Caçar o pôr do Sol na praia. Registar o mergulho do Sol no Mar. Guardar na memória as cores do final de mais um dia. Mais um daqueles dias pouco agradáveis, nada fáceis de enfrentar, como habitualmente dorido. E hoje também acompanhado por um silêncio que faço por tentar perceber mas que, na verdade, receio saber…
Os dias vêem, os dias vão. E eu todos os dias vou continuar a procurar um sentido para cada novo dia que venha com mais ou menos silêncio, mais ou menos pacato, mas sempre com mais ou menos EU. Eu que procuro reconstruir-me sem pressa e sem pressão e sem perder quem sempre fui. Quem sempre serei.
E sim, procuro tantas vezes pensar em mim em primeiro lugar e tantas vezes esse pensar leva a um agir que há quem não entenda, quem não aceite e, ao mesmo tempo, não quer nem saber. Nada! Porque conversar, que é algo para mim tão importante, não acontece. Nem vai acontecer…
À falta das cores do final do dia procuro janelas que permitam a entrada de luz. Porque preciso de luz para me orientar, para me guiar, para encontrar um novo caminho para mim…e, quem quiser vir, será sempre bem-vindo, claro que sim. Só peço que não me apaguem a luz nem se remetam ao silêncio…
