanada muito barulhenta on de me custou muito permanecer. A minha cabeça está muito intolerante ao ruído e à confusão. Mas consegui ficar até ao fim. Não foi fácil, a vontade era sair de lá rapidamente. Mas o corpo muito cansado também não me iria levar longe dada a tremenda falta de energia.
Ainda houve lugar a visitar duas lojas. Passar lado uma eternidade e meia. E o meu corpo a arrastar-se devagar e com sérias dificuldades em mover-se…
Regressei a casa quatro horas depois de ter saído. E cheguei a ter dúvidas que conseguisse chegar.
Sim, o meu estado anímico está assim tão mau. Ninguém tem noção do quão cansada me sinto. Mas agora já entendo melhor o porquê deste cansaço extremo. Existem, de facto, razões para ele. E só descansar não é o suficiente. É preciso, com urgência, repôr os níveis do que está em falta e depois, sim, conseguir descansar e recuperar.
Hoje foi, novamente, um longo dia. Quatro horas fora de casa que me deixaram de rastos. Amanhã a manhã começa com o despertador a tocar às 10h. Mas acredito que, mais uma vez, vou acordar mais cedo.
É dia, também, de consulta com o terapeuta fofinho. E preciso tanto desse tempo em que posso verbalizar as minhas preocupações, os meus medos. Que, neste momento de cansaço extremo como nunca senti, existem. Preciso que alguém me oiça sem julgamentos e sem desvalorizar o que sinto.
Por hoje já chega. Preciso de dormir. Descansar para conseguir recuperar. Depois? Logo se vê…
