#day300 {que na verdade é #day301}

300.

Reflexões são reflexos muito grandes, não são? Se não são, deviam ser. Eu sei que sou o reflexo de muitas reflexões ♥

{olho para trás, para os últimos 300 dias, e posso dizer “oh boy…”. Quando acreditei, logo no início, que dificilmente chegaria ao dia 3, ao dia 10, ao dia 20. Nunca acreditei chegar ao dia 100. Cheguei. Avancei. A punho. A custo. Nunca sozinha. E dessa parte nunca me esqueço. Nem esquecerei. Porque sozinhos não somos nada. Sozinhos não somos ninguém. Sozinhos podemos até chegar a muitos sítios, mas nunca a porto seguro. Alcancei os 200. Quem diria? =) os 200 ali logo a seguir aos piores dos piores dos dias. Ali onde houve um poço sem fundo onde mergulhei e onde, confesso, quis deixar-me afogar. Porque era mais fácil. Tão mais fácil deixar-me afogar. Porque simplesmente doía menos se me deixasse afogar. Mas foi ali, nesses dias próximos dos 200, onde tudo era negro, que me puxaram. Um telefonema. O telefonema certo, com a mensagem certa. E saí do poço. Decidi que não queria, afinal, afogar-me. E voltei a celebrar o azul dos dias. E aos 200 dias ergui a cabeça para absorver o azul e todo o espectro de cores de todos os dias. A viagem dos 200 aos 300 foi tão mais tranquila do que a dos primeiros 200 dias. Com novos caminhos a percorrer, com descobertas “só por hoje” e com uma sensação que desconhecia: paz. Paz em mim. Paz comigo. Paz com os outros. Paz, apenas isso. E essa Paz que deixa ver o Amor, aquele do A maiúsculo, de outra forma e em coisas tão pequeninas que muitos não se atrevem a chamar de Amor.
Sigo em frente. Mantenho este percurso. Porque, afinal, estou cá quando cheguei a ponderar não estar. Hoje conto 300 dias. Amanhã quero contar 301. Como uma cruz no calendário. Daquelas que nos recordam que já chegámos tão longe mesmo que, algures pelo caminho, tenhamos ponderado não continuar.}
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