Category Archives: {#2023.Agosto}

{#222.144.2023}

O pavilhão 20 do Hospital cor de rosa vai deixar de me receber. Não por ter tido alta mas porque, dizem, está pensado para deixar de servir o seu propósito. Vou sentir falta daquele jardim. Que conheço há tanto tempo e que, talvez por isso, me faz sentir em casa.

Mas nem por isso vou deixar de tratar de mim. Vai demorar até ter um novo acompanhamento, mas vai acontecer. Até lá, vou dando um passo de cada vez, mantendo sempre que é sem pressa e sem pressão.

Um dia de cada vez. Sem pressa. E sem pressão. Um passo atrás do outro, sempre firme e sem me esquecer de mim. Porque eu sou o mais importante. Agora e sempre, primeiro estou eu. O resto? Logo se vê. Até porque o resto é só isso mesmo: o resto.

{#221.145.2023}

Ainda a semana vai no dia do meio e já o cansaço aperta.

Dia tranquilo, volume de trabalho reduzido, cansaço a acumular.

Amanhã é dia de consulta. Falaremos do período da baixa e de como estou agora. E depois logo se vê.

Hoje não foi um mau dia. Mas amanhã será melhor. Porque eu quero que assim seja.

{#220.146.2023}

Terça feira e, mais uma vez, muito cansada depois de um dia de trabalho atenção tranquilo.

Cansada fisicamente, mas aconchegada e acompanhada emocionalmente. É é tão bom quando assim é. Não há, porque eu não me permito que haja, borboletas na barriga. Porque, pelo meio, existe um grande mas. Um mas que, nas verdade, são dois. Um chama-se distância. O outro…bem, o outro é que realmente interessa. E que me preocupa…

Mas por hoje não vou pensar nisso. Porque não quero e tenho o direito a não pensar. Sou naturalmente overthinker, mas hoje não vou pensar. Não quero. Vou apenas saborear o que me faz bem, o que me faz sentir bem. O que nunca pensei encontrar assim.

O dia começou antes da hora prevista e isso faz com que já não tenha muita facilidade em articular um texto breve como se pretendia que este fosse. Não condizente com experiência

Amanhã não será muito diferente. Por agora o sono, que pesa com força e me faz desistir de escrever muito mais…

{#219.147.2023}

Segunda feira e o regresso ao trabalho presencial. Sem boleia matinal, custou sair de casa tão cedo carregada com o computador e todas as tralhas habituais. Mas o caminho faz-se caminhando e foi a caminhar que cheguei ao primeiro autocarro, ao segundo autocarro, ao café para o pequeno almoço e ao trabalho. E repeti a caminhada no regresso. Enquanto caminho, aproveito para ir pensando. E hoje não foi excepção.

Não pensei em nada de extraordinário, apenas bits and pieces disto e daquilo. Do que quero e do que, decididamente, não quero.

Estou cansada e ainda hoje é segunda feira. E o calor que não se aguenta faz-me sentir ainda mais cansada. E são 23h20, está muito calor e alguém já devia estar a dormir: eu, claro.

Não vou esperar que o dia de amanhã seja extraordinário, apenas espero que as temperaturas desçam. Porque não se aguenta o calor…

E não, hoje não há nada para reflectir… Mas já aprendi a dizer “Não!” e hoje disse-o novamente. E essa nega soube bem. Impor limites nem sempre é fácil, mas não vou voltar atrás.

Enfim…não vou pensar demasiado. A nega está dada. E vai ser para manter. De resto, amanhã será melhor e, depois, logo se vê.

{#218.148.2023}

Domingo e ontem ainda houve tempo para confirmar o reencontro. Foi bom. Foi o que tinha que ser, como tinha que ser.

Hoje? Dia de consulta com o terapeuta fofinho antes das férias dele. A próxima só em Setembro. E hoje soube a pouco. Hoje houve muita coisa para trabalhar, daquelas que já vamos trabalhando desde o início. Mas que, eu sei, ainda precisam de muito trabalho. Bloqueios que não meus mas que me afectam directamente. E a indiferença de sempre que continua a fazer estragos…

E a tarde toda a partilhar a miúda que sou e também a descobrir como os outros me vêem. E saber que, apesar de acertarem em cada ponto, sou muito mais do que isso. Muito mais do que apenas isso. Sou o que fui ontem. Sou o que fui hoje. Sou o que serei amanhã. Sou tanto mais. E dou por mim agora, a esta hora, a dizer para mim mesma que gosto de quem sou. Com todos os defeitos e feitios que tenho. E, como me disseram hoje de forma certeira, a dar tanto e a pedir tão pouco…

E a confusão instalada à minha volta quando dou por mim a ser o foco de atenção que nunca julguei ser. Desde distâncias próximas, a mais distantes, até ao outro lado do Mundo. E uma mensagem inesperada de quem fala por falar e que há muito, demasiado tempo, não se fazia presente.

Agora é tentar desligar de tudo isto. Amanhã é dia de regresso ao trabalho presencial e aos horários impróprios de acordar e sair de casa. Com a agravante de não ter a minha boleia matinal nas próximas duas semanas. Mas a neura instalou-se e a vontade de desligar por hoje é nula…

Amanhã? Logo se vê. Mas por hoje tenho que dar o dia por terminado…

{#217.149.2023}

Sábado que, por algum motivo, me sabe a Domingo. Praia de manhã, cinema à tarde. E, talvez, um reencontro agora à noite. Ainda não confirmado, mas bem encaminhado.

De resto, cansada. Mas amanhã ainda vai dar para recuperar. Para já, é esperar a confirmação do tal reencontro.

Amanhã? Logo se vê…

{#216.150.2023}

Chegar a sexta feira e pensar que não sei como sobrevivi à semana.

Dia de trabalho muito tranquilo, apenas metade do volume do dia de ontem. Passagem pela médica de família e pedir ajuda para perceber e combater ou cansaço extremo. Magnésio para dar um up.

Muito cansada depois de uma semana de trabalho, ainda que em casa. E este cansaço não augura nada de bom…

Tenho que encontrar forma de mudar este paradigma e não posso esquecer-me de que, em primeiro lugar, estou eu.

Amanhã? Logo se vê. Portanto hoje o cansaço não me deixa avançar muito mais…

{#215.151.2023}

Mais de três meses e seria de esperar não me sentir demasiado cansada depois de 4 dias de trabalho em casa. Mas não acontece… Já ontem, o terceiro dia depois das férias e a trabalhar em casa, senti o peso do cansaço extremo que não considero, de todo!, que seja normal… Hoje, tal como ontem, chego ao final do dia com uma enorme vontade de chorar. E, claro, sem conseguir fazê-lo.

Foram dois meses e meio em casa. Seguidos de 6 dias de trabalho. Para, logo de seguida, ter duas semanas de férias. Ou seja, mais-valia duas semanas em casa. Esta semana foi o regresso ao trabalho. Remoto, porque a isso as Jornadas Mundiais da Juventude a isso obrigaram. Logo, o despertador não toca às 6h da manhã para sair de casa às 6h40. E era isso que eu achava ser o factores decisivo para ter chegado ao Burnout. Desconfio agora que não foi. Não exclusivamente, pelo menos. É o trabalho em si… Que adoro, mas que me esgotado todos os dias mais um bocadinho.

É urgente encontrar uma alternativa. Uma solução. Ou rapidamente regresso ao estado de exaustão extrema a que cheguei nem há tanto tempo assim…

Esta noite, não me sinto apenas muito cansada… Sinto o corpo novamente a ceder. Mal disposta. Muito mal disposta. Muito lenta. Com muito sono. Já aqui estive antes. Não foi bom. Não gostei. Deu no que deu: Burnout.

Amanhã é dia de médica de família. E é importante não me esquecer de mim. Deste estado. Miserável ao fim de apenas 4 dias de trabalho. Em casa. E se, estando em casa, estou assim, tenho medo do regresso ao trabalho presencial. Ao ritmo descompensado de quem perder horas de vida em deslocações, mais 8 horas de um trabalho esgotante para, no final do dia, não ter tempo para o mais importante: eu.

Ainda não são 22h30 e estou pronta para dormir. Em situações normais, estando a trabalhar em casa, podia perfeitamente estar acordada até às 23h30. Afinal, o despertador só vai tocar às 8h. Mas a verdade é que não consigo. O meu corpo, que já dá sinais de estar a ceder, não aguenta. E, com ele, sou eu que não aguento…

Amanhã será melhor. Menos horas de trabalho porque vou interromper a manhã para a consulta. E é sexta feira. Eu vou poder descansar no fim de semana… Mas sim, amanhã será melhor. Porque tem que ser. Porque, não sendo, eu sei que não aguento muito mais…e não pode ser…

{#214.152.2023}

O dia foi tranquilo, mesmo com muito trabalho. Mas o final do dia pesou.

Pesou o cansaço e, novamente, a vontade de chorar sem conseguir fazê-lo. Cereja no topo do bolo? Aquele telefonema interminável recebido pela minha Mãe e que, mais uma vez, me relembrou de que há clubes dos quais não faço parte. Como, neste caso, o clube das Mães… E isso dói. Porque, ao que parece, deixei de existir no meu papel habitual de prima quando do outro lado alguém se tornou Mãe…

Continuo no lugar de sempre. Só não me encontra quem não quer. E os telefones funcionam para os dois lados. Mas, já percebi, há clubes demasiado exclusivos. E que, pelos vistos, não permitem aproximação a não membros.

Não, não faço parte do clube das Mães. Não há dia em que não me lembre disso. E não preciso que mo relembrem. Hei-de continuar onde estou, como sou. E quem quer saber, pergunta. Quem não quer, está bem…

Não, o final do dia não foi o melhor. A vontade de chorar continua. Mas agora mais intensa. E as lágrimas continuam a não cair…

Amanhã será melhor. Porque eu quero que assim seja. Por mais nada. Apenas isso…

{#213.153.2023}

Terça feira e já cansada destaque semana. Hoje com o peso e a inquietação da ansiedade por um procedimento a ser realizado à minha Mãe. Sempre o receio de que alguma coisa corram mal. Felizmente correu bem e já está de regresso a casa.

Passa largamente das 23h. Já devia estar a dormir e não me parece que vá acontecer tão cedo…felizmente, esta semana o trabalho é feito a partir de casa. Posso dormir mais um bocadinho. Duas horas que fazem toda a diferença.

Mas o peso da ansiedade sentida durante o dia incomoda… Enfim, está tudo bem e é isso que importa. Amanhã? Logo se vê.