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Sábado. Que, já se sabe, é o dia mais aborrecido da semana. E hoje não foi excepção.

Dia de não fazer absolutamente nada, excepto passar pelo café e ir onde tinha que ir fazer o que tinha que fazer para confirmar os meus desequilíbrios e o risco que é caminhar sozinha. Hoje não foi tanto o caminhar na rua, mas o subir escadas de acesso ao prédio… Escadas sem corrimão, sem qualquer apoio que não as paredes. Chegar ao topo das escadas e o desequilíbrio a fazer-se presente. A reacção foi encostar-me à parede para não cair de costas pelas escadas… E, já lá dentro de casa, onde o chão é liso, a cada novo passo incerto e inseguro mais um desequilíbrio. A parede, sempre a parede para me amparar…

Tudo isto me faz sentir uma enorme frustração. Porque todos os dias tenho que lidar com esta nova realidade e não sei como…se até trazer um garrafão de água para casa se mostrou um desafio.

Sim, é frustração que sinto. Porque o que estou a perder são coisas básicas que dava por adquiridas. E que agora se mostram como um desafio que tenho que superar todos os dias.

A vontade de chorar, essa, continua cá. Mas, como sempre, não consigo chorar…

Ainda falta tanto tempo para Fevereiro…a consulta já está marcada, mas ainda estamos a 2 meses da data marcada…

Toda a gente que sabe o que se passa me diz a mesma coisa: calma. Eu estou calma, curiosamente. Acho que, se for para perder a calma, só irá acontecer depois da consulta… Até lá, é um dia de cada vez. O de hoje já está no fim. E amanhã será melhor…

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