Category Archives: {#2023.Fevereiro}

{#038.328.2023}

Cansada de pessoas que não mantêm o que dizem. Já bastava na vida cá fora, agora também tenho que lidar com isso no trabalho…

Continuo a não desligar do trabalho e a trazer para casa o que me incomoda. Não posso. Assim como não levo casa para o trabalho, não devia trazer o trabalho para casa. Mas ando a ficar demasiado incomodada com muita coisa. E não é bom.

Amanhã, dia do meio, espero não trazer mais nada para casa. E por hoje já chega. Estou cansada, tenho frio, dói-me a cabeça, tenho sono. E não tenho nada para parar e reflectir porque não há muita coisa a acontecer para além do trabalho.

Sim, amanhã será melhor.

{#037.329.2023}

Segunda feira e o dia prometia ser leve. Manhã de consulta. Oftalmologia. Tudo bem por aqui. À tarde trabalho. E a vontade de ir trabalhar era pouca. Durou pouco o espírito leve. Mais um dia em que me chateei. E, sem dúvida, o dia em que tomei uma decisão. Sempre fui uma pessoa disponível. Sempre aceitei o que me pediram. Mas, depois de hoje, isso acabou.

Tenho que deixar de ser parva. Só se deixar de ser parva é que deixam de tentar de fazer mim ainda mais parva. Não estou para isso…

Não sou, como muitos colegas, uma miúda que está in between jobs. Estou ali porque gosto do que faço. Porque gosto da área. E não quero sair dali tão cedo. Mas quero o mínimo: respeito. E sinto que, de algumas pessoas que tomam conta da casa, não estou a ter. E isso tem-me chateado e incomodado mais do que gostaria.

Amanhã, mais um dia de trabalho. Vamos ver como corre. Por agora tento desligar. Não estou para trazer o trabalho para casa todos os dias. Já chega…

{#036.330.2023}

Sair da zona de conforto e conhecer pessoas novas. Especialmente daquelas que não têm interesses obscuros e segundas intenções. São raras, mas existem. E hoje foi dia de dar uma hipótese a quem não se conhece.

Há histórias de vida complicadas. Que são, também, histórias de superação. Como a história que conheci hoje.

Foi um começo. De quê? Não sei. Mas não tenho pressa de nada. Foi um café e um pôr do Sol na praia. Se se irá repetir? Não faço ideia. A verdade é que me é necessário conhecer novas pessoas, novas histórias, novas realidades. E só por isso já vale a pena.

O dia esteve bonito. Começou com a habitual consulta com o terapeuta fofinho, que continua a ser necessária para me ajudar a pôr as coisas em perspectiva e aprender a relativizar. Depois da consulta e antes do café ainda houve tempo para descansar mais um pouco. E tenho plena consciência de que, se não fosse pelo café combinado de véspera, o dia tinha sido passado a hibernar debaixo das mantas enroscada no sofá. Mas valeu a pena sair de casa e sentir o Sol quente depois de tantos dias de tanto frio.

Sim, foi um bom dia. Amanhã? Logo se vê. Mas hoje não foi mau.

{#035.331.2023}

Sábado, aquele dia aborrecido da semana. Também é aquele dia em que o tempo que tenho é meu e não é medido ao segundo. É meu. Uso-o como quiser. E hoje, apesar de tudo, deu para muita coisa, incluindo sair de casa e descansar no regresso para voltar a sair.

É o meu tempo. Aquela coisa que eu acho que é o meu bem mais precioso. Que valorizo mais do que dinheiro ganho enquanto trabalho para quem me vê apenas como um número.

Se gostava de fazer dos meus sábados algo mais produtivo? Sem dúvida. Dar mais valor a esse tempo? Claro. Mas não em troca de dinheiro.

Poucos entendem esta minha vontade. Alguns chegam a desvalorizar. E também há aqueles que prometem falar sobre isso “daqui a uns meses” e, mais uma vez, ficam pelas promessas. Aquela coisa de dizer por dizer. Felizmente já não acredito em promessas há muito tempo. Prefiro acções a palavras. E dali, já sei, só vêm palavras.

Não foi um dia mau. Deu para descansar. E o frio, que tanto me tem incomodado nas últimas semanas, nem por isso chateou muito. Termino o dia de hoje como termino todos: com a crença de que amanhã será melhor.

{#034.332.2023}

Sexta feira e recuso-me a trazer o peso do trabalho para casa, para o fim de semana, para o tempo que é, de facto, meu.

O dia começou demasiado cedo, às 5h30 da manhã. E foi muito longo. Sem História ou histórias, apenas trabalho, como sempre. E o fim de semana não parece que vá ser muito diferente. A minha vontade é fazer acontecer ainda na senda da descoberta. Mas, até ver, não parece que vá acontecer. Assim sendo, aproveito para me manter quente e descansar o mais possível.

Ainda é cedo numa noite de sexta feira. Mas está frio e eu estou cansada. Por isso, recolho já. Por hoje já chega. Amanhã? Será melhor, nem que seja só por ser fim de semana.

{#033.333.2023}

Mais um dia, menos um dia. Quinta feira fria e o trabalho que, apesar de gostar muito do que faço, tem coisas que têm que ser faladas. E ontem e hoje foram. Não estou ali numa perspectiva temporária, como muitos, tantos colegas estão. Não estou in between jobs, antes pelo contrário. A minha visão é de permanência, sem vontade de sair em busca de outra coisa. Desde o primeiro dia ali que digo que estou bem onde estou. Gosto do trabalho, gosto da área de actividade, faz parte do meu percurso.

Mas não gosto quando me tentam deitar abaixo, especialmente quando deviam tentar puxar para cima. Considero-me minimamente inteligente, não sou propriamente burra. E não aceito quando me tentam fazer passar por isso. Tenho dúvidas? Tenho. Mas não embarco no “acho que”. Não dá bons resultados. E, sempre que me aproximo desse registo, páro e peço ajuda para entender e poder responder correctamente ao que me é perguntado.

E parece que é isso que, pelos vistos, incomoda. É por isso que dizem que estou a complicar. Não. Não estou. Estou a tentar compreender e, ao mesmo tempo, aprender e a crescer.

Ontem falei com quem tinha que falar. E hoje voltei a falar porque ontem não houve oportunidade de falar tudo. E percebi pouco depois que, afinal, não sou a única com as mesmas queixas. Há quem me dê razão em tudo o que ouviu, mesmo sem querer. E me diga que se queixa exactamente do mesmo. Afinal, o problema não sou eu. Não está em mim. Está do outro lado. E, aposto, na mesma pessoa. Dizem-me que a intenção é ajudar a melhorar. Respondo que, então, a comunicação não está a correr bem.

Sou apologista de falar de tudo, especialmente quando incomoda, quando causa desconforto. E estava a acumular desnecessariamente. Falei. Com quem tinha que falar. Está dito o que tinha que ser dito. A quem tinha que ser dito. Agora é manter a postura de sempre. Continuar a fazer o meu trabalho o melhor que posso e o melhor que sei. E a procurar ajuda sempre que precisar.

Sei que faço um bom atendimento. Sei que esclareço o cliente como gosto de ser esclarecida se estiver na mesma situação. E sei que faço por melhorar todos os dias. Mas não aceito se me tentam deitar abaixo quando a ideia é ajudar a melhorar. Sim, ali a comunicação está a falhar. Em grande. Mas, pela parte que me toca, só posso continuar a tentar melhorar. E a pedir ajuda para isso mesmo.

O trabalho devia ficar lá no sítio dele. No horário dele. Não devia ter lugar aqui, neste espaço que é unicamente meu. Mas não consigo desligar tão facilmente como gostaria.

Amanhã será melhor. Nem que seja só por ser sexta feira. Só por isso já vai ser bom. Agora é tentar desligar por completo e descansar. Amanhã o trabalho espera-me. E tudo o que isso implica também.

{#032.334.2023}

Dia de regresso ao trabalho presencial. Sair de casa ainda de noite e perceber que as manhãs estão a começar a despontar mais cedo. Já tinha algumas saudades do nascer do dia.

Fazer o meu trabalho. Falar do que me incomoda com quem tinha que falar. Mas algumas coisas ainda ficaram por dizer. Afinal, dizem que eu complico quando, na verdade, apenas tento entender e questiono sobre o que tenho dúvidas. Não é difícil de entender. Mas, pelos vistos, parece ser mais fácil deitar abaixo do que tentar ajudar a esclarecer as dúvidas que tenho.

Sair do trabalho ainda de dia. Voltar a apanhar o autocarro a horas decentes e no lugar que há 7 meses deixou de existir para voltar agora. Chegar ao destino à hora a que o autocarro substituto saía de Lisboa. Entrar em casa antes das 20h. Já tinha saudades disto.

A viagem para casa costuma ser feita ao telefone. Hoje não foi excepção. Mas foi ao telefone com um dos homens da minha vida: o Meu Um. Um sobrinho cada vez mais crescido que me disse “eu também quero companhia, por isso hoje faço-te companhia até casa”. E assim se fez uma viagem tranquila e em muito boa companhia.

Agora é terminar o dia e tentar dormir cedo. Amanhã é dia de sair de casa ainda de noite outra vez. Mas com a certeza que vou ter o nascer do dia para me acompanhar na viagem para Lisboa. A viagem de regresso? Logo se vê. Mas a de hoje já foi muito boa e só isso já faz a diferença no regresso às rotinas do trabalho fora de casa.