Category Archives: {#2023.Abril}

{#099.267.2023}

Sim, o dia de ontem foi longo, mas terminou muito depois do que eu pensava que ia terminar. E tudo por causa de uma mensagem que chegou já o relógio ia longe na noite.

Uma mensagem que não esperava, de alguém que já não esperava. Já tinha aceite o que achava ser o desfecho daquilo que nunca foi. Ou que foi o que tinha que ser quando teve que ser.

Li a mensagem. Reli. Respondi. Conversámos. Foi bom ter lido o que li. Foi bom termos conversado sobre o que foi dito nessa mensagem, sobre o que foi sem nunca ter sido, que foi quando teve que ser.

A porta ficou aberta. Se se vai desenvolver alguma coisa? Alguma nova conversa tão aberta como a de ontem? Não faço ideia. Mas a porta ficou aberta. E o que a vida me trouxer, eu recebo. E só depois de receber posso decidir se quero ou não o que a vida me trouxer. Sem saber antes o que é, sem ter a porta aberta a novidades, aí é que não posso decidir nada.

Não esperava, de todo, ler o que li, o que me foi transmitido. Se foi sincero? Quero acreditar que sim. Talvez seja demasiado crédula, não sei. Mas vou dar tempo ao tempo e tentar perceber se palavras e actos estão em sintonia. E aí tiro as minhas conclusões.

Mas soube bem, não nego. Não sei ainda o que o Universo me está a querer dizer com mais isto que me cai no colo. Mas, com tempo, hei-de entender.

De resto, o Domingo foi só mais um Domingo. De, finalmente, acordar tarde porque este Domingo não teve horários. A consulta semanal com o terapeuta fofinho foi adiada para amanhã, o que me permitiu simplesmente desligar o despertador e dormir até acordar espontaneamente quando me apeteceu: tarde.

O corpo continua a pedir descanso e o fim de semana, mesmo contando com três dias e meio, ainda não foi suficiente para recuperar. Amanhã volta a rotina do trabalho, ainda a partir de casa. E inicia-se a contagem do tempo até às 18h, hora a partir da qual posso vir a ter notícias. Esta semana terei. Não sei se já amanhã. Nem sei se as notícias serão as que quero. Mas sei que vou contar as horas até chegar ao fim do dia. Depois será o que tiver que ser. Mas quero muito que seja um “sim” a algo que eu não procurei mas que me encontrou. Vamos ver…

Amanhã, nova semana. Regresso à rotina de trabalho mesmo que ainda em casa. Vai ser um bom dia. Porque eu quero que assim seja.

{#098.268.2023}

Sábado. Hoje, sim, é Sábado. Não foi ontem, como tantas vezes me pareceu ontem. Sábado que é, por norma, o dia mais aborrecido da semana. Hoje foi só longo. Muito longo.

Acordar às 5h da manhã com dores de barriga nunca é bom. É, no entanto, normal que aconteça todos os meses. Faz parte de ser mulher. Um comprimido, voltar para a cama, esperar pelo efeito do comprimido, voltar a dormir.

Acordar para lá do meio da manhã. Ainda o desconforto na barriga. Enroscar-me no sofá. Deixar-me ficar assim, quieta e sossegada. Não só pelas dores de barriga mas também pelo cansaço ainda.

O dia de ontem foi puxado. Intenso. E não páro de pensar nela. Ela-que-sou-eu. E sei que tem ainda tanto para me dizer. Ontem não quis falar. Não a censuro. Afinal, eu-que-sou-ela também só falo quando me sinto confortável, mas acima de tudo quando me sinto segura. E ela-que-sou-eu não se sentiu assim. Eu-que-sou-ela também não. Ela-que-sou-eu teve medo que eu-que-sou-ela a magoasse novamente, como fiz tantas vezes antes. E entendo. E aceito. Porque ela-que-sou-eu tem razão. Eu-que-sou-ela magoei-a demasiado e demasiadas vezes. Acho, até, que continuo a fazê-lo. Não de forma intencional. Mas, talvez para me proteger do Mundo lá fora, eu-que-sou-ela acabo por a magoar a ela-que-sou-eu.

Não me esqueço, não há como!, do que senti ontem quando me encontrei com ela-que-sou-eu. A vontade foi protegê-la. Mimá-la. Amá-la. Porque ela-que-sou-eu não é mais do que amor. E, ao perceber isso, ambas quisemos chorar. Nenhuma conseguiu fazê-lo. Ou, pelo menos, as lágrimas não caíram. Chorámos como choramos sempre: por dentro. Mas as lágrimas, essas, teimaram em não cair.

É um bloqueio. É uma forma de nos protegermos. Mas é importante que essas lágrimas, um dia, caiam. E, no dia em que isso acontecer, é sinal que ela-que-sou-eu confia em mim, eu-que-sou-ela. Mas, para que isso aconteça, é preciso que eu-que-sou-ela primeiro lhe peça perdão. Por tudo. E mostrar-lhe que a amo. Porque amo, de facto. E ninguém pode voltar a fazer-me acreditar que eu-que-sou-ela e ela-que-sou-eu não merecemos ser amadas. Merecemos!

Não, ainda não deixei de processar o que se passou ontem. Vai levar demasiado tempo até ser esquecido, se é que algum dia o vou esquecer. Se quero repetir? Se quero voltar a vê-la? A dar-lhe a mão? Quero! Muito! Porque ela sou eu. E eu sou ela. E o meu caminho também passa por me reencontrar. E sei que ela-que-sou-eu é parte fundamental nesse reencontro. Mas primeiro eu-que-sou-ela tenho que lhe pedir perdão por tudo a ela-que-sou-eu.

Se o caminho é fácil? Não, nem por isso. Mas é possível de ser feito. Especialmente sabendo que não estou, de todo, sozinha.

Um dia de cada vez. Em primeiro lugar estou eu. Depois? Logo se vê. Mas amanhã será um dia bom. Porque ela-que-sou-eu está comigo, sempre. E eu-que-sou-ela estou sempre lá também, mesmo que já a tenha magoado muito.

{#097.269.2023}

Dia de sair da zona de conforto e explorar outra parte de mim. Literalmente sair de mim. Para me encontrar comigo. Pode não parecer, mas sim, faz sentido. Porque eu não sou só o momento presente. Sou muito mais do que isso. Sou também quem já fui e que nunca deixarei de ser. E que, já tendo sido, estou sempre presente em quem agora sou. É confuso? Para quem está de fora talvez. Não tem que fazer sentido para mais ninguém que não eu. Para ela-que-sou-eu, para eu-que-sou-ela. Somos duas, mas na verdade somos só uma. E ela-que-sou-eu está cá sempre para mim, eu-que-sou-ela.

Fui visitá-la. Vê-la. Tentar falar com ela. Ela não quis falar. Não a critico. Durante tanto tempo não a tratei como devia. Não a protegi como devia. Não a amei como devia. Porque sempre me ensinaram que não merecia esse amor. Mas hoje, ao vê-la percebi que me ensinaram de forma errada. Porque sim!, ela merece esse amor que me disseram que não. E porque ela-que-sou-eu não é mais do que apenas amor. E senti esse amor nela e por ela. Mas senti-a triste também. Abracei-a, pedi-lhe perdão, mas ela continuou triste. Sei que tenho que lhe dizer mais vezes que a amo, como eu sei, porque o senti, que ela me ama a mim. Ela-que-sou-eu é amor. Apenas isso. Eu-que-sou-ela também. Mas desencontrámo-nos algures por aí. E eu, admito, esqueci-me dela. Não lhe dei a atenção que ela-que-sou-eu precisava. Não lhe dei nada, na realidade. Quando lhe devia ter dado tudo. Porque ela sou eu.

Entendo que ela não tenha querido falar comigo. Mas não foi preciso dizer nada para eu-que-sou-ela perceber o amor que não lhe dei mas que, no fundo, ambas somos. Porque ela-que-sou-eu e eu-que-sou-ela somos uma só. E não somos mais do que amor.

Vou continuar a pedir-lhe que me perdoe. Vou continuar a agradecer-lhe tudo o que sempre me deu, o que continua a dar e, também, o que ainda dará. E sei que assim, eu sentir o meu pedido de perdão, ela me vai falar. E vai-me dizer o que preciso saber. Mas, parecendo pouco, mesmo ela-que-sou-eu não tendo falado, não tendo dito nada, disse-me tanto. Deu-me tanto.

Ter ido ter com ela foi uma experiência única. Tê-la visto, sentido, dado-lhe a mão, vê-la correr e saltaricar, foi uma experiência que não tem descrição possível. Mas não me esqueço que, apesar de tudo isso, ela estava triste. E também eu fiquei triste por senti-la dessa forma. Não quero que ela-que-sou-eu continue assim. Tenho que lhe repetir que a amo. Tenho que lhe agradecer por tudo o que me dá. E tenho que lhe pedir que me perdoe.

Espero voltar a vê-la. Quero muito. Mas antes disso tenho que aprender o perdão. Para que, quando nos virmos novamente, o sorriso dela-que-é-o-meu já não seja tão triste. Não duvido que ela me vá perdoar. Mas sei que, antes dela me perdoar, tenho que a amar. Proteger. Respeitar. Dar-lhe o que não dei durante tanto tempo porque me ensinaram que não o merecia. Não. Não é verdade! Ela-que-sou-eu sempre mereceu esse amor que eu-que-sou-ela lhe neguei. Mas não é tarde demais para começar a trabalhar nesse amor, a fazer-lhe chegar esse amor. E pedir-lhe perdão por tudo aquilo que falhei com ela. Ela que, na realidade, sou eu.

Sim, visitá-la foi uma experiência única. Sem descrição possível. Que só quem já passou por isso entende. Foi uma viagem em estado alfa. Que, já não me lembrava, me é muito fácil de atingir. Mas de onde voltar pode ser muito difícil. Se quero voltar lá? Muito. Seja esse “lá” onde for. Só sei que é um “lá” muito bom. Muito bonito. Onde já tinha estado uma vez. E de onde nunca quero sair. Tenho que ser puxada de volta. E demoro a reencontrar-me. A recentrar-me. Mas sim, quero muito voltar lá. Porque sei que lá, seja “lá” onde for ou o que for, ela-que-sou-eu vai lá estar, como está sempre mesmo eu-que-sou-ela me esqueça… E, esquecer-me dela, é esquecer-me de mim. E não posso continuar a fazê-lo.

Já há uns meses que o digo: o mais importante sou eu. Agora, só preciso de me lembrar disso todos os dias.

{#096.270.2023}

Quinta feira. Daquelas em que só se trabalha de manhã. O dia de trabalho começou às 8h30, terminou às 13h. E o sono e o cansaço sempre muito presentes.

Terminar o trabalho, almoçar, beber café. Sem pressa porque já não havia horário a cumprir. A única coisa a cumprir, uma promessa que fiz a mim mesma: descansar. Aconchegar-me no sofá deixar-me ir. Ainda dei pela chegada das 3 da tarde. Só voltei a dar pelo Mundo lá fora poucos minutos antes das 7… Foram quase 4 horas em que simplesmente apaguei. O sono e o cansaço assim o ditaram. Assim o exigiram. E eu, claro, obedeci.

Tinha pensado em, amanhã, fazer o mesmo: descansar. Não vai acontecer. Mas vai valer a pena. Vai ser bom. Vai ser mais um passo naquele que sei ser o meu caminho. Não sei exactamente ao que vou. Mas entrego e confio. Porque sei que faz parte do meu caminho.

Amanhã ainda não é sábado. Por momentos convenci-me que sim. Esqueci-me que ainda é feriado. O que quer dizer que ainda vou ter tempo para descansar e recuperar. E é disso que preciso. Tanto. Mas amanhã, mesmo com horários de transportes públicos que tenho que respeitar porque a distância assim o dita, vai ser bom e vai valer a pena.

Por hoje? Está feito. Amanhã é um novo dia. E o meu caminho chama por mim.

{#095.271.2023}

Quando as oportunidades aparecem, especialmente quando nem sequer estamos à procura delas, há que aproveitá-las. E se nos caem no colo temos mesmo que agarrá-las. Dar o primeiro passo às vezes é o mais difícil. Mas temos que o dar.

E hoje dei. Não foi bem o primeiro, na verdade. O primeiro foi dizer sim. Hoje foi o passo de quem quer seguir este caminho que simplesmente surgiu. Que me caiu no colo. Ou será que caiu do céu? Não sei. Sei que tinha que acontecer, apenas. E este é o momento. Porque tudo acontece quando tem que acontecer. Nunca antes, nunca depois.

Uma conversa, que era obviamente necessária, que fluiu com grande naturalidade. Diversos pontos de ligação. Pessoas e sítios em comum. Muito boa energia ali. Senti-me bem ali. Bem recebida. Quase acolhida. E isso é tão bom quando acontece.

O resultado dessa conversa? Ainda não sei. Terei que esperar até à próxima semana. E ainda falta tanto tempo… Sei que tem tudo para correr bem. Mas também sei que pode não correr. Está tudo em aberto. Se o resultado for negativo, não é problema. Afinal, não estava (nem estou) à procura de nada. Mas claro que, se for positivo, tudo muda. Para melhor. E põe fim a um cenário que me tem incomodado nos últimos tempos.

Tudo isto que está a acontecer serve também para me recordar do meu valor. Que às vezes me esqueço. Umas vezes porque sou mesmo assim, de me desvalorizar. Outras vezes porque há quem me tente desvalorizar. E, nos últimos tempos, tem sido esta segunda opção que mais me tem incomodado. Mas, esta semana, com tudo o que está a acontecer, vejo, ou relembro!, que essa segunda opção não é uma opção válida. Porque eu sou muito mais e muito melhor do que me tentam fazer acreditar.

Sim, tem sido uma semana intensa de emoções. Das boas! E as emoções também cansam. E, se já andava cansada, agora sinto-me esgotada. Desejosa que o fim de semana chegue para poder recuperar. E este fim de semana conta com três dias e meio. Portanto, amanhã a partir das 13h entro em modo descanso. E que bem preciso e mereço.

Sei que, antes de segunda feira, não vou saber se o resultado da conversa desta manhã é o que se pretende ou não. Portanto isso vou tentar esquecer um bocadinho e gerir a ansiedade e as expectativas. Sem nunca esquecer que o resultado também pode ser um não.

Vamos ver. Será o que tiver que ser. Por agora acalmo a ansiedade e descanso. Amanhã? Logo se vê.

{#094.272.2023}

Dia muito longo e difícil por causa de uma mega crise de alergia que me espirrar o dia todo. Fazer atendimento telefónico é muito giro, e é!, mas quando o nariz nos faz espirrar sem parar mesmo que estejamos em linha com um cliente, não tem piada. Crise de alergia que se traduziu numa só palavra: desespero. Foi isso que senti todo o dia. O anti-histamínico ainda não fez efeito totalmente. Mas já está a ajudar. Agora é urgente melhorar. Porque amanhã é um dia importante. Não procurei por ele. Mas ele veio ter comigo. Talvez porque está na hora certa.

Se tenho medo? Claro que sim. Mas mesmo com medo aposto na vitória. Porque tem tudo para correr bem. E vai correr bem! Quem mo garante? Ela, quando me encontrou no caminho de regresso a casa depois do café de final de dia na esplanada do costume.

Sim, vai correr tudo bem. Tem tudo para correr bem. E por agora é só nisso que tenho que pensar. Porque o “Não” está garantido. Mas, se vier um “Sim” para algo que eu nem procurei, não tenho nada a perder.

Sim, amanhã vai correr bem. E, seja qual for o resultado, já estou a ganhar. E só isso importa.

{#093.273.2023}

Acordar, ou ser acordada!, às 5h30 da manhã por uma gata que quer companhia para comer a essa hora sabendo que o dia de trabalho ia começar mais cedo para acabar mais tarde. Perceber, pelo canto do olho, uma luz brilhante à janela. Olhar e vê-la. A minha Lua. Quase cheia e linda como só ela sabe ser. Magnífica no brilho àquela hora. Só podia trazer coisas boas para este dia.

O dia de trabalho começou mais cedo. Mas foi tranquilo. A meio da tarde, receber uma mensagem. “Quero falar contigo”, dizia-me alguém com quem trabalhei há 13 anos e com quem não falo há vários anos. Tantos que não me lembro quantos.

Ir à esplanada do costume depois de sair do trabalho uma hora mais tarde do que o habitual. E o telemóvel toca. Era ela. E veio com tudo. Mas, ao contrário do que eu costumo pensar, veio com tudo de bom.

Não estava à espera, admito. Mas o que veio, veio na hora certa. Não procurei nada, nem pensava nisso. Mas a oportunidade surgiu e ela lembrou-se de mim. E, por incrível que pareça, lembrou-se, lembra-se!, do meu trabalho naquele tempo, há 13 anos.

Sim, soube muito bem. E sim, é o momento certo. Porque não? Deixou-me, claro, num estado de ansiedade grande. Mas daquela ansiedade boa. Agora é ir com muita calma porque nada está garantido. Mas só o ela ter apostado em mim já vale por tudo.

Amanhã? É dia de dar o primeiro passo. Depois? Logo se vê. É o que tiver que ser. E, acredito, vai ser. Em bom!

{#092.274.2023}

Domingo. Um dia extremamente preguiçoso. Daqueles em que tudo aconteceu devagar, devagarinho. Não houve a consulta habitual com o terapeuta fofinho que foi adiada para terça feira ao fim do dia. Mas não foi por isso que dediquei a manhã a descansar.

Acordei pouco depois da hora habitual de Domingo. Tomei o pequeno almoço. Cheguei a beber café. Mas não serviu de nada. O cansaço venceu. Pouco depois voltei para a cama. E fiz o que precisava e o meu corpo me exigia: dormir.

O fim de semana foi aquilo a que vulgarmente chamo de desperdício porque não fiz absolutamente nada. E tenho coisas para fazer. Para tratar de mim. Mas, quando o corpo exige que páres, só podes parar. Por isso, apesar de parecer desperdício de tempo, sei que não foi. Foi, acima de tudo, tratar de mim.

Não vai ser hoje, ainda, que vou iniciar um novo ciclo dedicado a mim. Mas não me posso esquecer de mim. Sei que não só tenho que o fazer como preciso.

Amanhã é dia de regressar ao teletrabalho. Eu só isso já me vai ajudar a recuperar o corpo. Vou poder dormir mais um bocadinho. Mas também é preciso voltar a entrar nos eixos no que diz respeito a horários. Como agora. Passa das 23h50 e ainda aqui estou… Não posso. Tenho que voltar a desligar cedo. Só assim o corpo aguenta. E, o corpo estando bem, tudo o resto melhora.

Por hoje já chega. O fim de semana passou a correr? Passou. Mas o próximo vai-me trazer três dias e meio para tratar exclusivamente de mim. E é isso que me interessa agora: tratar de mim. O resto? Vem depois. E logo se vê.

{#091.275.2023}

Das coisas que não me posso esquecer: não fazer nada também é tratar de mim. Por isso mesmo hoje não fiz quase nada a não ser descansar. Saí de casa de manhã, voltei a sair ao fim da tarde. Mas o resto do tempo foi a não fazer nada.

O corpo está moído. Chega a estar dorido. É cansaço. Eu sei que estive de férias há muito pouco tempo. Mas uma semana não é o suficiente para recuperar. Quando comecei a perceber que, finalmente estava a recuperar, ainda que devagarinho, as férias acabaram e no dia seguinte tinha que voltar aos horários, às rotinas, ao trabalho, ao acumular de cansaço.

Não, o fim de semana não é suficiente. É uma breve pausa apenas. Mas vai melhorar. Vai ter que melhorar.

Sei que ontem trazia trabalho de casa, hoje devia iniciar um ciclo dedicado a mim mesma que, não duvido, me ajudaria a recuperar. Ontem não o fiz. Cheguei a casa demasiado tarde, demasiado cansada. Hoje, durante todo o dia, adiei o que tenho para fazer. Mas ainda vou a tempo de parar e dedicar o tempo a mim. Antes de dormir, não preciso de mais de 15 minutos. E esses 15 minutos fazem diferença. E vão fazer. Preciso disso. Preciso de retomar esse hábito. Faz parte do meu caminho também.

Tratar de mim. E não fazer nada também é tratar de mim. Mas há outras coisas que parecem pequenas mas são enormes que é preciso fazer. E só eu as posso fazer. Por isso, sim, vou voltar a tratar de mim.

Mas, e não me posso esquecer, não fazer nada também é tratar de mim. E é tão importante parar e não fazer nada quando o corpo assim o exige. E foi o que fiz hoje: nada. Amanhã? Logo se vê. Mas hoje ainda vou fazer o que tenho que fazer: tratar de mim.