Às vezes cruzo-me com esta foto. E, de cada vez que a vejo, recordo-me de mim mesma assim. Pequenina e a descobrir o Mundo.
Hoje, tantos anos depois, percebo que lhe devo tanto. Desde um agradecimento por ser sempre igual a si própria, a um pedido de desculpas por tê-la magoado tanto quando a devia ter protegido.
Ela, que sou eu, continua a descobrir o Mundo. E aprendeu a perdoar os erros de quem a devia ter protegido e falhou. Afinal, estávamos as duas a crescer e a descobrir o Mundo.
Hoje sei, sem dúvidas, que gosto muito dela. E não duvido que ela também gosta muito de mim. Venha o que vier, estamos cá uma para a outra, eu mulher adulta, ela a minha eterna criança interior.
Não há muito tempo atrás tive oportunidade de a abraçar e pedir perdão. Ela abraçou-me de volta e disse-me “somos Amor”. E somos. E enquanto continuarmos próximas, seguindo caminho de mãos dadas, sei que vou continuar a sorrir e a rir como ela e com ela. Ela, que sou eu.
Continuemos então. A descobrir o Mundo. E a ser o que somos: Amor.

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