6 anos depois, lembro-me onde estava a esta hora. São 19h50. Estava numa esplanada, que não a do costume, à espera…
Mal sabia o que me esperava nos 5 anos que se seguiram: esperar, esperar, esperar. Sempre. Até que decidi deixar de esperar. E, há um ano, decidi que não ia esperar mais. Mesmo assim não desisti no imediato. Ainda demorou dois meses e pouco até bater com a porta de vez. Antes disso, disseram-me “um dia destes vamos jantar”. Está bem. Só que não. Porque, se não tivesse desistido de esperar, estaria hoje há 11 meses à espera de “um dia destes” para um jantar que eu sempre soube, desde o primeiro momento, que não iria acontecer. Não vai acontecer.
Foi há 6 anos que esperei naquela esplanada. Hoje já não espero. Segui o meu caminho. E ainda bem que o fiz. O que ganhei ao longo deste ano, as pessoas que ganhei!., valem muito mais do que ficar à espera de uma ilusão.
Há 6 anos a esta hora esperava numa esplanada que não a do costume. E o jantar, prometido logo de início e repetido algumas vezes, foi sushi. E anda a apetecer-me muito ir ao sushi. Mas já não espero na esplanada, seja aquela de há 6 anos, seja aquela de todos os dias.
Quem quiser ir ao sushi, só precisa de dizer “bora”. 6 anos depois, as botas são as mesmas, as meias às riscas ainda existem e a magia acontece sempre que me apetecer.
6 anos. E aposto que só eu me lembro.
