Hoje, o dia seguinte.
O dia a seguir à infusão, já aprendi, é aquele dia de recuperação. O processo de infusão é tranquilo, é ficar no cadeirão à vontade, sem necessidade de grandes esforços nem ginásticas, é só ficar ali, com um braço com a faixa para constante medição da tensão arterial, o outro braço com o catéter que recebe a medicação, braço esse que tem que ficar quieto e sossegado durante todo o processo e cuja movimentação faz disparar o alarme da máquina. De resto, é só ficar por ali. Quem quiser ler, lê. Vê televisão que está sempre nos canais de cabo (felizmente!) quem quiser ver televisão. Eu? Durmo. Apago completamente. Não sei bem porquê, mas também não me preocupa. Já o dia seguinte…
Não que o dia seguinte me preocupe por aí além, nada disso. Tenho tido uma boa reacção à recepção da medicação no meu corpo. Mas não me posso esquecer que não deixa de ser uma violenta agressão química que exige recuperação com tempo, sem pressa e com calma…
De resto, é descansar, é dormir sempre que me sentir cansada, é permitir ao meu corpo recuperar desta agressão. Daqui a seis meses repete-se o processo…
