Category Archives: {#2020.Dezembro}

{#346.21.2020}

Sair de casa mesmo que chova. Aproveitar a tarde com tempo livre para ir aqui e ali só porque sim. Também é para isso que servem as férias. E recordar-me daquele tempo em que era dona do meu tempo, trabalhando durante a noite porque era quando rendia mais e podia aproveitar o dia sem me preocupar com o facto das férias estarem a chegar ao fim.

Esse tempo já acabou há uns anos. Mas deixou saudades. Agora é tempo de aproveitar os próximos dois dias que, sendo fim de semana, ainda chamo de férias.

{#345.22.2020}

Férias a chegar ao fim. Dia preenchido, o de hoje, entre uma manhã na rua à chuva e uma tarde debaixo das mantas. Também é para isto que servem as férias.

Amanhã, com chuva ou sem ela, voltará a ser melhor. E hoje não foi totalmente mau.

{#344.23.2020}

Todos os anos o mesmo problema: não consigo entrar em modo Natal. Faz-me falta a árvore de Natal que há anos não tenho. Fazem-me falta as luzes, as decorações, os apontamentos. Mas, acima de tudo, falta-me o espírito em modo tranquilo.

Todos os anos digo o mesmo: um dia. Um dia entro no modo Natal com tempo para o sentir. Porque eu sou de sentir tudo. E com o Natal isso não acontece.

E não sentir é um vazio enorme que cresce. E todos os anos cresce mais um bocadinho.

Mas continuo a prometer a mim mesma: um dia. Só não hoje. Ainda não.

{#343.24.2020}

Sair da rotina dos dias sempre iguais para fazer um bocadinho diferente. Juntar-me a estatísticas e números também para poder fazer um bocadinho diferente.

Foi um dia um pouco mais preenchido. Um pouco diferente. Porque os dias não podem ser sempre iguais.

Hoje não houve mantas e televisão. Mas houve frio. Embora um pouco mais aconchegada com um pequeno nada que não passa disso mesmo, nada, mas que me confortou um pouco num dia frio.

Amanhã será melhor, mais uma vez. Por hoje recolho-me coberta de nada, mas aconchegada mesmo que em coisa nenhuma.

{#342.25.2020}

Não fazer nada é tão válido como fazer alguma coisa. E às vezes é necessário.

Já ver o tempo passar é um desperdício. E eu não tenho tempo para perder Tempo.

Preciso de fazer acontecer. Não sei como, mas preciso…

{#341.26.2020}

Mais um abanão para nos recordar que o amanhã nunca está garantido. Hoje estamos cá, mas e amanhã? Quem sabe sequer se lá chegamos.

Já em tempos escrevi sobre isso. Da incerteza do amanhã que ninguém consegue garantir. Tempos doridos, esses, em que dizia que não tinha tempo para perder Tempo. E que fui aliviando aos poucos.

Mantenho, no entanto, que não tenho tempo para perder Tempo. E recordo-me de vez em quando que simplesmente não tenho Tempo.

Sei que não sabemos o que acontece amanhã ou daqui a pouco e sei, também porque também isso aprendi, que nada deve ficar por dizer. E agradeço a oportunidade, que tive no início do ano, de dizer o que há tanto tempo já guardava comigo. Foi dito e assumido junto de quem tinha que saber. E a vontade hoje é repetir… Porque amanhã sei lá sequer se lá chego………

{#340.27.2020}

Frio. Muito. Tanto.

Confinamento obrigatório depois das 13h.

Acordar às 8h da manhã a um sábado, sem motivo.

Nada a acontecer, como sempre. E sem poder sair de casa, menos acontece.

E lembrar-me, como que em eco dentro da minha cabeça, da conversa de raparigas de há dois dias. Como assim, está tudo na mesma? Por um lado, ainda bem que está. É sinal que nada mudou, e não tinha mesmo que mudar. Para pior, pelo menos. Mas sim, continuo a achar que um dia vai mudar. Para melhor. Não sei quando e os novos tempos não ajudam. Mas um dia…

Amanhã prevê-se um dia igual. Com muito frio e pouco ou nada a acontecer. O mesmo de sempre, portanto.

Mas, se não acordar novamente às 8h da manhã, já será melhor do que hoje.

De resto, vejo o tempo passar da minha janela. Assim. Sem mais.

{#339.28.2020}

Frio. Chuva. Mantas. Televisão.

Amanhã será melhor.

{#338.29.2020}

Dia de sair do bairro. Sair da cidade. Sair do concelho.

Almoço de raparigas em esplanada ao Sol. Tarde de raparigas em esplanada ao Sol que já avisava estar de partida.

Um cão maravilha que recebe e dá mimos. Conversas que fluem e que tanto num caso como no outro vão dar ao mesmo sítio: “ainda na mesma?”

É, ainda na mesma. Mas sempre com aquele gut feeling que diz, não só a mim, que as coisas ainda vão mudar. Nenhuma de nós sabe quando nem como, apenas sabemos que sim.

Um dia azul, de Sol quentinho e aconchegante. Um dia bom de ida a Lisboa e Margem Sul. Um dia diferente com gente que não se via há tanto tempo.

Daqui a dois meses e meio volto a Lisboa. Por agora guardo comigo o que me soube bem este dia.

Amanhã pode não ser melhor, mas também vai ser bom.

{#337.30.2020}

Sair de casa depois de dois dias fechada. Faz bem sair e fazer alguma coisa, mesmo que pouco se veja.

Amanhã é dia de sair novamente, ir a Lisboa e ver gente. Vai ser bom.

{#336.31.2020}

A ver o tempo passar… Simplesmente isso. Amanhã será diferente.

Amanhã será melhor.