Category Archives: {#2022.Março}

{#73.293.2022}

Segunda feira. E o regresso ao trabalho mesmo não estando a 100%. Não foi fácil. Mas foi um dia ligeiro, sem demasiado stress.

E ao final do dia, do outro lado, a demonstração de preocupação, carinho, o que for. Nada de especial, apenas a recomendação de descansar e ficar bem. Mesmo sendo um pequeno nada, é só mais um que me aconchega. E eu recolho e valorizo todos os pequenos nadas.

Agora é hora de seguir a recomendação. E ir descansar para tratar de mim.

Amanhã? Será melhor. De hoje guardo os pequenos nadas e as cores do final de dia ao chegar a casa. Amanhã haverá mais.

{#72.294.2022}

Domingo, novo dia de consulta. Implica ter hora para acordar, dar uso ao despertador naquele dia em que toda a gente o tem desligado. Mas vale a pena. Como sempre, correu bem e foi bom. É sempre bom conversar com alguém que, de facto, nos ouve. Mesmo que esse ouvir seja profissional, que devolva respostas terapêuticas. O momento da consulta é, provavelmente, o melhor momento da semana. Porque dá para tudo, dá para falar, dá para ouvir também porque todas as semanas há momento de partilha, dá para rir, rir muito, dá também para chorar se for caso disso. E há muito, muito, muito tempo que não choro, nem em consulta nem fora dela. E isso é tão importante para mim. Porque ainda me lembro daquele tempo em que chorava todos os dias. Ou, não chorando, tinha sempre o nó na garganta.

Não choro há muito, muito, muito tempo. Nem tenho saudades. Nem vontade ou necessidade de o fazer. E isso é tão importante…saber que ultrapassei aquela fase que julguei que não conseguiria ultrapassar. Foi preciso muito trabalho. Meu, é certo, mas não exclusivamente meu. Tive, e tenho, ao meu lado, do meu lado, o profissional certo. Que se tornou em mais do que apenas o profissional que é. Tornou-se um amigo também. Alguém em que confio plenamente. Curiosamente desde o primeiro dia. E ainda me lembro desse primeiro dia. Em que lhe cheguei em pedaços, disse directa e abertamente o que me levava até ele, contei tudo de uma vez, chorei muito como chorava tanto naquele tempo e no final recebi um abraço. Que não esperava mas que me fez voltar para casa um bocadinho menos despedaçada.

Já lá vão 5 anos e meio. Em que todas as semanas conversamos. Porque não é só falar. É, de facto, conversar. Já passámos muito, porque ele passou comigo e não acredito que nos meus piores momentos ele não tenha sofrido também pelo que tinha à frente. E foi também com ele que consegui ir bem fundo ao que me doía para conseguir deitar tudo cá para fora para exorcizar o que me consumia.

Domingo…e com ele já não choro. Mas sei que, se um dia precisar, ele está lá. Como está mesmo agora que já não choro.

Sim, foi o ponto alto do meu Domingo, a hora da consulta. Ainda que tenha saído de casa à tarde, depois de tantos dias de cama. Ainda que me tenha sentido perdida ao abrir o ficheiro de trabalho de Domingo por ver o trabalho perdido por ter sido mexido por alguém novo na equipa. Mas que será para manter e continuar.

Enfim, foi quase um Domingo com sabor a Domingo. Não houve tempo para mantas, sofá e televisão, mas soube bem ter um dia que não foi mau. Amanhã? Dia de regresso ao trabalho depois de estar doente. Dia de madrugar e avançar. Por hoje chega. Ainda vou ao ritual nocturno, claro, mas é preciso dormir. Sem sono…

Amanhã será melhor. E hoje não foi mau.

{#71.295.2022}

Sábado. Dia aborrecido. A chover. Dia perfeito para fazer uma coisa: nada. E foi isso exactamente que foi feito. Nada.

Se gosto dos meus sábados assim? Não. Nem um bocadinho. Mas é o que é. E depois de três dias doente, de cama, soube bem um dia sem grande agitação para me ir habituando devagarinho à ideia de que segunda feira volto à rotina dos horários da madrugada.

Entretanto, a consulta habitual dos sábados passou para domingo. Será já amanhã que vou ter que acordar cedo com o despertador. Mas vai ser bom. Porque a consulta faz-me falta. Continua a fazer. Por muito que já possa dizer que estou bem, sei que não posso prescindir desse acompanhamento, dessa conversa terapêutica para pôr as coisas em perspectiva. Não ainda. Porque ainda me é muito fácil dar um passo atrás. Ainda me é muito fácil cair. E não quero. Nem posso.

Do outro lado, nova ausência programada, debaixo das estrelas. Ou será debaixo da chuva? Seja como for, esta é uma ausência mais breve. Mas seja mais ou menos breve, é algo que não me incomoda e que apoio. Porque conheço. Porque entendo. Porque aceito.

Amanhã? Será um dia bom. Com ou sem chuva, será um dia bom.

{#70.296.2022}

Mais um dia em casa. De molho. Cansada disto. E não é nada de mais. Não é o vírus do momento. É só uma gastroenterite. Aliada a um forte cansaço. Derrubou-me mais tempo do que eu gostaria.

O lado positivo? Deu para descansar. E dormir.

Amanhã? É fim de semana. Sábado, o dia mais aborrecido da semana. Logo se vê como vai ser.

{#69.297.2022}

Mais um dia. Menos um dia.

Dormir o dia todo também é um processo de cura. E hoje dediquei-me a ele. Ainda não estou a 100%, mas descansar e dormir ajuda.

Amanhã? Ainda não devo estar bem. Mas já estarei melhor.

{#68.298.2022}

Em casa, de molho, porque doente.

O lado positivo? Conseguir descansar e dormir.

Amanhã? Ainda vai ser em casa. Mas espero que seja melhor que hoje.

Logo se vê.

{#67.299.2022}

Terça feira ou aquele momento em que, já à noite, não sei bem que dia é.

E o corpo a dar sinais de cansaço. Descarto, porque testei, a pior das hipóteses. Menos mal. Terá sido apenas alguma coisa que caiu menos bem num corpo notoriamente exausto.

Podia ser tudo junto uma mistura explosiva para algo que me assusta. Muito. Não é, felizmente.

Seja como for, o dia não foi mau. Foi longo e difícil, mas começou como gosto, mesmo que não tão cedo como noutros dias. Mas foi cedo e foi o começo do dia. E foi bom por ser como é.

Recolho agora. Mais tarde do que ontem que a esta hora já estava a dormir. Mas ainda vou a tempo de desligar e enroscar para aquecer e descansar.

Amanhã? Espero estar melhor. Estando melhor ou não, vai ser um dia bom. E só isso importa.

{#66.300.2022}

Segunda feira. E outra vez, pela segunda vez hoje, a ideia de ser terça. Não é.

É só o resultado de estar muito, muito, muito cansada. E ainda agora a semana começou.

Não foi um dia fácil. Porque muito longo e eu muito cansada. Mas começou com uma mensagem matinal cedo. E cada vez gosto mais desses momentos de bom dia a horas estranhas. Mas que me sabem muito bem.

Hoje encerro o dia mais cedo. Não aguento muito mais. Ainda irei ao ritual nocturno, mas não vou ficar à espera de retorno. Pode chegar amanhã de manhã, não faz mal. E sempre é uma forma de começar bem o dia.

Por hoje? Já chega. Venha o amanhã. Será melhor que hoje.

{#65.301.2022}

Domingo com sabor a Domingo.

Continuo cansada. Claro que sim. Mas hoje foi possível dormir mais um bocadinho de manhã.

À tarde uma ida à vila. Sem grande vontade ou coragem para o fazer. Mas é importante sair de casa todos os dias um bocadinho. E também por isso fui.

Amanhã de manhã não vou ter boleia para Lisboa. Significa o regresso aos transportes públicos de madrugada. E a vontade é zero. Mas vai ter que ser. E vai correr bem.

Por agora recolho para enroscar e aquecer. Amanhã é dia de madrugar novamente. E começa mais um ciclo de cansaço sem estar completamente descansada.

Vai correr bem. E o retorno vai acontecer normalmente. E isso é, para mim, o mais importante.

Ainda da consulta de ontem: perceber que durante algum tempo eu apenas queria não estar mal. Foi preciso a chegada do outro lado para querer estar bem. E hoje percebo a diferença entre esses dois estados. E posso dizer que estou bem, não apenas melhor. E é assim que quero continuar: bem.

Sei, também, que é muito fácil deixar de o estar. É um trabalho diário. Mas fico contente por perceber que tenho um elemento estabilizador que me ajuda, ainda que não saiba, a querer estar bem.

Amanhã será um dia bom. Apesar de ser dia de regressar aos transportes públicos de madrugada. Mas será um dia bom. Porque eu quero que o seja.

{#64.302.2022}

Sábado, aquele dia aborrecido da semana.

Começar o dia com uma mensagem matinal que chegou bem cedo. E que por chegar tão cedo me sabe sempre tão bem. Seja a que horas for que cheguem as mensagens, sabe sempre muito bem recebê-las. Mas gosto especialmente destas que chegam tão cedo.

A consulta da manhã que foi adiada para a tarde. E poder falar de tudo, de forma aberta e sem receio de julgamentos. Porque, relembra-me o terapeuta fofinho, é o meu tempo. E é importante. E terapêutico. E faz-me bem. Porque se não for com ele, é raro falar do que trago comigo, cá dentro, em mim. Falamos de tudo, sempre. Mas isto que sinto tem sido tema recorrente. E é-me importante que assim seja. Porque para ele eu sei que não é uma parvoíce. Ele sabe que é importante. E hoje chegámos ambos a uma conclusão: o outro lado tem um papel importante na minha vida por ser, também, um elemento estabilizador. Sei que não existe mais nada para além de uma amizade. Mas é uma amizade saudável. E fortemente estabilizadora. E isso é tão importante.

O resto da tarde foi dedicada, mais uma vez, a tratar de mim. Porque também é importante. Porque às vezes esqueço-me de mim mesma. E não posso.

Sábado, aquele dia aborrecido da semana, hoje não foi tão aborrecido como costuma ser. Mas começou cedo e já vai longo. Continuo cansada, claro. Amanhã dedico a manhã a tentar descansar. E hoje só uma pessoa ainda conseguia tirar-me de casa. Mas não vai acontecer. Por isso termino o dia por aqui. E, daqui a pouco, dedico-me ao ritual nocturno, que não é habitual ao sábado. Mas que, com os tempos que correm, de medo e incerteza, me fazem querer dizer abertamente o que trago comigo, cá dentro, em mim. Não o faço de uma forma aberta, directa, como já fiz antes. Mas digo tudo de outras formas. Que já são conhecidas e entendidas.

Sim. Estou cansada. Com medo. Mas sei que o que trago comigo, cá dentro, em mim, é bonito. E isso é tão bom. E importante. E por isso mantenho os rituais. Porque sei, sentindo, que para o outro lado também faz sentido.

{#62.304.2022}

Quinta feira. E o dia começou cansado.

Termina tarde e ainda mais cansado.

Mas o retorno, sempre o retorno a fazer dos dias algo que vale a pena.

Falta muito para sábado?

{#61.305.2022}

Dia de regresso ao local de trabalho. Para perceber que somos poucos os que estão de regresso, sem perceber critérios. Sem perceber porquê se me perguntaram o que preferia. Saber que, da minha equipa de formação, só regressei eu e só a mim perguntaram.

Enfim. É o que tem que ser.

Custou, muito, acordar ainda de noite. Mas perceber que saio de casa ainda de dia ajudou um bocadinho a tornar a coisa mais leve.

O outro lado está de regresso também. E com esse regresso veio o retorno. Ligeiro, mas veio.

Agora é descansar depois de um dia muito longo e com muito trabalho e preparar-me para repetir o horário amanhã.

Ainda vou dedicar-me, claro, ao ritual nocturno. E, quem sabe, conversar um bocadinho. Se não adormecer entretanto…

Amanhã? Será melhor. Mesmo que chova, como está previsto. Será mais um dia a começar muito cedo. Mas se o trabalho abrandar já será melhor.

Vamos ver…

{#60.306.2022}

Terça feira com sabor a Domingo. Acordar cedo com o berbequim das obras do prédio ao lado, quando se queria aproveitar para dormir só mais um bocadinho. Não foi bom. Foi o que foi.

Sair de casa um bocadinho à tarde para aproveitar o Sol.

Dedicar-me ao compromisso semanal que não fiz no Domingo porque não fazia sentido.

E assim passou mais um dia. Sem História ou histórias. Amanhã regressa-se ao local de trabalho, sem grande vontade. O trabalho faz-se bem em casa também. Ou talvez até melhor.

O despertador vai tocar duas horas mais cedo. Vou voltar a perder três horas em deslocações, ida e volta. E vai ser bom rever os colegas de trabalho. Mas preferia, claro, manter-me em casa. Não confio nos transportes públicos. Nem me sinto confortável com a ideia de sermos muitos num espaço fechado. Mas é o que tem que ser.

Ainda sem retorno. Mas já de regresso do outro lado. É altura de voltar ao ritual nocturno. Já não falta muito.

Tenho que dormir cedo esta noite. Mas não tenho sono…

Amanhã vai ser duro acordar cedo. Mas vai ser um dia bom. Só porque sim.