Daily Archives: 20/09/2025

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O corpo manda parar sempre que não está bem, sempre que pede atenção e cuidado. E, desta vez, tal como foi em Agosto, a confirmação de mais uma infecção na garganta, com um enorme ponto branco exactamente no mesmo sítio e alguma dificuldade/sensibilidade a engolir.

Febre? Não sei se tenho. Não a sinto. Mas não quer dizer nada. Só não quero dar uso ao termómetro.

Antibiótico e uma grande dose de paciência. O primeiro dispensado na farmácia, o segundo não faço ideia de onde encontrar…e farta, tão farta disto tudo. Da patologia de base que me condiciona em tantas áreas, ao cansaço persistente, à amigdalite repetente 1 mês e meio depois, ainda passando pelas dores no joelho em que a infiltração teve um resultado igual a zero e não melhorou a anca por arrasto como estava previsto acontecer…

Não era sobre nada disto que eu queria escrever. Parar todos os dias para um momento de reflexão, foi assim que eu me habituei a ver esta minha prática diária que já dura há 11 anos e não me apetece largar. Mas, quando nada acontece nos meus dias para além da aprendizagem que o diagnóstico da minha patologia de base trouxe, também não há muito sobre o que reflectir.

…e se, há uns meses, dizia em conversa que este blog também se poderia chamar “Diário de uma Depressão“, hoje quase parece um caderno de apontamentos de doenças e queixas sem fim, e não necessariamente de alguém apenas hipocondríaco…

Tenho saudades daquilo a que sempre me habituei a chamar de vida normal. Quando esse tal normal ainda fazia parte da norma, tão igual todos os dias, sem grandes dificuldades e limitações físicas a condicionar, por exemplo, o ir até ao café ou, porque não?, ao paredão ver o Mar sozinha num qualquer momento inesperado, sem depender de ninguém… A verdade é que tudo isso mudou. O meu normal é novo. É diferente. Não sei se melhor ou pior, ou sequer comparável. Só sei que estou, ainda, a (aprender a) adaptar-me ao meu novo normal. E, mesmo sendo uma novidade ainda tão recente, já estou tão farta disto tudo…

Um dia de cada vez, certo? Não dá sequer para ser de outra forma. Só era escusado ser tanto e nada a acontecer ao mesmo tempo…