Continuar a fazer de conta? Sempre. Fazer de conta que não estou zangada. Muito zangada. Comigo mesma. Tão zangada comigo mesma que acabo por descarregar nos outros. Que não têm culpa de nada.
Na verdade, eu também não tenho culpa de absolutamente nada! E, afinal, é comigo mesma que estou tão zangada. Apenas continuo a fazer de conta que não. Que não estou zangada. Que está tudo bem. Que não se passa nada. Que…sei lá eu que mais! É para fazer de conta? Então eu faço, pronto! Até porque já não sei estar de outra forma…
E tento, ou continuo a tentar, vá!, fazer de conta que não estou zangada. Comigo mesma. Com o Mundo em geral. Mas, já percebi, acabo por disparar nas direcções erradas…
Preciso muito de duas coisas, tão simples e tão complicadas: chorar, que continuo a não conseguir, e fazer acontecer aquela minha vontade de “meet me halfway”. E, ao fazer acontecer esta segunda, é mais do que certo que a primeira seria facilmente conseguida.
Mas, como dificilmente alguma delas irá acontecer, continuo como sempre: a brincar ao Faz de Conta.
